A AMAS funciona na Matinha, zona rural de Serrinha
Tasso Franco , da redação em Salvador |
12/11/2016 às 10:19
Alunos da terceira série do ensino fundamental
Foto: BJÁ
A Escola Rural de Ensino Fundamental da Associação Maria Alexandrina (AMAS) localizada no povoado da Matinha, em Serrinha, encerra o ano letivo com ótimo aproveitamento dos alunos, com zero evasão escolar e salas cheias. Fato raro: mesmo sendo uma escola na zona rural mantida pelo voluntariado de algumas pessoas, sem apoio da Prefeitura, Estado ou Governo Federal, tem evasão zero. A frequência é 100% e funciona pelas manhãs com três professoras e 35 alunos.
A AMAS é uma iniciativa do ex-funcionário do Banco do Brasil, João Santos, e de sua companheira Sandra, conta com o voluntariado gratificado das professoras Maria Elza, Crenilda e Michele e além do ensino fundamental tem aulas de noções em informática e inglês. Funciona na sede da AMAS numa sala cedida pela ONG o Museu Pró-Memória de Serrinha, organizado por Edmundo Bacelar.
O trabalho da AMAS é meritório em todos os aspectos e um grupo de voluntários contribuiu mensalmente para que a iniciativa sobreviva com dignidade, além da ajuda dada por João Santos, o qual colocou o nome de sua mãe na instituição.
Belíssimo exemplo: todos os alunos são uniformizados, possuem bags e livros e levam diariamente deveres para casa. Muitos deles caminham até 1km ou mais para chegar e sair da escola até suas residências, outros usam motos e a professora Maria Elza mora em Serrinha e vai todos os dias de moto para dar aulas, numa distância em torno de 8km. Vida difícil, dura, de pura abnegação.
