A Associação Nacional das Baianas (Abam) - em parceria com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), e o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Ministério da Cultura (MinC) – realizam, a partir desta segunda-feira, dia 3 (fevereiro, 2014), o 4º Ciclo de Formação para às baianas de acarajé.

 

O evento - que acontece no Centro Cultural de Maragojipe, cidade a 155 km de Salvador, e continua até 7 de fevereiro - tem o objetivo de capacitar baianas para a gestão e intervenção na política de salvaguarda do seu ofício e para a defesa do fortalecimento da classe. A TV IPAC realizou entrevista exclusiva com a representante da Abam, Rita Santos, que pode ser acessada via www.ipac.ba.gov.br ou no link http://migre.me/hFkPX.

 

O projeto da abam, intitulado ‘Ancestralidade e Baianidade’, será realizado por meio da política de editais em benefício dos bens culturais da SecultBA. “O projeto venceu o Edital Setorial de Patrimônio Cultural, Arquitetura e Urbanismo, coordenado e fiscalizado pelo IPAC”, explica a assessora-chefe da Assessoria Técnica do Instituto, Margarete Abud.

 

Segundo Rita Santos, o curso auxilia na expansão de conhecimentos para baianas e na formação até de representantes de diversos estados como São Paulo e Rio de Janeiro. “É através dessa capacitação que conseguimos identificar as baianas capazes de transmitir o que é ensinado nos cursos; por isso, é importante o edital, para podermos fazer mais vezes esse encontro”, afirma Rita.

 

Os cursos promovem oficinas de língua Yorubá, histórias sobre o papel das baianas na construção da identidade, acesso a bens culturais com passeios por Maragogipe e Baía de Iguape, discussão sobre metas e objetivos da Abam para 2014 e oficina de planejamento institucional.

 

TOMBAMENTOS – O Ofício das Baianas de Acarajé foi decretado Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia pelo governador Jaques Wagner, em outubro de 2012, por meio de um dossiê de registro construído por equipe multidisciplinar do IPAC. O ofício foi registrado no Livro Especial de Saberes e Modos de Fazer do Estado. Como bem cultural reconhecido, o Ofício passou a ter prioridade nas linhas de financiamento, como a dos editais da SecultBA. A prioridade atinge instâncias públicas municipais, estaduais e federais. O Ofício das Baianas já era Patrimônio Nacional, via IPHAN, desde agosto de 2005.

 

De 2007 a 2014, o IPAC conseguiu totalizar oito registros de Bens Culturais Intangíveis baianos, como Carnaval de Maragojipe, Festa da Boa Morte, Festa de Santa Bárbara, Capoeira e os Ofícios das Baianas de Acarajé e de Vaqueiros, dentre outros. No mesmo período, foram realizados 44 tombamentos de edificações de grande importância arquitetônica-histórica para o Estado, dentre as quais o conjunto arquitetônico-urbanístico da cidade de Wagner, além dos centros históricos de Caetité e Cipó.

 

Informações sobre os tombamentos do IPAC nas Gerência de Patrimônio Material (Gematvia telefone (71) 3116-6742, 3116-6933 e e-mail gemat.ipac@ipac.ba.gov.br. Sobre registros, na Gerência de Patrimônio Imaterial (Geima) no telefone (71) 3116-6741 e e-mail geima.ipac@ipac.ba.gov.br. Assista na TV IPAC entrevista com representante da Abam: http://migre.me/hFkPX.