Elizia Mangabeira Campos tinha 92 anos de idade
Tasso Franco , da redação em Salvador |
01/05/2019 às 20:50
Elizia Mangabeira Campos
Foto: AM
Sepultada em Salvador, no Cemitério do Campo Santos, nesta quarta-feira, 1 de maio, a senhora Elizia Mangabeira Campos, 92 anos, uma das serrinhenses da velha guarda esposa de Vicente Campos, Sêo Vicente barbeiro (na época não se dizia cabelereiro) e vidraceiro, comerciante nos anos 1940/70, na praça Luis Nogueira, e mãe de 9 filhos, entre eles, Beto e Vicentinho - já falecidos - Sidney, Bira e Angela, avó do vereador da capital Sidninho Campos (Podemos).
Por diversas vezes cortei cabelo com Sêo Vicente no final dos anos 1940 até meados de 1950 quando Serrinha era uma cidade pequenina e o corte era na base da confiança. - Sêo Vicente, meu pai mandou o senhor cotar meu cabelo - falava.
O barbeiro, de uma gentileza incomum nos dias atuais, extremamente calmo respondia: - Você é filho de quem meu filho? Eu respondia: - De Sêo Bráulio da tipografia.
- Ah! Venha sente aqui nesta cadeira, recomendava. E cortava meu cabelo. Depois, dava tachau e meu pai passava por lá horas depois para pagar o serviço. O Serrinhense, a loja de meu pai, fica a 200 metros da Barbearia de Sêo Vicente.
Era assim, o tempo de Vicente e Elizia, em Serrinha. Ele partiu primeiro. Ela foi morar em Salvador com os filhos que partiram para a capital a fim de estudar e trabalhar. Hoje, segundo sua filha Angela, Elizia, 'a mama' foi chamada a casa do pai. (TF)
