Cultura

OLODUM instala Conselho e fará campanha em defesa da paz permanente

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Tasso Franco , da redação em Salvador | 10/07/2014 às 23:02
João Jorge presidiu a reunião na Casa do Olodum na noite desta quinta-feira, 10
Foto: BJÁ
   Por sugestão do Conselho do Olodum em sua primeira reunião realizada nesta noite de quinta-feira, 10, a diretoria executiva da entidade vai produzir e veicular uma campanha em defesa da paz, distribuir a representação do conselho em segmentos específicos da cultura, arte, comunicação, gestão e conflitos, e propor a Secult que adote o livro Olodum para ser distribuido entre as bibliotecas públicas do estado e seu conteúodo analisado pelos alunos e professores em sala de aula.

   Para o diretor presidente do Olodum, João Jorge, a instituição dá um passo importante no seu planejamento a longo prazo para consolidar os seus 35 anos de história e avançar em mais 30 anos ao criar e instituir um Conselho Consultivo com diferentes personalidades da sociedade brasileira e internacional, a fim de contribuir com ideias para sua sustentabilidade. 

  "O Olodum já conseguiu muitos avanços depois de uma grande luta nesses 35 anos, recebeu 49 personalidades internacionais em sua sede, desde Mandela a Desmond Tutu, vai reciclar sua escola para uma unidade de cidadania plena adotando novas tecnologias e se abrir mais ao mundo", confessa João Jorge durante a abertura do encontro na Casa do Olodum, no Pelourinho.

   O Olodum vai manter seu foco permanente na luta contra o racismo e pela igualdade, trabalhará pela melhor qualidade de suas interpretações musicais e do som, valorizará novas ideias e estará vivo participando de todos os eventos e movimentos do Brasil, nos campos social e político, será uma trincheira de luta contra a violência, e vai expandir suas ações aos bairros da capital baiana.

   Sobre o eterno conflito da falta de patrocinadores no Carnaval, Jorge Jorge situa que o Olodum, o Ilê e outros blocos afros vão adotar uma postura diferenciada, de valorização das entidades sem ficar se queixando. "Vamos protestar quando for preciso. Agora, temos que mostrar o nosso valor acima de tudo", destaca.

   OPINIÕES

   Para a conselheira Carla Pita, a marca do Olodum não pode ser vulnerável em nenhuma circustância e a entidade tem que ficar sempre atenta do seu papel na sociedade e no Carnaval de Salvador.

   Na opinião de Janilda Ramos, outra conselheira antiga da Casa, o grande desafio do Olodum, na atualidade, é manter em alto nível a qualidade de suas composições e fazer chegar isso à população. Fazer-se entender além do som bonito e admirado por todos.

   Entende o conselheiro Joel Gonzaga, outro representante da velha guarda do Olodum, que a entidade, hoje, é dirigida por pessoas que não têm mais idade para errar e isso é muito bom, a experiência como valor agregado.