NETFLIX: ROUND 6 A SÉRIE MAIS VIOLENTA DA TV DÁ SINAIS DE + JOGOS (TF)

Tasso Franco
01/01/2022 às 18:26
     “Squid Game” – um drama fictício da Coreia do Sul, traduzido no Brasil para “Round 6” – é a série com maior lançamento de todos os tempos da Netflix e já foi vista por milhões de contas no mundo, só na estreia 111 milhões de contas. A série distópica, na qual competidores que precisam profundamente de dinheiro jogam competições infantis mortais para ganhar prêmios em dinheiro, estreou 17 de setembro e, diante de sucesso, a Netflix e o diretor sul coreano Hwang Dong-hyuk já pensam numa segunda temporada.

A série é a número um nas listas dos 10 melhores da Netflix em 94 países ao redor do mundo. Também é a primeira série coreana da plataforma a chegar ao primeiro lugar nos Estados Unidos. E o que acontece de especial para ser vista por tantas pessoas? O drama, a morte, sangue, frieza, violência extrema. 

  Um grupo de pessoas passando por dificuldades financeiras aceita um estranho convite para um jogo de sobrevivência. Um prêmio bilionário os aguarda, mas as apostas são altas e mortais. A cada partida - baseado em brincadeiras infantis da Coreia do Sul - batata firta, jogo de gudes, cabo de guerra - nos seis jogos são mortas mais de 400 pessoas impiedosamente com tiros de metralhadora ou pistolas.

  E, por trás dos jogos está uma organização secreta instalada numa ilha deserta com um ser mascarado e outros peões assassinos também mascarados, organizada com códigos severos, que são os algozes dos endividados capturados aleatoriamente nas ruas de Seul, pessoas desesperadas e que passam por endividamentos severos.

 O principal personagem Seong Gi-Hun (interpretado pelo ator Lee Jung-jae) é um dos desses afogados em dívidas, separado da esposa e com uma filha de dez anos, acuado pela máfia coreano que o ameaça de morte se não pagar a sua dívida, que aceita participar do jogo para ganhar milhões sem saber a missa metade do que se tratava. A série, em sí, na interpretação do diretor é uma crítica robusta ao capitalismo que ao tempo que mostra uma Seul pujane, moderna, luxuosa, tem seus guetos e endividados, alguns da classe média.

Já na ilha, diante de outros envididados, participa da primeira prova e escapa da morte ao ver vários outros participantes do jogo tombarem com tiros de metralhadora. No decorrer da série - o roteiro demorou dez anos para ser concluido - um detetive da Policia coreana tenta descobrir o segredo da organização secreta que têm personagens VIPs como convidados e apostadores diante da procura de um irmão e descobre, a beira da morte, que a organização era comandada por seu irmão, que o mata.

A série é muito bem produzida, luxuosa, cenários fantásticos, criatividade plena, tudo isso à serviço da violência, da morte, do sangue, e no jogo final de Gi-Hun x Cho Sang-Woo (interpretado por Park Hae-soo), quando todos os outros participantes já tinham morrido, Gi-Hun vence o jogo e Cho Sang se mata com uma faca enfiada no pescoço. 

A partir desse momento. Gi-Hun bilionário e podendo pagar sua dívida e ter uma vida melhor, de luxo se quiser, pira a cabeça, encontra a mãe morta em sua volta e fica atordoado sem saber o que fazer. Creio que o diretor tinha um roteiro que incluia um final feliz para Gi-Hun, porém, diante da possibilidade de ampliação da série com uma nova temporada, propositdamente o vencedor do prêmio dá sinais de que voltará a participar do jogo da morte. (TF)