Cultura

ARIANO SUASSUNA diz em Conquista que cultura é pilar da independência

Ariano fez palestra no Festival da Juventude de Conquista
Gracielly Bittencourt , VCA | 10/05/2013 às 21:35
Ariano no CC Divaldo Franco, em Conquista
Foto: Secom VCA
Não havia mesmo como ser diferente durante a conferência de abertura do Festival da Juventude – Ano II. Ao final de cada história contada pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, palmas e gargalhadas ecoavam por todo o espaço interno do Centro de Convenções Divaldo Franco. Em Vitória da Conquista, diante de uma plateia formada por centenas de pessoas, na maioria jovens, Ariano cumpriu mais uma etapa da “missão” da qual, segundo ele, o próprio povo brasileiro lhe incumbiu: defender arduamente o que ele considera a genuína cultura nacional.

E foi isso o que o convidado fez. Após acompanhar a apresentação musical com canções do universo sertanejo, Ariano foi convidado por um conterrâneo, o poeta Onildo Barbosa, a subir ao palco. Aparentemente à vontade, o autor do “Auto da Compadecida” divertiu o público e, ao mesmo tempo, fez questão de transmitir sua mensagem. Nada muito diferente do que ele faz desde que se tornou professor, antes de completar 20 anos.

Professor – “Comecei a ser professor aos dezessete anos, e não posso dizer que parei. É convite que recebo por todo canto”, disse, logo no início da conferência. Foi, na verdade, uma aula-espetáculo, em que tratou de vários assuntos ligados por um elemento em comum: a cultura brasileira.

“A cultura é uma coisa muito importante para um país e para um povo. Se abrirmos mão dela, poderemos perder, inclusive, nossa independência”, explicou Ariano, conhecido por admiradores – e também por críticos – pela forma como combate o que considera a “homogeneização” da cultura popular.

‘Missão’ – Ao fim da conferência, o escritor foi aplaudido de pé. A ênfase dos aplausos finais foi semelhante à dos que se ouviram na abertura. Ariano aproveitou para dar mais um recado. “Dei aula a minha vida toda, e sempre me dei muito bem com meus alunos. Quero continuar a ter contato com o público, especialmente com os jovens”, disse. Afinal, “foi o povo de meu país que me encarregou dessa missão”.