Deputado capitão Tadeu
25/03/2013 às 18:49
Todo trabalhador vive do fruto seu trabalho. Os servidores públicos, também.
É fato que o empregador sempre acha que paga muito de salários e os empregados que ganham pouco, tanto na iniciativa privada quanto no serviço público.
Daí a eterna luta entre capital e trabalho.
O capital quer sempre maiores lucros, já os trabalhadores querem maior reconhecimento pelo seu labor.
Desse embate, algumas vezes emergem as greves dos trabalhadores como instrumento de pressão.
No âmbito do serviço público a lógica é a mesma.
Os governos, como patrões e empregadores, sempre buscam economizar recursos com pessoal, salários; e os servidores, como trabalhadores, correm atrás de melhores salários.
Quando patrões e funcionários divergem na iniciativa privada e não tem acordo, vem a greve e o prejuízo é na produção, no lucro e no desabastecimento de produtos e serviços para a população.
Quando o desentendimento é no serviço público, entre governo e servidores, a greve prejudica a sociedade com a paralisação de serviços essenciais, como educação, saúde, segurança, justiça etc.
Foi assim na greve dos policiais militares e dos professores em 2012.
O governo não teve habilidade para dialogar e nem respeitou os direitos dos servidores, provocando, dando causa a greves que prejudicam a todos.
Na sequencia, o governador Wagner reconhece o erro da falta de diálogo e prometeu que iria mudar e se reaproximar dos servidores, dialogando mais.
Na verdade, é isso que a sociedade deseja: diálogo e entendimento entre governo e servidores para evitar prejuízos, como os ocorridos em 2012.
Começamos 2013 esperançosos de que este ano o governador Wagner, sindicalista de formação experiente como promotor de greves e experiente como vítima de greves, iria ser mais atencioso com os servidores.
Lego engano! Já estamos nos aproximando de abril, mês 4, e o governador Wagner ainda não enviou para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que reajusta os vencimentos dos servidores públicos estaduais.
Só para lembrar: a lei estabelece que a data base do servidor estadual é 1º de janeiro.
O orçamento público de 2013 foi aprovado no fim de 2012.
O salário mínimo para 2013 foi aprovado também em fins de 2012 e o governo alega que ainda está estudando o impacto do aumento no orçamento.
Das duas, uma: ou o governo do Estado é muito lento ou tem muita má vontade com o servidor público.
Ou os dois!
Capitão Tadeu Fernandes
Deputado Estadual – Líder do PSB