NATAL INESQUECÍVEL

Augusto Cruz
04/12/2008 às 17:02
Arq
Época de consumo com fortes apelos o Natal é tempo de compras e de preocupações depois
 
Natal é a data festiva mais aguardada pelo comércio varejista. E neste ano o Natal traz nuances especiais, por conta da grave crise econômica mundial.


As lojas e os shoppings já anunciam diversas promoções. São brindes, mimos, descontos, parcelamentos e sorteios, tudo numa época em que as vendas naturalmente são intensificadas, não apenas pela data, como também, e principalmente, pelo disputado décimo salário.


Os consumidores já demonstram que este fim de ano será de presentes mais modestos, porém com os apelos publicitários e o otimismo do nosso Presidente, talvez esse quadro mude, ao menos é o que esperam os varejistas e especulam alguns experts no assunto.


A forma com o que os lojistas mais se apegam para atrair os consumidores é com a oferta de crédito. E aí, não apenas o comércio é parte interessada, mas também as instituições financeiras (os bancos). E muitas pessoas se deixam levar com a facilidade do crédito e compram produtos, dos mais variados, em prestações que variam de duas a vinte quatro.


É aí que reside a nossa preocupação.


Comprar presentes e realizar "sonhos" financiados a longo prazo, pode tornar seu Natal inesquecível. E não apenas pela felicidade pela aquisição de algo, ou pelo sorriso de quem ganhou um presente seu, mas sim por encontrar mês a mês em seus extratos, o débito da prestação daquilo adquirido.


É importante que o consumidor use, sem vergonha, máquina de calcular e verifique a diferença entre o preço à vista e o parcelado; quanto será pago a mais a título de juros. A economia de dois ou três meses pode resultar numa compra em condições mais favoráveis e menos danosas ao bolso do comprador.


As lojas são obrigadas, por força do Decreto 5.903/06, a indicar o valor da venda à vista, da venda a prazo e dos juros cobrados. Caso realmente a pessoa queira comprar de forma parcelada, o ideal é que, ao menos, ela pesquise onde os juros são menores, incluindo aí financeiras, bancos e operadoras de cartões de crédito.


Mas, repito, utilize a compra parcelada como último recurso.


Não quero, aqui, estimular que as pessoas não comprem, mas sim que o façam com cautela. É o que chamamos de consumo responsável e consciente. O endividamento, num momento de crise econômica, não é recomendável.