Cultura

Palacete recebe EXPO dos 140 anos da Escola de Belas Artes da UFBA

Sala Contemporânea do Palacete das Artes recebe exposição comemorativa aos 140 anos da Escola de Belas Artes da UFBA, a partir do dia 12 de junho




Ascom PA , Salvador | 04/06/2018 às 13:02
Zé Rocha, série riscos
Foto:

Para comemorar os 140 anos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, a Sala Contemporânea do Palacete das Artes recebe, a partir do dia 12 de junho, às 19h, a exposição “EBA 140 anos – Fluxos visuais desde1877”. A mostra vai reunir cerca de 140 obras sobre a produção prático-teórica de seus mestres, nos séculos XIX, XX e XXI.  A abertura contará com a performance de Ricardo Biriba. Paralelo a exposição haverá uma programação especial com oficinas, palestras e laboratórios criativos realizados pelos mestres da supracitada Escola.

Com coordenação geral da professora Nanci Santos Novais (diretora da EBA), a exposição vai promover uma visibilidade das atividades ininterruptas da Escola de Belas Artes. “As obras expostas revelam a diversidade multirreferencial e multicultural inerente aos seus autores, onde o passado e o presente indicam outros fluxos para o futuro da produção artística”, como registra a comissão curatorial composta pelos professores Doutores Eriel Araujo, Ricardo Bezerra, Luiz Alberto Freire e Viga Gordilho. “Desde a fundação da EBA, seus artistas-docentes e teórico-docentes vêm acompanhando mudanças significativas no sistema das artes, seja pela inclusão de novos procedimentos do fazer artístico, seja pelo enfrentamento de guerras, condições sociais adversas e até mesmo a negação da própria arte. Com isso, surgem obras que colidem com movimentos e reflexões sobre a arte e a realidade social em cada época”, complementa a referida comissão.

Das obras apresentadas estão: óleo s/tela "A camponesa" de Miguel Navarro Cañizares, medindo 254X149 cm pintado em 1862;  assim como, de outros mestres que situam  a sua obra no  sec.  XX  como Emídio Magalhães, João José Rescala, Alberto Valença, Raimundo Aguiar, Yeda Maria, entre outros.

Além destes, será possível conhecer linguagens contemporâneas que vão de acrílico sobre vários suportes, experimentações hibridas, colagens, fotografias, esculturas, objetos, cerâmica, gravura, performance, coletivos, arte urbana, vídeos produzidos do corpo docente atual. Entre eles, os professores artistas, Ricardo Bezerra, Mike Sam Chagas, Evandro Sybine, Ludmila Britto, Wagner Lacerda, Paulo Guinho, Nadson Portugal, Viga Gordilho, Eriel Araujo ... e ainda contemplar obras de mestres, que apesar de aposentados continuam numa profícua produção, como Juarez Paraíso, Maria Adair, Marcia Magno, Carmem Carvalho, Graça Ramos ...

Vale destacar que as obras do século XIX e meados do XX que serão apresentadas, tiveram seus restauros realizados na própria Escola de Belas Artes, liderados pelos restauradores, Jose Dirson Argolo, Ana Maria Villar, Tulio Vasconcelos e Joao Dannemann.

Observa-se ainda, que parte da produção científica e artística de seus mestres, registradas em dissertações, teses e publicações, poderá ser também apreciada na referida mostra.

Sobre a EBA: Fundada em 17 de dezembro de 1877, a Academia de Belas Artes nasceu na própria casa de seu criador, o pintor valenciano Miguel Navarro y Cañizares (1834-1913). Em 1895, foi denominada Escola, em consequência da reforma do ensino secundário e superior da República, ocorrida em 1891. Segunda Escola Superior da Bahia e segunda Escola de Artes do Brasil foi incorporada à Universidade da Bahia em 1948. Em 1970, chega ao Campus Universitário do Canela, totalmente restaurado em 2014, com laboratórios, galerias e  salas amplas para atender a seus quatro cursos de Graduação, três bacharelados – Artes Visuais, Design e Curso Superior em Decoração–, e um de Licenciatura em Desenho e Plástica, contemplando ainda o Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, que atende a alunos nos cursos de Mestrado e Doutorado, e o Curso de Especialização em Arte Educação. Em 05 de novembro de 2003, a EBA passou a ser considerada Patrimônio Cultural da Bahia, tombada pelo IPAC, por meio da Lei 8.895, de 16 de dezembro de 2003, e pelo Decreto de Tombamento nº 8722.

O Palacete das Artes é um órgão vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC)/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA). Funciona de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Mais informações no tel. 71 3117 6987.

 

SERVIÇO:

Mostra coletiva EBA 140 anos – Fluxos visuais desde 1877

Performance 20h

12 de junho de 2018

Visitação: até 5 de agosto

Palacete das Artes – Rua da Graça, 284

Funcionamento: terça a sexta, das 13h às 19h, e

sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.

Tel. 71 3117 6987/6984

Assessoria: Cleide Nunes – 71 99974 5858