Um lugar aconchegante e próprio para casais românticos
Dom Franquito , Salvador |
19/09/2014 às 10:01
Pesto de Gamberi com talharim produzido na casa
Foto: BJÁ
É quase um bistrô. O Di Lucca Ristorante - o nome já diz que é um italiano - da Calle Minas Gerais, Pituba, não se assemelha àquelas cantinas napolitanas com garrafões de vino empendurados no teto e flâmulas do Milan e do Nápoli, nem tiras de alho e as fitas verdes, brancas e vermelhas (Il Tricolore da bandeira italiana) que caracterizam a terra de Dom Pirlo.
No Di Lucca tudo é muito simples, com decoração clean, teto liso, luz bem comportada, uma grande lousa no salão que serve como carta e a presença do próprio Lucas Presas para encaminhar os pedidos, orientar as sugestões e assim por diante.
Quando vi aquela lousa na parede - antigo quadro negro das escolas primárias, hoje, quadro verde - lembrei-me de uma pegadinha na qual o cliente chega a um restaurante, senta-se, pede uma cerveja e fica encarando a garçonete. Como ela não lhe apresenta o cardápio ele pergunta fazendo gestos com as mãos: - Cadê a carta?
A moça então se vira pra ele levanta o saiote e o cardápio está com os principais pedidos escritos no seu bumbum. O cliente cai na risada, ainda quer ver mais de perto o que está escrito, tenta apalpar o bumbum da garçonete, mas, esta mostra que se trata de uma pegadinha.
No Di Lucca quem nos atendeu, yo e la señora Bião, foi a garconete Juliana e depois o próprio Luca. Claro, quando perguntamos pelo cardápio nos apontaram a lousa ao nosso lado, bem próximo de nossa mesa. Tanto que levantei-me para ler melhor o que estava escrito.
Criativo né. Pra uma casa pequena, com pouco mais de 20 lugares funciona. E bem. Hoje, as casas mais sofisticadas estão oferecendo as cartas (ou cardápios) em em tablets.
A essa altua, com a señora Bião se recuperando de uma tendinite, yo já havia bebericado uma Heinekeen e ouvia o mestre-cuca Luca sugerir que de entrada deveríamos provar a bruschetta Piadina e de principal saborearmos o Pesto de Gamberi, com o talharim produzido no Lucca, caseiro, italianissimo, baianissimo.
Ora, como não somos soberbos, aceitamos de bom grado a sugestão do chef.
A casa estava lotada. E ficamos a conversar sobre evento que acabávamos de presenciar, o lançamento do livro da mãe Stella de Oxóssi sobre a influência e a importância das plantas no candomblé. Mais sugestivo não poderia ter sido o título do livro: O que as plantas cantam.
Cada divindidade tem seu toque, seu perfume, sua relação com as plantas. Não há candomblé sem axé, sem terreiro, sem plantas, sem essa relação com a natureza.
Nisso perguntei a jovem Juliana pelo nobre chef e ela, gentilmente, me disse que estava a descansar os pés. - Anda muito nesse salão.
- Mas é um salão pequeno, ponderou a señora Bião.
- Ah! mas ele tem direito de descansar sentado à beira do balcão, comandando seu auxilair no feitio do nosso Pesto.
Não demorou muito e eis que o nobre Luca aparece com nosso talarim coberto com aqueles camarões róseos. Pena que a señora Bião não pudesse tomar um Espino Cuvée Chardonnay. Tive que me contentar com outra Heinekeen e ela com uma Pepsi.
Faz parte. Isso, de forma alguma, tirou o sabor do Pesto de Mister Lucas. Delicioso, no ponto, talharim de primeira e sal rosa do Himalaia à gosto posto pelos clientes e a pimentinha.
Taí, vale a pena conhecer o Lucca. Bom para casais. Em turma, no máximo, 3 casais.
-------------------------------
Di Lucca Ristorante Italiano
Rua Minas Gerais, 339
Pituba, Salvador, Bahia
Fone 71.4141.4341
Nos finais de semana recomenda-se fazer reserva
24 lugares
11h40min às 16h; e 18h até 0h todos os dias (fecha segunda)
Pesto de Gamberi R$49,00
Bruschetta Piadina R$14,50
Heinekeen R$6,50
Não em manobrista
Estacionamento na rua com guardadores avulsos
Tem ar condicionado
Aceita os principais cartões de crédito
Classificação 2 DONS
