Cultura

ILÊ AYÊ PROMOVE ENCONTRO PARA CONDUZIR JOVENS AO MERCADO TRABALHO

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| 15/04/2009 às 23:10
A Associação Cultural Ilê Aiyê promove nesta sexta-feira, 17 de abril, a partir das 8h30, em sua sede, no bairro do Curuzu, um evento que pretende dar novos rumos à vida de centenas de jovens formados pela instituição através dos seus diversos cursos profissionalizantes.

Trata-se do encontro "Programa de Inserção no Mercado de Trabalho", voltado para a sensibilização de empresas e entidades parceiras que possam colaborar para a empregabilidade desses jovens, garantindo a continuidade de um ofício aprendido, melhores condições de vida e inclusão social.

Ao longo do ano, cerca de 700 jovens chegam ao mercado de trabalho através da Escola Profissionalizante Ilê Aiyê, viabilizada em parceria com empresas e entidades como a Petrobrás e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes). Infelizmente, porém, apenas 20 por cento desse total encontram oportunidades de emprego ou estágio. A grande maioria desiste de vez da profissão, procurando outras alternativas de trabalho, ou insiste bravamente em lutar por vagas cada vez mais raras e inacessíveis.


PARCERIAS

O objetivo principal do encontro que acontece na próxima sexta-feira é justamente tentar mudar este panorama, como explica o presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô. "Queremos fazer com que as empresas e entidades parceiras reconheçam o talento desses profissionais que formamos e dêem oportunidade para eles mostrarem o que aprenderam", afirma Vovô, lembrando que a Escola Profissionalizante do Ilê Aiyê oferece cursos nos mais diferentes segmentos:  Informática,  Cozinha, Dança, Estética Afro, Corte e Costura Industrial, Fabricação de Calçados e Bolsas, Telemarketing e Eletricidade Predial são alguns deles.


Os cursos profissionalizantes funcionam no Centro Cultural Senzala do Barro Preto (Curuzu - Liberdade). Todos são gratuitos e voltados para jovens de 17 a 25 anos, em geral pessoas de baixa renda que têm sérias dificuldades para inserção no mercado de trabalho. Além do aprendizado específico do ofício escolhido, os jovens trabalham sua auto-estima, recebem informações sobre cidadania e direitos civis e, como lastro cultural do programa, contextualizam a problemática do negro a partir do viés histórico-social.


Além da Escola Profissionalizante, o Ilê Aiyê mantém a Escola Mãe Hilda, fundada em 1988, que atende a cerca de 200 alunos da alfabetização à 4ª série do ensino fundamental.  A Escola de Percussão, Canto, Dança e Cidadania Band'Erê, por sua vez, contribui para a formação musical e cidadã de cerca de 100 crianças e jovens a cada ano letivo. Além disso, o Ilê desenvolve diversas atividades e oficinas e mantêm, em sua sede, biblioteca especializada, infocentro, estúdio e o grande espaço para shows, ensaios, festas e eventos.