Insatisfeitos com a substituição do diretor do Colégio Estadual Mandinho de Souza Almeida, feita pelo Núcleo Regional de Educação (NRE 21), da Secretaria Estadual de Educação (SEC), os alunos, seus pais, professores e autoridades do município   de Conceição do Almeida, no Recôncavo Baiano, fazem uma manifestação na manhã desta sexta-feira, 6 de maio, em  frente à SEC, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O estudante, presidente do Grêmio Estudantil do colégio, Igor Leandro, informou que o diretor da instituição, Marilson Carvalho, o popular Moura, faz um excelente trabalho na gestão do colégio e sem nenhuma comunicação prévia ou eleição, acabou substituído.

“O novo diretor é de Cachoeira, mas nós do Grêmio,do Colegiado, a comunidade escolar, professores e pais resolvemos que como não houve formação de chapa no colégio, Moura continuaria sendo o gestor”, disse Igor.

Segundo ele, nesse período de 8 anos em que Marilson esteve à frente da direção, o Colégio Mandinho ficou em 3°lugar em gestão escolar no Estado da Bahia, os alunos ganharam o concurso de quadrilha junina do Núcleo Regional (NRE21) durante dois anos consecutivos, e alguns alunos representaram o Colégio e o Núcleo no Face e tal em Salvador.“Hoje ainda estamos com vários problemas, não temos livro, o núcleo não libera abertura de turmas novas, gerando o sobrecarregamento com até 50 alunos na sala, professores concursados sem carga horaria completa e sem receber. Sabemos que uma boa educação se constrói com a parceria de todos, e não com decisões prontas e acabadas”, disse Igor.

A decisão de substituir o atual diretor da unidade escolar, reuniu centenas de alunos, professores e toda comunidade Almeidense, que em grande ato de manifestação, repudiam a decisão do Núcleo Regional de Educação – NRE 21. Na cidade, foram às ruas, mostrar sua indignação. E nesta sexta-feira vieram para Salvador continuar a manifestação.

O professor Marcio Barbosa, novo diretor indicado pelo NR1, também participou da assembleia com estudantes, pais de alunos, professores, funcionários e demais. E explicou todo o processo ocorrido. Segundo Marcio, para se pleitear uma cargo público de diretor na rede estadual necessita o diretor ter a certificação do termo do Governo do Estado e através dessa portaria pleitear uma vaga. “Sou professor da rede estadual e diretor de escola há oito anos, estou dentro da legalidade, cumprindo a portaria que exige que cargos públicos, de diretor de escola, tenha a última certificação do termo do Governo do Estado e nós somos certificados para tal função. Assim que pleiteamos uma vaga através do NR1, observamos que o CEMA não obtinha e prontamente seguimos a portaria, procuramos o professor Moura, conversamos e seguimos a orientação da portaria” disse.

A direção da APLB-Sindicato, que defende que diretor de escola seja da própria comunidade, está acompanhando a manifestação e tentando uma reunião com os dirigentes da SEC.