Estreia na próxima quarta-feira, dia 25 de julho, no Teatro Martim Gonçalves, o espetáculo Roque Santeiro em o Berço do Herói. De autoria de Dias Gomes, a montagem dirigida por Hebe Alves mantém as críticas e reflexões do contexto político da década de 1960, período em que o texto foi escrito, mas atualizou muitas referências da cena política contemporânea. Em cartaz até 29 de julho, sempre às 20h; sábado e domingo, com sessões também às 17h Entrada Gratuita.

O espetáculo é resultado prático de uma das disciplinas que encerram o ciclo da graduação em Interpretação Teatral da Universidade Federal da Bahia. Em cena, 14 atores se revezam interpretando todos os personagens.  Roque Santeiro em o Berço do Herói, ao ser montado, em 1965, foi censurado pela ditadura militar, duas horas antes de ser apresentado no teatro.

O original Roque Santeiro

A ação da peça se passa numa pequena cidade chamada Asa Branca, interior da Bahia, cuja sociedade está marcada pelofanatismo religioso, autoritarismo e pela corrupção. Esta cidade é uma metonímia do Brasil. Logo, o espetáculo discute temas importantes da nossa contemporaneidade, principalmente no que diz respeito a condição política do país.

No palco a história de um soldado, Cabo Roque, que foi convocado para segunda guerra mundial e ficou afastado de Asa Branca durante 15 anos. Ao longo desse tempo, os moradores da cidade acreditam que soldado morreu, criam um mito a partir do acontecimento trágico e passam a lucrar com o fictício fim de Roque, que torna-se um mártir brasileiro. Quando tudo parece bem e todos tiram proveito do “falecido”, ele retorna e a história ganha rumos surpreendentes.

SERVIÇO

O Berço do Herói

De 25 a 29 de julho

De quarta a sexta às 20h; sábado e domingo às 17h e 20h

Entrada Gratuita

 

FICHA TÉCNICA

Texto – Dias Gomes

Direção – Hebe Alves

ActingCoach– Harildo Déda

Assistente de direção – Guilherme Hunder

Preparação de Elenco – Fernanda Onijasé e Gina Tocchetto

Direção de Movimento -  Barbara Barbará

Elenco – Águeda Tavares, Artur Piramoura, Bárbara Laís Machado, Clarissa Gonçalves, Emerson Sant’anna, Fábio Machado, Fábio Nascimento, Ícaro Bittencourt, Jell Oliveira, Luísa Domingos, Mila Monteiro, Raphael Mascarenhas, Ronei Silva e  Tulasi Devi.

Cenários,  figurinos, adereços e maquiagem – Renata Cardoso

Direção Musical – Luciano Bahia

Operação de Som – Victor Hugo Sá

Iluminação – Eduardo Tudella e Guilherme Hunder

Operação de Luz – Otávio Correia e Guilherme Hunder

Programação Visual – Lucas Modesto

Produção Executiva – Mila Lapa, Clarissa Gonçalves e Guilherme Hunder

Assistente de Produção – Genário Neto e Quércia Queiroz

Equipe de Produção – Águeda Tavares, Emerson Sant’anna, Luísa Domingos e Raphael Mascarenhas.

Realização – Escola de Teatro da UFBA