Cultura

Balé Folclórico da Bahia embarca para curta temporada no Togo, África

O espetáculo "Herança Sagrada" será apresentado no Togo
Carol Campos , da redação em Salvador | 11/12/2013 às 13:11
"Herança Sagrada" é o espetáculo a ser apresentado
Foto: Vinicius Lima
O Balé Folclórico da Bahia, dirigido por Vavá Botelho, embarca nesta quinta-feira, dia 12, para uma curta temporada no Togo, depois do sucesso de sua turnê pela América do Norte. Além de apresentar o espetáculo “Herança Sagrada – A corte de Oxalá” em várias cidades do país africano, o Balé, que em 2013 comemora 25 anos, vai receber mais um reconhecimento internacional: será homenageado com uma placa pelo Ministro das Relações Exteriores do Togo e ganhará nome de rua na  cidade de Aného, no sudeste do Togo, perto da fronteira com o Benim.

Não é a primeira vez que o Balé recebe uma homenagem no Togo. Em 2007, o rei do país outorgou a Vavá Botelho o título de “Latevi” (primeiro filho do rei) e ele foi coroado como príncipe do Togo.  Sua Majestade Togbé Ahuawoto Lawson VII, Rei do Togo, definiu: “este é um trabalho e esta é uma companhia de dança que nos representa para o mundo, levando nossa mensagem, nossa religiosidade de forma digna e respeitosa, mantendo acesa esta tradição, que infelizmente nós, aqui na África, estamos perdendo a cada dia. O Balé Folclórico da Bahia é o nosso grande embaixador para o mundo e o Brasil tem que se orgulhar muito dele, porque nós africanos já o fazemos”. 

Para 2014, o Balé já tem agendadas turnês na Europa e Ásia. Graças a um patrocínio da O Boticário, a companhia também vai poder apresentar seu espetáculo no próprio país, com turnê já prevista para a região Norte no primeiro semestre do ano que vem. “Já apresentamos o Balé ao mundo, queremos propagar nosso trabalho no Brasil”, afirma Vavá Botelho.

Com sede no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, em Salvador, o BFB funciona em regime integral de seis horas de trabalho por dia. Os 40 integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas. O Balé também possui um segundo corpo de baile, que realiza espetáculos, diariamente, no Teatro Miguel Santana, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.