A cidadania é assim, como pingüim desnorteado de sua rota, a saída do jeitinho, a menina da casa ao lado, que fingimos não conhecer. Com ela, não se discute nome nem sobrenome, mas se vai rolar o que o pagode chamaria de a tal efetividade...
Por isso, em clássico, Bobbio dispara contra o fundamento, já que o que nos resta conquistar é a eficácia, a realização plena dos direitos, garantia do objetivo maior da "sociedade justa, livre e solidária" (art. 3°, I, CF/88).
Em um país em que o time favorito (escalado pela mídia) não perde, apenas não rende, o protagonismo obedece à mão única: da homogeneidade, do conformismo, da velha democracia, já que a participação é mesmo grega.
Entre poucos, ouço problematização, aquela que o sábio assinala como ingrediente da receita da consciência (não tem louro nesse programa!); e no sorriso às escancaras, janelas consumidas pela cana refinada, reconheço o retorno de 4 anos que se foram sem que nunca tivessem sido mais que um ciclo que a lei seca se desgaste a atenuar.
O nosso desafio é mais que uma rodada, que a escalada da muralha; é o circuito inteiro, com válvulas de escape que nos garantam a santidade cidadã. Se a bola é esporte nacional, o sudeste é só uma região e o futebol, política pública... ou não...,dúvida de MPB.
Cidadania é saber que Giba não é gibóia e que Blackout é D'Black, palavras de minha mãe...