Zéu Barbosa
10/01/2023 às 13:13
Como diria um amigo escritor baiano, que não terá o nome citado aqui para não haver associação da imagem dele a estas considerações sobre os atos golpistas cometidos por criminosos terroristas de extrema direita, ocorridos no Distrito Federal, na tarde do dia 08 de janeiro de 2023, segundo domingo do ano: se forem aplicadas as "Interrogações Ativas" no processo de análise dos atos terroristas dos seguidores do mais recente ex-presidente da República do Brasil o caso será concentrado no eixo da solucionática, sem divagações.
A análise da invasão dos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Planalto, no dia 08/01/2023, vista à luz de uma novíssima Teoria, como "Uma Introdução às Ciências Jurídicas e também Sociais", respeitadas as técnicas utilizadas pelas autoridades em investigação policial, pode ter o seu desfecho a partir das Interrogações Ativas, a seguir exemplificadas:
1) A que grupo político pertencem ou são seguidores tais terroristas?
2) Quem financiou (R$) a ida dos terroristas ao Distrito Federal?
3) Quem planejou a invasão?
4) Quem liderou a invasão terrorista?
5) Quem liderou a depredação daqueles prédios públicos?
6) Que autoridades e/ou agentes políticos participaram direta ou indiretamente do planejamento e/ou dos atos terroristas?
7) Por que nenhuma organização de segurança pública procurou saber para onde estavam indo e o que pretendiam as mais de 4.000mil pessoas que desembarcaram no DF vestidas de amarelo e verde e portando Bandeiras do Brasil?
8) Por que policiais militares do DF, ao invés de impedirem, acompanharam os milhares de terroristas até o destino, para destruição do patrimônio público?
9) Por que a tropa do exército brasileiro, estacionada no subsolo do Palácio do Planalto, capaz de rastrear e identificar qualquer marcha em direção ao seu acampamento, permaneceu inerte diante da invasão?
10) Por que a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN não pôs os seus agentes em ação, desde o meio-dia, quando os ônibus chegaram no DF?
11) Qual a história de vida profissional e/ou política do Secretário de Segurança Pública do DF?
12) Por que o Governador do DF não acionou as Polícias Militar e Civil nem comunicou à (ou solicitou apoio da) Força Nacional?
13) Por que o Delegado da Polícia Federal, Secretário de Segurança Pública do DF em exercício (o Titular está nos EUA), uma hora antes da invasão, usara dez adjetivos (áudio vazado) para dizer ao governador do DF que não havia risco de aquela "manifestação" sair do controle?
A novíssima Teoria, aqui referida, encaixa cada Interrogação Ativa em sua respectiva resposta, que já existe no imaginário popular recente. Em relação às perguntas aqui enumeradas, cada resposta representa o modelo, impressão ou arquétipo do indivíduo envolvido no ato terrorista; ao mesmo tempo, a ação coletiva, o ato, o todo, é maior do que a soma dos seus elementos (indivíduos presentes fisicamente), provando que, no dia 08/01/2023, no DF, conjunto de terroristas brasileiros estava, ali, representado, mesmo que outros elementos (autoridades civis e militares, políticos, empresários-financiadores) não tenham participado efetivamente - lei-se: fisicamente.
Da referida Teoria, novíssima, também se extrai, na opinião particular do Sociólogo infra-firmado, a figura do "receptor também protagonista", em que o desigualado extremista de direita, por escolha própria, também é ator ou figurante daquele filme de terror. Receptor da alcunha de seguidor de um extremista covarde (então presidente fugitivo); desigualado de outros extremistas de direita, conforme conta a história geral, como os seguidores de Adolf Hitler; receptor-desigualado, criticado e separado do modelo, do padrão nazifascista, enquanto não houvera agido como tal. Protagonista, ator (ou figurante) do filme (da cabeça deles) que virou realidade terrorista, na qual atuou para diminuir a distância ou a desigualdade que havia entre o indivíduo (elemento) e o seu coletivo (conjunto) de fascista-padrão, de extremista-modelo, de nazista-tipo, de terrorista-normal - comparativo entre o terrorista brasileiro e o nazista alemão.
Protagonizando o terrorismo, o extremista de direita brasileiro se aproxima do padrão nazifascista, diminuindo a distância entre si e o seu padrão, entre sua ideologia e o modelo terrorista.
Para encerrar este assunto, referente à análise de um processo que só está no início, os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo nacionais devem inaugurar uma Força Tarefa Conjunta para extirpar a tentativa de implantação do nazifascismo no Brasil, enquanto as raízes ainda podem ser arrancadas, sem o risco de ficarem pedaços delas se renovando e virem a produzir sementes.