Em pleno século XXI, no Brasil emergente e salvaguarda para um planeta severamente desmatado, na casa onde a justiça deveria ser feita- STF-, a injustiça, disfarçada em togas ministeriais, cometeu um grave retrocesso, com apenas um voto contra, desconsiderou, de maneira inconsebível, a formação do jornalismo.
Todas as profissões ao longo da história tiveram o seu aprimoramento, normatização e atualizações através do estudo.
A medicina teve seu início com os curandeiros ou xamãs,com os sugadores de abscessos e com os barbeiros especializados em sangrias. De lá, então, aprimorou-se através do estudo, normatizou-se e através desses estudos vem salvando cada vez mais vidas humanas, contribuindo, portanto, com melhores resultados.
O jornalismo existe há tanto tempo quanto a medicina e, ambos, bem mais do que a advocacia, esta profissão, advocacia, também começou de maneira primária e por muitas décadas aceitou a figura do rábula, personagem sem diploma e que por ter conhecimento das leis poderia atuar nos tribunais de justiça.
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Na Bahia, até os anos 70, o mais famoso rábula baiano, Cosme de Farias, brilhava ao lado de eminentes advogados diplomados , no Fórum Rui Barbosa, em Salvador.
Se vivemos num país democrático e cada vez mais transparente, agradecemos bem mais aos jornalistas do que à classe política e aos juristas togados por indicação, muitas vezes, por critérios bastante questionáveis, como são os critérios de nomeação dos Conselheiros dos Tribunais de Contas da União , dos Estados e dos Municípios.
Da mesma maneira que o aprimoramento universitário contribui para que tenhamos cada vez mais médicos, engenheiros, enfermeiros, advogados, psicólogos e demais profissionais competentes, contarmos com jornalista diplomados, sem sombra de dúvidas, a sociedade será mais beneficiada.
Não reconhecer o diploma em jornalismo é um retrocesso inaceitável e uma grande injustiça para com essa profissão, que tanta importância tem para a ordem social.
Esperamos que no futuro, com outras cabeças togadas mais sensatas e racionais no TSJ, essa injustiça seja reparada com a previdade que se faz necessária.