O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), através da Diretoria de Projetos, Obras e Restauro (DIPRO) e da Coordenação de Museus, requalificou o espaço onde funciona o Centro Esportivo Capoeira de Angola, instalada no Forte de Santo Antônio Além do Carmo, chamado de Forte da Capoeira para receber o Memorial Mestre João Pequeno de Pastinha. 

Para a montagem do Memorial, o espaço passou por um tratamento nas paredes, adequação da instalação elétrica, melhor distribuição das fotografias e das pinturas em homenagem ao Mestre, instalação de vitrine contendo objetos pessoais, um espaço para projeção de documentários. A homenagem ao Mestre contará com uma linha do tempo onde uma lista de eventos em ordem cronológica conta a sua história de vida. A inauguração do Memorial será nesta sexta-feira (22) ás 18h.

Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, ou Mestre Pastinha, começou a aprender capoeira aos 8 anos de idade com o africano Mestre Benedito. Tornou-se professor de capoeira e fundou sua própria escola em 1941, estabeleceu um método de ensino com base nas antigas tradições africanas e escreveu um livro "Capoeira Angola".

O Forte de Santo Antônio Além do Carmo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com a proposta de restaurá-lo e reformar a sua estrutura física para nele serem desenvolvidas atividades artísticas e culturais, garantir a sua utilização e preservação.

O Ministério da Cultura e o Governo do Estado, através do IPAC, iniciou estudos que levaram à elaboração do projeto de restauro, a cargo da arquiteta Etelvina Rebouças. O projeto levou ao tema “Capoeira” que garantiu a identidade cultural e a auto sustentação do Forte desde 1981, levando a mudança do nome para Forte da Capoeira