Com informações de A Tarde
Da Redação , Salvador |
14/09/2017 às 16:17
Greve em Lauro de Freitas
Foto: As´rof
Os trabalhadores da educação do município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), decidiram paralisar as atividades por dois dias (próxima segunda, 19, e terça-feira, 20). De acordo com os servidores, a decisão foi tomada após a prefeita Moema Gramacho (PT) não cumprir com os acordos estabelecidos em reunião com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do município (Asprolf). A paralisação foi acordada em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 14, no clube da Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (Afpeb), em Lauro de Freitas.
Segundo o coordenador geral do Asprolf, Valdir Silva, uma das principais reinvidicações da categoria é que haja as eleições para diretor e vice-diretor escolar. "A gente tá com a ligeira confiança de que ela [Moema Gramacho] não vai cumprir o acordo este ano. A eleição para diretor e vice-diretor de escola era para ser feita no final deste ano e a posse no início do ano que vem, mas pela discussão no dia 6, entendemos que ela não quer adiantar esse processo este ano", afirma.
O sindicalista ainda completa informando que a petista se negou a assinar um decreto de urgência que, diz ele, resolveria o impasse. "Ela negou e disse que vai esperar a solicitação padrão na Câmara Municipal, mas ela entra em recesso em novembro e não vai dar tempo para isso ser feito ainda este ano", explica.
Mas Valdir deixa claro que existem mais alguns pontos importantes que influenciaram na paralisação das atividades. "Infraestrutura das escolas, falta de material, não tem fralda para creche, papel higiênico, os profissionais de Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) não receberam as garantias que ela deu de seguridade do contrato, que são: isonomia salarial e de vencimento, regência e extraclasse e a reserva de carga horária. Tem também os processos administrativos dos servidores de carrreia, que estão paralisados, como, por exemplo, os avanços vertical e horizontal, retroativos não pagos etc", conclui.
O coordenador também afirma que a Prefeitura não entregou as cadernetas escolares - documento que comprova a presença do aluno em sala e um registro do que o docente ensinou durante a aula - que estava previsto para ser entregue no início deste ano. "Eles mandaram cada escola produzir a sua própria caderneta escolar. Como vamos produzi-la, se nem papel tem?", questiona.
A reportagem do Portal A TARDE entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Lauro de Freitas (Semed) para obter uma posição do órgão, mas a secretaria disse que só vai se pronunciar sobre o caso quando for notificado oficialmente.