O primeiro contato de Graco Vieira com os bailes de carnaval foi na companhia dos pais, ainda criança. O interesse em realizar uma pesquisa musical do gênero surgiu ao ouvir o programa da Rádio Educadora, Pra Falar de Saudade.
"O projeto surgiu através de uma pesquisa musical, em que eu trabalhei com alguns gêneros, algo que vai além do resgate histórico, pois temos muito cuidado com a estética e com a musicalidade, através de uma roupagem mais moderna, mas respeitando as versões originais", conta Graco. "As marchinhas surgiram das marchas militares portuguesas e são responsáveis pela criação de uma identidade nacional. É um ritmo genuinamente brasileiro, ao contrário da bossa nova, que é fortemente influenciada pelo jazz norte-americano", afirma.
O Bailinho de Quinta busca congregar e trazer para todos alguns dos momentos mais memoráveis da história musical brasileira, desta que é hoje a mais aguardada festa do carnaval baiano - o carnaval. O projeto se propõe a reviver aquela saudosa alegria catártica e espontânea dos saudosos bailes de carnaval de forma criativa e atual. Composições que já fazem parte do imaginário popular ecoarão pelo Centro Histórico de Salvador, convidando todos para a folia, como Mamãe Eu Quero, Balancê, A Banda, Bandeira Branca e A Filha da Chiquita.