O Brasil joga mal e decepciona
Jogando sem vibração e com pouca inspiração a seleção brasileira não passou de um empate (1 x 1), em Cuiabá, contra a aguerrida Venezuela, numa jornada, para o torcedor, decepcionante. Muito individualismo, displicência às vezes, falta de pernas ou de fôlego, desentrosamento, passes errados, e um Diniz com cara de desgosto na beira do campo; como se os jogadores em campo não tivessem entendimento do que queria o treinador em seu terceiro jogo à frente do escrete. O calor e o gramado não podem ser desculpas para o baixo rendimento da equipe.
A argentina lidera, com 9 pontos, 100 de aproveitamento; o Brasil em segundo, com 7 pontos.
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Arena Pantanal/Cuiabá/Mato Grosso
- 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil; e o dia da Criança. Noite no Brasil Central.
- Calor (30 graus), baixa umidade do ar, gramado bastante mastigado, pesado, diferente ... pontos a superar em campo com talento e a vibração, o apoio maciço das arquibancadas (mais de 40 mil presentes). A seleção brasileira com a sua camisa principal, a ‘canarinha’, e a Venezuela de branco.
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Com a bola rolando ...
- Os ‘canarinhos’ impondo ritmo desde o apito do árbitro e com dois minutos já tinham criado duas boas chances de gol (Richarlison e Bruno Guimarães), o goleiro Romo trabalhando. A Venezuela inteira atrás, se defendendo, marcando, dificultando. Aos 12’, Neymar – dando seu show particular – arriscou de longe, pelo alto, assustando o goleiro Romo. Aos 14’, os visitantes chegaram também com perigo numa bola alçada, cabeçada por cima.
- O time brasileiro apertava, dominava mas tinha dificuldades de penetrar e finalizar. Aos 31’, após escanteio cobrado da esquerda/Neymar, na disputa pelo alto, quase a bola entrou, tirada por Herrera em cima da linha. Aos 38’ Casemiro arriscou de fora e aos 46’, Ederson fez sua primeira defesa, arrojado, seguro, no chão.
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Um primeiro tempo que teve momentos de treino, tipo ataque contra defesa, o Brasil rondando, acuando, trocando passes mas finalizando pouco. Muito individualismo sem proveito. Atrás, a zaga brasileira mostrou-se vulnerável nos raros lances de bola aérea, os venezuelanos ganhando pelo alto. Um babinha internacional.
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Diniz não mexeu no time, no intervalo; a Fernando Batista, da Venezuela trocou dois. Aos 3’, Neymar bateu de chapa, de frente, o goleiro espalmou.
- Gol! 1 x 0 Brasil! Gabriel Magalhães, de cabeça, escorando na pequena área o escanteio bem cobrado por Neymar. O primeiro gol do zagueiro com a camisa canarinho. Aos 4 minutos.
- Aos 7’, Neymar puxou bem o contragolpe, desbravando pelo meio, abriu para Yan Couto na direita e recebeu de volta, redonda, mas o tiro saiu muito alto. Um Brasil mais objetivo na segunda etapa, buscando mais o gol. Aos 13’, Gabriel Jesus no lugar do apagado Richarlison, com cartão amarelo. Aos 16’, Ederson salvou no rodapé uma cabeçada, novamente a zaga brasileira vencida nas bolas altas (Marquinhos já não dá mais conta) . Aos 19’, Rodrygo desperdiçou outra boa chance.
- A Venezuela trocou jogadores, adiantou as linhas, saiu pro jogo, arriscando tudo e o jogo ficou mais aberto, num lá e cá, melhor de ver. Neymar dava sinais de cansaço, perdendo passes, sem pernas pra recompor o meio campo. Nada definido. Aos 25’, após arrancada de Vinio Jr e troca de passes na área, Vini Jr. finalizou bem , mas a arbitragem viu impedimento no lance – o VAR foi consultado e o gol foi anulado (Neymar, que participou do lance, estava em posição irregular).
Por volta dos 30 minutos, Diniz lançou André, Gerson e Matheus Cunha, tentando retomar o controle, o comando das ações. Os Venezuelanos pareciam mais inteiros em campo, correndo mais.
- Gol! 1 x 1 Venezuela, Bello, aos 39’, pegando de voleio/ meia bicicleta na grande área, da marca do pênalti, uma bola cruzada da direita por Savarino, acertando o canto. Um golaço! E justo.
Aquela pressão final brasileira, no desespero, os venezuelanos se defendendo com bravura, deu empate, justo pela aplicação dos visitantes. Quem apostou numa goleada se deu mal.
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Ficha Técnica
- Brasil escalado por Fernando Diniz: Ederson, Danilo (Yan Couto), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Arana; Casemiro (André), Bruno Guimarães (Gerson), Neymar e Rodrygo; Richarlison (Gabriel Jesus) e Vini Jr (Matheus Cunha)
- A Venezuela de F Batista: Romo, Gonzalez, Osório, Angel e Makoum; Sosa, Herera, Rincón e Machis; Córdova e Rondón. (Savarino, Cásseres, Soteldo, Junior Moreno, Bello)
Arbitragem (fraca) peruana, Kevin Ortega no apito. E o VAR.
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O próximo jogo do Brasil é na terça-feira à noite, em Montevidéu/Estádio Centenário, contra o Uruguai, às 21h.
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Outros jogos da rodada:
- Colômbia 2 x 2 Uruguai; Argentina 1 x 0 Paraguai; Bolívia 1 x 2 Equador
Chile 2 x 0 Peru.
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No domingo, 18h, pela Série B do Brasileirão, o Vitória defende sua liderança no Barradão, contra o Guarani de Campinas.
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