"Eu tenho duas palavras para vocês: inclusion rider ."
Da Redação , Salvador |
05/03/2018 às 17:24
Frances levou o prêmio de melhor atriz no Oscar deste ano por Três Anúncios Para Um Crime
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Frances McDormand levou o prêmio de melhor atriz no Oscar deste ano por Três Anúncios Para Um Crime, e de quebra ainda fez um dos discursos mais impactantes da noite.
Frances McDormand levou o prêmio de melhor atriz no Oscar deste ano por Três Anúncios Para Um Crime, e de quebra ainda fez um dos discursos mais impactantes da noite. McDormand aproveitou o seu momento no palco para chamar todas as mulheres indicadas ao prêmio da Academia para se levantarem: "Meryl, se você fizer, todo mundo vai fazer também", convocou.
"Olhem em volta, senhoras e senhores, porque todas nós temos histórias para contar e projetos que precisamos ser financiados. Não falem conosco sobre isso nas festas hoje; convidem-nos para os seus escritórios em alguns dias — ou vocês podem ir até os nossos, o que for melhor — e vamos falar com vocês sobre eles."
A tal da inclusion rider que McDormand citou trata-se de uma espécie de "cláusula de inclusão". Embora o termo tenha levado muitos dos espectadores ao Google, certamente não passou batido para os produtores que estavam presentes no Dolby Theatre.
A cláusula prevê que, ao assinar um contrato, uma pessoa pode especificar seus desejos ou pedidos individuais dentro daquele projeto. Ou seja, uma pessoa poderosa em Hollywood, de Meryl Streep a Denzel Washington, pode exigir que, por exemplo, mais atrizes, pessoas de cor ou outras minorias tenham oportunidades naquele mesmo filme.
Na entrevista de bastidores, McDormand explicou:
"Eu descobri sobre [a inclusion rider ] na semana passada. Existe, sempre existiu, para todo mundo, em uma negociação de um filme, uma 'cláusula de inclusão' que significa que você pode pedir e/ou exigir pelo menos 50% de diversidade não apenas no elenco, mas também na equipe. E também, o fato de que nós — de que eu só descobri isso depois de 35 anos no mercado cinematográfico, não é... não vamos retroceder. Então toda a ideia de que mulheres estão bombando agora... não. De que os negros estão bombando agora... não. Ninguém está bombando agora. A mudança está acontecendo, e eu acho que uma cláusula de inclusão vai ter alguma relação com isso. Certo? O poder nas regras."