Cultura

IPAC entrega restauro no Convento dos Humildes nesta segunda-feira

O convento e a igreja dos Humildes são tombados pelo Estado da Bahia como Patrimônio Cultural desde 1981
Ascom IPAC , Salvador | 28/05/2015 às 18:42
Convento do Recolhimento de Nossa Senhora dos Humildes
Foto: CORES/IPAC

Até segunda-feira, dia 1º de junho, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) finaliza os serviços de conservação preventiva e curativa dos bens móveis integrados da Igreja do Convento do Recolhimento de Nossa Senhora dos Humildes. Originária do século XVIII, de 1793, a capela fica à margem do Rio Subaé, na cidade de Santo Amaro, a cerca de 80 km de Salvador, na região do Recôncavo baiano.

 

"Além de vistoria técnica, como faremos no painel tombado do artista Lênio Braga, no terminal rodoviário de Feira de Santana, as equipes do IPAC atuam nas restaurações e obras, como na igreja de Brotas e no Passeio Público, em Salvador, e na igreja de Miradouro em Xique-Xique, dentre outras ações", explica o diretor do IPAC, João Carlos de Oliveira. Muitas ações do IPAC são feitas em parceria com universidades, instituições culturais, prefeituras municipais e até proprietários de bens culturais tombados.

 

PATRIMÔNIO DO BRASIL - O convento e a igreja dos Humildes são tombados pelo Estado da Bahia como Patrimônio Cultural desde 1981, e o seu rico acervo, composto por 500 peças de arte sacra, é tão importante que é tombado como Patrimônio do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1995. O espaço hoje tem um museu com o mesmo nome, que possui convênio de cooperação técnica que inclui a dinamização e conservação do acervo, via Diretoria de Museus (Dimus) do IPAC.

 

A ação de manutenção e restauração do IPAC teve início em 18 de maio último e é conduzida pela Coordenação de Restauro de Elementos Artísticos (Cores). São marceneiros, técnicos e auxiliares em restauro, encarregados pelas intervenções restaurativas e investigações técnicas. "Até o momento, já foi feita a conservação do púlpito em madeira, metade do altar-mor e dos altares laterais e a retirada de camadas de sujidades, além de pequenas intervenções na madeira", afirma a coordenadora da Cores, Kathia Berbet.

 

VALOR - Convento e igreja estão à margem direita do Subaé. A fachada principal está voltada para um largo onde a maioria dos imóveis são casa térreas pertencentes ao convento. A área construída é de 1,8 mil metros quadrados e o conjunto tem elevado valor monumental compreendendo capela, recolhimento e seminário novo.

 

A fachada da capela possui três portas com molduras de lioz. A lateral esquerda é uma galeria semi-entaipada de arcos, revestida de azulejos semi-industriais e terminada em platibanda com grandes jarros. No interior azulejos policromados e figurativos. Os da igreja são todos lisboetas. Os da sacristia, azuis e amarelos com decoração fitomórfica de verdes e roxos, são do final do século XVIII. Toda a talha em madeira é neoclássica. Mais informações na Cores/IPAC, via telefone (71) 3116-6721 e 3117-6386, ou endereço cores.ipac@ipac.ba.gov.br. Sobre IPAC no www.ipac.ba.gov.br. Acesse o Facebook 'Ipacba Patrimônio' e o Twitter '@ipac_ba'.