Cultura

MAB comemora 100 anos com palestras sobre arquitetura e música

Segundo o diretor do MAB, Pedro Arcanjo, o evento busca valorizar o equipamento e chamar a atenção da sociedade baiana, cativando o público para as visitas
Da Redação ,  Salvador | 27/07/2018 às 12:03
Palestra no MAB
Foto: Mateus Pereira


Há 100 anos, nascia o Museu de Arte da Bahia (MAB), com a doação da coleção de pintura do médico Inglês Jonathas Abbot, formado pela terceira turma da Escola de Medicina da Bahia. Para comemorar o centenário, o MAB convidou o arquiteto e urbanista Chico Senna e o maestro Carlos Prazeres, da Orquestra Sinfônica da Bahia  (Osba), que ministraram palestras nesta segunda-feira (23), no auditório do museu, no Corredor da Vitória.

Segundo o diretor do MAB, Pedro Arcanjo, o evento busca valorizar o equipamento e chamar a atenção da sociedade baiana, cativando o público para as visitas constantes ao museu. “É um momento de divulgar o museu, trazer pessoas, ampliar o espaço do museu na cidade, o que já vem sendo feito com o projeto Diálogos Contemporâneos. A ideia é fazer com que as pessoas vejam o MAB não como um lugar apenas para especialistas, mas para todos”. 

De acordo com Chico Senna, o MAB começou como um departamento do arquivo histórico e evoluiu com vários conceitos até chegar ao que é hoje. “Primeiro, ele ficava junto com o próprio arquivo. Em 1931, passa para o Campo Grande, em um solar magnífico, no lugar onde hoje é o Teatro Castro Alves. Naquela época, era o grande centro cultural e social da cidade. Depois, em 1946, ele passa para o solar de doutor Francisco Marques de Góes Calmon, que foi governador da Bahia e tinha um acervo magnífico que passou a fazer parte desse museu”.

Senna acrescenta que o museu começou com uma coleção particular do médico inglês Jonathas Abbott, que se tornou professor na Escola de Medicina da Bahia. Ele reuniu um acervo de pinturas importantes não apenas para a Bahia, mas internacionalmente. “Essa foi a célula mater. Em 1986, o MAB passa para essa casa, um palacete construído pelo Governo do Estado".

Viagens Sinfônicas

Já maestro Carlos Prazeres falou sobre a relação entre a música sinfônica barroca, de Johann Sebastian Bach, e toda a arquitetura barroca encontrada na Bahia, especialmente em Salvador. “Eu acho que hoje em dia a Osba é parte indissolúvel do MAB e vice-versa. Quando a arte se une em uma esfera tão evoluída, ela já não delimita fronteiras. A Osba hoje aqui apresenta desde as suas cameratas até a sua caribé, sua série de músicas de câmara, e também concertos da orquestra sinfônica”.

Na ocasião, Prazeres apresentou o projeto 'Viagens Sinfônicas – Uma visita guiada ao universo da música clássica', em que conduz o público "através de uma audição programada e faço reflexões, conto histórias acerca daquilo que está acontecendo. Eu fico muito honrado de ter sido convidado pelo MAB, pelos seus 100 anos, uma vez que a Osba procura ser parte indissolúvel da sociedade".