Morreu hoje (26) o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, diretor de filmes como o polêmico "Último tango em Paris" (1972), o premiado "O último imperador" (1987) e "Os sonhadores" (2003).
De acordo com a imprensa italiana, ele estava em casa, em Roma, mas a causa da morte não foi revelada. O jornal "Corriere Della Sera" cita "uma longa doença".
Bernardo Bertolucci nasceu em 16 março de 1941, em Parma. Seu pai, Attilio, era professor de história da arte, poeta, escritor e crítico de cinema.
Começou a carreira artística também como poeta (chegou a ganhar prêmios literários). Cursou Literatura Moderna na Universidade de Roma, mas depois optou por se dedicar ao cinema.
Inicialmente, trabalhou como assistente de direção em "Accatone – Desajuste social" (1961), do cinesta e escritor Pier Paolo Pasolini (1922-1975), amigo de Attilio.
Foi também por influência de Pasolini que Bertolucci dirigiu seu primeiro longa , "A morte" (1962). Com 21 anos, fez uma estreia com críticas negativas. O segundo filme, porém, "Antes da revolução" (1964), teve recepção mais favorável.
Da produção inicial, outros destaques foram "O conformista" (1970), que rendeu indicação ao Oscar de melhor roteiro adaptado, e "A estratégia da aranha" (1970).
Nos anos 1970, além de "O último tango...", dirigiu "1900"( 1976), que tem no elenco grandes nomes, como Robert De Niro, Burt Lancaster, Gérard Depardieu e Donald Sutherland.
Ao longo das décadas seguintes, Bertolucci lançou filmes que aumentaram sua popularidade e novamente com elencos estrelados, caso de "O céu que nos protege" (1990), com John Malkovich e Debra Winger, e "O pequeno Buda" (1993), protagonizado por Keanu Reeves. Em "Beleza roubada" (1996), dirigiu Jeremy Irons e a então novata Liv Tyler.
Já neste século, uma de suas obras mais conhecidas é "Os sonhadores" (2003), com Eva Green, Louis Garrel e Michael Pitt vivendo três jovens em Paris durante o maio de 1968.
O último longa de Bernado Bertolucci é "Eu e você" (2012). Além de filmes de ficção, Bertolucci dirigiu documentários. Iniciou a carreira artística como poeta e também se destacou como roteirista. Assinou, por exemplo, "Era uma vez no oeste" (1968), de Sergio Leone. Ele era casado desde 1978 com Clare Peploe.