O descaso da construtora Cowan e a falta de fiscalização por parte da prefeitura estão impondo prejuízos à Bamuca (Banda Municipal de Camaçari), considerada um dos maiores patrimônios culturais de Camaçari.  Móveis e outros objetos  foram furtados depois da retirada do muro de proteção da sede da entidade,  para entrada de máquinas que trabalham na obra de reurbanização da bacia do rio Camaçari.  

Sem o muro de blocos e com o tapume provisório colocado pela construtora Cowan, totalmente destruído, espaço tem sido evitado pelos cerca de 80 jovens integrantes da  banda, para ensaios e outras atividades durante o período noturno. Alunos do projeto, ouvidos pelo Camaçari Agora, lembram que os cerca de 40 metros de área desprotegida está localizada no limite com o rio Camaçari,  o trecho mais vulnerável.  Garantem que a construtora Cowan se comprometeu com a manutenção da proteção provisória de madeira até a conclusão das obras, paradas nesse trecho desde o ano passado.

Sem recursos para bancar vigilância presencial, entidade se protege apenas com grades e um modesto sistema de  vigilância eletrônica. Além de móveis e equipamentos de informática, troféus de valor inestimável para  a história da grande  campeã baiana, a Bamuca guarda em sua sede, localizada  no bairro da Bomba, ao lado da Cidade do Saber, um  grande acervo de instrumentos avaliados em mais de R$ 200 mil.

A urbanização integrada do rio Camaçari foi iniciada no final de janeiro de 2012. Dividida em 18 trechos e orçada em cerca de R$ 160 milhões, obra tem mais de 80% dos recursos provenientes do governo federal. Restante dos recursos aplicados no projeto de construção de mais de 30 quilômetros de  pistas para veículos, calçadões, ciclovias, 1 viaduto, além de pontes, travessias e  espaços de lazer fazem parte da contrapartida da prefeitura, também responsável pela fiscalização do projeto.