A manifestação cultural popular mais expressiva do Recôncavo Baiano, o Nego Fugido,  residente desde o século XIX, na cidade de Acupe, Bahia, tem sido o espaço de pesquisa antropológica para a Fotógrafa baiana residente no Uruguay, Maraíza Machado.

Objeto de estudo do Mestrado em Antropologia visual, o festejo despertou o interesse da fotógrafa para fazer um levantamento sobre os processos criativos dentro da fotografia a partir da observação dos patrimônios imateriais da cultura baiana em paralelo com o Uruguay.  

Representado anualmente nas ruas de Acupe durante todos os domingos do mês de julho, a manifestação é classificada como um verdadeiro teatro a céu aberto com o objetivo de recriar a luta da libertação dos escravos.

As  apresentações contam a historia de perseguição e captura dos escravos fujões que são caçados e amarrados para depois comprarem sua alforria. O espetáculo tem em média 40 figurantes, que são as pessoas comuns da própria comunidade, como filhos de pescadores, marisqueiras, comerciantes e donas de casa.