Cultura

Museu de Arte do Rio é inaugurado pela presidente Dilma Rousseff

Pouco antes das 21h, Dilma puxou um "Parabéns para você" e encerrou a cerimônia. "A voz não ajuda", brincou, antes de a plateia cantar, em coro, "Cidade Maravilhosa".
Globo , Rio | 01/03/2013 às 21:31
Presidente Dilma e demais autoridades
Foto: Alexandre Durão
oi inaugurado, pouco depois das 20h desta sexta-feira (1º), o Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, no dia em a cidade completa 448 anos. O complexo é a primeira obra cultural pronta do projeto de revitalização da Zona Portuária e a abertura conta a presença da presidente Dilma Rousseff e da ministra da Cultura Marta Suplicy, além do prefeito Eduardo Paes e do governador Sérgio Cabral.

"Quero cumprimentar a todos os cariocas, a todos que vieram fazer a comemoração desse momento especial que é esse museu. Acredito que todos nós sabemos o que isso significa para essa cidade. Quando alguém vem de fora, vai ter um lugar pra conhecer a nossa história artística", disse Dilma, em seu discurso. "É um presente de aniversário para a cidade do Rio muito especial", completou Marta.

Presidente da Fundação Roberto Marinho, que é uma das parceiras do projeto, João Roberto Marinho brincou com o nome do museu: "Convido a todos a brincar e mergulhar nesse mar".

Um protesto ao lado de fora do museu, de artistas a favor da reabertura de teatros fechados no Rio por questões de segurança, em consequência do a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, foi citado pela presidente.

"Um presidente da república convive hoje com o som das manifestações. O que na minha época não era usual. Esse barulho nos faz ter a certeza de que esse país é democrático. A vida é isso, tem essa riqueza. Aqui tem um pedaço imenso da arte. Estamos nos transformando num país de classe média que valoriza a superação da miséria, a ciência e a valorização da cultura", disse, referindo-se à sonora manifestação, sem confusão, ao lado de fora.

Pouco antes das 21h, Dilma puxou um "Parabéns para você" e encerrou a cerimônia. "A voz não ajuda", brincou, antes de a plateia cantar, em coro, "Cidade Maravilhosa".

O museu

Dois prédios fazem parte do MAR: a Escola do Olhar, cuja proposta é formar professores e alunos a partir da conjugação de arte e educação; e o Palacete Dom João VI, que vai abrigar exposições nas oito salas distribuídas por seus quatro andares.

Com 15 mil metros quadrados, sendo 2,4 mil de área expositiva, o museu, uma realização da Prefeitura do Rio e da Fundação Roberto Marinho, foi inaugurado com quatro exposições simultâneas: "Rio de Imagens: uma paisagem em construção"; "O colecionador: arte brasileira e internacional na coleção Boghici"; "Vontade construtiva na Coleção Fadel"; e "O abrigo e o terreno - Arte de sociedade no Brasil I".

Para acessar o palacete, o público terá obrigatoriamente que entrar no complexo pela escola. Por meio de um elevador, os visitantes chegarão ao último andar, onde encontrarão uma passarela que dá acesso ao prédio expositivo. As mostras, então, poderão vistas de cima para baixo, do terceiro andar ao térreo.

A primeira neste fluxo de visitação proposto pelo museu delas é "Rio de imagens", sobre as transformações do cenário urbano da cidade ao longo de quatro séculos. Com curadoria de Carlos Martins e Rafael Cardoso, a exposição vai contar com aproximadamente 400 peças, dentre elas quadros de Tarsila do Amaral, gravuras de Lasar Segall e aquarelas de Ismael Nery, além de uma reprodução multimídia que remonta a antiga Avenida Central.