Obra não tem estudo de impacto ambiental e pode provocar inundações
Tasso Franco , da redação em Salvador |
06/05/2015 às 11:05
Obra da Conder às margens do Rio Sapato estão em 'banho maria'
Foto: BJÁ
Os moradores de Vilas do Atlântico que têm suas residências nas proximidades do Rio Sapato - especialmente aqueles que residem na Avenida Nossa Senhora da Copacabana, uma das principais do balneário - estão revoltados com a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), orgão do estado que atua em obras na RMS, e que vem fazendo intervenções às margens deste rio com o objetivo de dar vazão as águas da Lagoa de Base até a foz do Rio Joanes.
A obra não teria estudos de impacto ambiental, vai contaminar ainda mais as águas do Rio Sapato com o esgotamento sanitário da Lagoa de Base - será um pinicão a céu aberto - e poderá provocar alagamentos nos meses chuvosos, uma vez que não há estudos mais aprofundados desse projeto. Ademais, para não perder uma verba federal estimada em R$12.6 milhões, a Conder, a toque-de-caixa e sem consultar a Associação dos Moradores de Vilas iniciou as obras com tratores derrubando árvores plantadas pelo rotary Clube e assoreando ainda mais o rio.
A drenagem na Lagoa da Base e na Rua da Irmandade prevê a instalação de 700 metros de manilhas de concreto armado, 916 metros de tubos também de concreto armado, com canal regular de 165 metros, todos direcionados ao Rio Sapato, quando a lógica seria entubá-los com o Rio Ipitanga.
Com isso - a obra está paralisada em Vilas do Atlântico (vide foto acima) - o Rio Sapato vai receber um volume de águas e de dejetos que o transformará num pinicão. A Prefeitura de Lauro de Freitas - em nota - diz que não tem nada a ver com essa obra e os moradores, através de sua Associação, poderá recorrer à Justiça para evitar esse desastre ecológico.