Faleceu nesta quarta-feira, 27, o cineasta e professor Guido Araújo, idealizador das Jornadas de Cinema da Bahia e documentarista. Um dos últimos remanescentes de sua geração, Guido tinha 83 anos e foi de importância fundamental para o cinema não apenas baiano, mas também brasileiro.

   Em depoimento a A Tarde: "Ele foi um lutador para que a sétima arte se desenvolvesse no Brasil. Trabalhou muito pela Jornada trabalhou no Rio de Janeiro, no primeiro filme do Nélson Pereira dos Santos, o clássico Rio 40 Graus, estudou fora do pais (na então Tchecoslováquia), voltou, aplicou o que aprendeu aqui. Sempre lutou pelo cinema, foi um cara que fez tudo mesmo pelo cinema", afirma Roque Araújo, cineasta contemporâneo de Guido.

"Guido foi um cara importante como Walter da Silveira, ele elevou a Bahia. A respeitabilidade dele lá fora, no meio dos cineastas alternativos, era enorme. O Brasil vai chorar por Guido", diz o jornalista Raul Moreira, que também milita na seara cinematográfica local.

A cremação será nesta quinta-feira, 28, no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador, às 10h.

COMENTÁRIO DO BAHIA JÁ

Trabalhei como Guido Araujo, na assessoria de imprensa, em várias jornadas de cinema nos tempos pioneiros. Sempe foi um apaixonado pelo cinema, lutador, difusor da arte, o que também é de extrema importância numa cidade e estado que não primam pelo cinema. 

O conheço desde os anos 1970. Nesta foto, aparece comigo no antigo Habeas Copus quando lancei meu primeiro livro de contos (Antenor Providência). Ia em todos os lançamentos dos meus livrod. Ajudei-o, o quanto pude, quando secretário de Comunicação da Prefeitura de Salvador para levar adiante a Jornada de Cinema.

Nos últimos tempos encontrei-o na fisioterapia numa clinica da Barra. (TF)