Como resultado do projeto Libertarte, que leva oficinas de arte para dentro da Penitenciária Lemos Brito, 50 obras produzidas por detentos, entre mosaicos, pinturas, desenhos e fotografias, estão em exposição do Museu Rodin, no Palacete das Artes, no bairro da Graça, em Salvador.

O projeto faz parte de uma série de ações promovidas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) com foco na educação, capacitação profissional e busca da conscientização psicológica e social dos presos.

“É uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e qualificação para o cidadão que está privado de liberdade, de forma que, após o cumprimento da pena, essa pessoa seja devolvida à sociedade com mais perspectivas de vida. Nessa mostra, é possível ver que esses presos estão mostrando esforço e o desejo de um novo recomeço e uma nova realidade. A secretaria tem realizado atividades nesse sentido, melhorando as chances dessas pessoas de não voltarem à criminalidade”, explicou o titular da Seap, Nestor Duarte.

A iniciativa é desenvolvida em parceria com o artista plástico Eliezer Nobre. “Mosaicos surgem a partir da união de fragmentos de cerâmica, partilhas e diversos materiais. É um processo que se assemelha muito à vida. Quando se juntam os momentos que compõe uma vida, é possível gerar um novo ser e iniciar uma nova jornada. Muitos presos querem começar de novo e esse projeto tem como foco estimular esse desejo”, afirmou Eliezer.

Com estilos diferentes, as obras abordam temas como desejo, fé e amor. Em visita à exposição, a dona de casa Rita Neves se surpreendeu com a sofisticação de algumas peças. “São obras muito interessantes, bonitas e cheias de significados. A arte deve estar ao alcance de todos e tem o poder de mudar a vida das pessoas”, destacou. 

A exposição é aberta ao público. As visitações podem ser feitas das 14h às 18h30.