Os professores da rede municipal de ensino decidiram em assembleia realizada nesta sexta-feira (29) em Feira de Santana encerrar a greve. A categoria havia paralisado as atividades desde o dia 11 de março e a decisão de encerrar o movimento ocorreu diante de muita persistência para que o governo municipal faça a reformulação do plano de carreira dos professores, que segundo Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), é um plano que foi criado em 1992 e encontra-se defasado.

Marlede informou que os professores se reuniram com o procurador do município na manhã de hoje e de forma muito respeitosa ele pediu que a categoria encerrasse a greve e enviasse um documento solicitando uma audiência com o prefeito para discutir a reformulação do plano de carreira. A categoria encerrou a greve mediante a condição do prefeito atender imediatamente essa pauta.

“Tenho muito orgulho de ser presidente dessa categoria. Tivemos uma assembleia muito democrática e foram 67 votos a favor do encerramento da greve e 42 contra o fim do movimento. Essa é a única categoria que enfrenta o governo, que vai para as ruas e para a luta. Vamos cobrar a reformulação do plano de carreira a partir de hoje. Ontem encontramos o prefeito Colbert Martins pessoalmente e ele pediu que a gente suspendesse a greve para começar a negociação. Ele declarou que vai chamar a comissão de educação e fazer o levantamento sobre a reformulação do plano de carreira”, afirmou.

A sindicalista ressaltou ainda que nos próximos dias a APLB vai procurar o Ministério Público (MP) para mostrar o que acontece com a educação na cidade. De acordo com ela, há muitos problemas graves como a falta de merenda, falta de professores e carteiras.

Ela mostrou toda a sua indignação ao comentar sobre os investimentos da educação na cidade em contrapartida aos altos valores cobrados para a população através do Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana (IPTU) e também o valor de R$176 que é pago para os diretores de escola, enquanto os vereadores aprovaram na última quarta-feira (27), o reajuste salarial de superintendentes e diretores de autarquias de Feira de Santana. O valor do salário desses profissionais chegará a 13 mil reais.

COMENTÁRIO DO BJÁ

A greve dos professores em Feira de Santana só fez prejudicar os alunos e não trouxe ganho algum nem para os professores; nem para o ensino.