Apio Vinagre Nascimento
19/10/2008 às 12:10
Passados dez dias do pleito eleitoral e com a cabeça bem tranqüila para analisar o processo sem o calor imediato que nos acomete nos primeiros momentos pós campanha, principalmente uma campanha como tivemos em terras Ipitanguenses em 2008.
Antes disso precisamos dar um pequeno retorno ao pleito 2004, para fundamentar algumas posições a ser colocadas a seguir. Senão vejamos: Em 03 de Outubro de 2004, Moema e a Frente Popular Oposição de Verdade enfrentaram duas coligações formadas por integrantes da atual oposição, que por conta de suas brigas internas pelo poder acabaram se subdividindo em duas candidaturas à Prefeitura Municipal.
De um lado a representação do pensamento "monárquico" do eputado João Leão que impôs a parte do seu grupo o nome do seu filho e do outro a candidatura de Dau Francisco, que rompeu com o grupo por não se conformar em não fazer parte dos planos do chefe naquele pleito. Somados os 9.329 votos de Dau e os 22.854 votos de Cacá, a atual oposição obteve à época 32.183 votos, contra 26.489 votos de Moema, sento contabilizados ainda 74 votos para Lelito Pinheiro.
Além disso, das onze cadeiras em disputa, a atual oposição elegeu, somados os eleitos pelos dois subgrupos, 09 vagas, tendo Moema e sua coligação eleito apenas 02 vagas.
Este cenário colocava na boca da oposição o discurso de que Moema havia ganho, mas, não levaria, ou seja, não governaria em função de mesmo tendo ganho, não havia conquistado a hegemonia política do município. Ao longo dos três anos que antecederam a campanha eleitoral de 2008 muito foi dito, mas, a colocação mais forte era a que dava como favas contadas a derrota do projeto encabeçado por Moema caso enfrentasse uma candidatura que unificasse o grupo de oposição e que fosse uma candidatura forte e, muito falou a atual oposição que este nome estava cristalizado na figura do Deputado Roberto Muniz.
Neste intervalo muitas foram as movimentações de algumas personagens deste cenário, como o Ex-Prefeito Marcelo Abreu, que até certo momento colocava-se como candidato tendo inclusive buscado por diversas vezes contato com a candidata Moema, mas, que ao final de tudo mostrou que ainda tem seu cordão umbilical ligado ao grupo da oposição, vindo a se tornar coordenador da campanha de Roberto e Lindaura Francisco, que mesmo tendo sido contemplada com a articulação política de Moema levando-a para a Ouvidoria Geral do Estado, no final também voltou ao seu habitat natural, sendo a candidata a Vice na mesma chapa.
Essas movimentações, normais do processo político, deram lugar ao longo da campanha a toda a sorte de bravatas, mentiras e leviandades, das mais variadas e torpes formas, chegando ao ponto de se veicular ilações contra Moema e seus aliados, além da utilização e forma vil do seu estado de saúde de Moema. Eles não contavam com um aspecto, que tem transformado os pleitos eleitorais em uma verdadeira festa da democracia: O povo de Lauro de Freitas, assim como o povo brasileiro está aprendendo a analisar as propostas e tem se posicionado de forma soberana nas urnas.
Repudiou de maneira firme as mentiras e ilações feitas pela oposição, demonstrou conhecimento das ações que o primeiro governo de Moema implementou na cidade. Mesmo nos locais aonde estas ações ainda não chegaram ouvimos falas como esta: "...Tô retado por que a gente ainda continua aqui na lama, mas, sei que a mulher ta trabalhando na cidade, por isso vou votar nela..." que ouvimos durante a caminhada no Loteamento Santa Bárbara em Itinga e similares em outros locais de todo o município. Isto fez com que chegássemos no dia 05 de outubro de 2008, mesmo com toda a marola azul feita pela oposição na cidade, mesmo com as tentativas de agressão de que foi vítima Moema no dia da eleição, quando exercia o seu direito legítimo de candidata e delegada nata do pleito de visitar os locais de votação, na escola Dois de Julho e no colégio Alfredo Agostinho de Deus, ambos na Itinga, por parte de aliados do candidato da oposição, totalmente confiantes no resultado que constataríamos pela tarde durante o nosso processo de apuração.
Terminado o processo eleitoral e ainda inconformados com a derrota, os nossos adversários começam mais uma vez a plantar boatos. Ao que parecem entortaram a boca com o cachimbo da mentira e não conseguem mais parar de fazê-lo. Agora lançam aos quatro cantos da cidade a lorota que a eleição seria anulada ou que haveria, na linguagem de alguns de seus ingênuos (as) seguidores (as), teria um segundo turno. Analisando o mapa eleitoral de Lauro de Freitas em 2008, é possível encontrar uma justificativa plausível para o comportamento da oposição, em relação ao resultado do pleito. Senão vejamos:
O eleitorado de Lauro de Freitas cresceu em quatro anos em exatos 13.372 eleitores (as) e, a oposição, que fracionada em 2004 havia conquistado 32.183 votos viu este eleitorado minguar para parcos 28.426 votos, mesmo se unificando, ou seja: num eleitorado que cresceu 51,11 %, teve uma redução de 11,67 % em sua votação. Frente a esta performance desastrosa, a oposição viu Moema desfilar um crescimento de 57,5% na sua votação, que foi dos 26.489 votos para 41.719 votos, além de ter conquistado dois terços das vagas em disputa na Câmara de Vereadores, o que lhe confere uma situação confortável de governabilidade para o quadriênio 2009/2012. Agora é tempo de construção!
Acabaram-se as eleições e o que sobrou foi a decisão soberana do nosso povo, que deu demonstrações nítidas de sua vontade. Duas delas tem nome e sobrenome:
1. O Processo político de Lauro de Freitas tem liderança firme, dedicada, comprometida e sincera de uma mulher, guerreira, que recebeu de cerca de 60 % do eleitorado de Lauro de Freitas, a batuta para conduzir o processo político nos próximos quatro anos, no mínimo, chamada Moema Gramacho.
2. A cidade tem um partido na sua preferência, detentor da maior votação para vereador (a), com 10.804 votos, que capitaneou a coligação proporcional denominada Frente Popular Socialista, também com a maior votação, entre as coligações proporcionais com 15.955 votos elegendo a maior bancada com três vereadores. Lauro de Freitas mostrou mais uma vez que é 13, mostrou mais uma vez que está com o Partido dos Trabalhadores. Por fim, os próximos quatro anos poderão consolidar e firmar de uma vez por todas o projeto popular e participativo como modelo efetivo de gestão desta cidade que cada um de nós aprendemos a amar.