Enquanto grandes empresas, em todo o Mundo, voltam as suas atenções para a qualidade de vida, em Lauro de Freitas, empresários parecem querer voltar no tempo. Foi a imagem que alguns passaram hoje (02/06) durante reunião entre a SEPLAN – Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Urbana e o segmento, na etapa preparatória para as 

audiências públicas que acontecerão com o objetivo de atualizar o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM).

Em plena semana do meio ambiente, um dos empresários propôs o tamponamento do rio Sapato, em Ipitanga, para servir de estacionamento. A sugestão contou com o apoio de outros representantes do setor mas desagradou ambientalistas e moradores que iniciaram uma campanha, inicialmente nas redes sociais, em defesa do rio.

O rio Sapato corta os bairros de Ipitanga, Vilas do Atlântico e Buraquinho e vem sendo alvo de outra questão 

polêmica: A reversão da drenagem da Lagoa da base. Obra da CONDER – Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia. A obra, que não possui estudos sobre probabilidade de inundações, tem deixado os moradores da região em estado de alerta. 

O rio Sapato é um dos afluentes do Rio Joanes, possui aproximadamente 7 km de extensão entre Salvador e Lauro de Freitas e ficou conhecido por transbordar em períodos de chuvas, inundando ruas e casas.

“Empresários que não se importam com o meio ambiente, não estão preocupados com a melhoria da nossa cidade. 

Passamos por fortes chuvas, recentemente, e o rio Sapato não mais transbordou como antes. Queremos parceiros para recuperá-lo e não para matá-lo.”, afirma Hendrik Aquino, morador de Ipitanga.