Bahia

MORRE 'INA' a cadela da PM especializada em encontrar armas e drogas

Cadela Ina, uma grande auxiliar da PM
Athylla Borborema , Teixeira News | 19/05/2016 às 12:26
INA em pose na CAEMA
Foto: TN
Morreu na última terça-feira, 17, após uma complicação nos rins, no canil “bom pra cachorro” do quartel da CAEMA – Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica, em Posto da Mata, distrito do município de Nova Viçosa, a cadela “Ina”, que auxiliou em inúmeras missões policiais na apreensão de drogas em várias operações na Bahia, tanto pela CAEMA da qual especializada fazia parte, quanto em outras unidades da CIPE – Companhia Independente de Policiamento Especializado do Estado da Bahia.

A primeira foi Nina, a cadela farejadora que foi usada pela CAEMA em múltiplas ações da especializada da Polícia Militar. A segunda foi a figura da cadela policial Deick, que possuía faro apurado e personalidade curiosa. Já “Ina” chegou a unidade através da doação do Canil Jawspaws, que intensificou os treinamentos e a atuação da cadela em buscas para detecção de drogas nas operações da CAEMA.

A cadela policial “Ina” era especializada em intervenção tática para encontrar armas, drogas e explosivos por meio do faro. E na CAEMA recebia tratamento de princesa, com espaço de tratamento só pra ela, área de treinamento, atendimento veterinário e um cardápio nutritivo, além do carinho especial dos seus treinadores, o 1º tenente Júlio e o soldado Douglas (na foto).

A cadela era da raça pastor belga malinois e tinha 10 anos de idade. Ela era a terceira cadela da CAEMA e a primeira que chegou ao quartel com uma capacidade superior de farejar 40 vezes a mais do que o homem. E era capaz de encontrar um objeto ilícito em menos de 2 minutos em um espaço comparado a uma residência mobiliada, o que uma equipe de policiais poderia levar até 2 horas para fazer o mesmo serviço.

O 1º tenente Júlio Anderson Macedo, treinador das cadelas policiais da CAEMA, lamentou a morte da sua amada companheira que só lhe ofereceu amor e lealdade nos últimos 6 anos. Com a cadela, o oficial conviveu e operou profissionalmente, com ela metendo as fuças em malas, carros ou pessoas, em geral nos locais de grande fluxo de gente ou mercadorias, como aeroportos, terminais rodoviários ou imóveis com aglomerados de pessoas.

“Graças à “velha Ina”, com um faro apurado e preciso que conseguimos promover varias prisões por tráfico de drogas e tirar dezenas e dezenas de marginais das ruas. A sua participação foi muito importante para a Polícia Militar da Bahia em favor da sociedade baiana. Hoje ela se foi, hoje é um dia muito triste para mim que cuidava diretamente dela e ao lado de “Ina”, obtivemos resultados relevantes para a sociedade na luta contra o tráfico de drogas e entorpecentes. Mas, apesar da tristeza com sua perda, preciso entender, que esta cadela cumpriu sua missão com êxito e lealdade”, lamentou o 1º tenente Júlio Macedo.