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Zé de Jesus Barrêto

VITÓRIA VOLTA AO G-4 AO VENCER NOVOHORIZONTINO; BAHIA PERDE NO PARANÁ

Os times baianos Bahia e Vitória jogaram neste domingo
17/07/2023 às 10:13
  
  As duas torcidas rivais em momentos distintos na noite do domingo. A do Vitória, feliz da vida, porque o Leão voltou a vencer no Barradão (2 x 1 sobre o Novorizontino) e está de novo no G-4, o grupo dos quatro melhores, agora com 31 pontos, em 4º lugar, ultrapassando inclusive o concorrente derrotado. 

  - O líder é o Vila Nova, com 34, seguido pelo Criciúma (34) e Sport, com 32 pontos, próximo adversário do rubro-negro baiano.  Ou seja, o Leão está vivo e na briga por classificação.

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  Do outro lado, o Bahia/City. O time voltou a jogar mal fora de casa, levou 2 x 0 do Athético Paranaense, em Curitiba, e poderia ter sido ainda pior, tamanhas foram as oportunidades dos paranaenses de golear. O Tricolor levou dois gols no primeiro tempo, apático, sem conseguir conter as investidas do adversário, sempre pelos lados do campo e, pior, sem agredir, apático. No segundo tempo foi um baba; o Athlético passeando e o Bahia marcando mal, correndo à toa, desarrumado e sem força... só foi chutar, incomodar um pouco já nos últimos minutos, e mesmo assim finalizando mal.   Há quantas rodadas o Tricolor não vence, não ganha 3 pontos?

  Com o resultado, o Bahia permanece com 13 pontos e dorme ainda em 16º lugar, na porta da zona. Mas o Goiás ainda joga, em casa, contra o Atlético MG. Se vencer, o Goiás sobe e o Bahia entra na zona da degola ainda nessa rodada 15. O torcedor está no limite.

- O elenco, está provado, é muito limitado e... parece, muitas vezes, mal treinado, mal preparado técnica, mental e fisicamente.  

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 Na Arena da Baixada, em Curitiba

- Começo de noite, tempo frio mas sem chuvas, gramado sintético, arquibancadas com alguns vazios, valendo pela 15ª rodada; O Bahia de camiseta e meiões em azul clarinho/City, calções brancos; o ‘Furacão’ dono da casa de vermelho e preto.

Com bola rolando ...

 - Começo parelho, ritmo cadenciado. Por volta dos 10 minutos Kayky caiu sozinho, escorregou e ... torção (entorse) no joelho esquerdo. Fora do jogo e possível desfalque para próximas rodadas. Uma perda significativa. Mugni entrou. Bola no chão, tramas de meio campo e pouco trabalho dos goleiros.

   Daí ... Vitor Roque, aos 25’, escorou cruzamento da direita, bola na rede, mas a auxiliar de linha, a bandeira marcou impedimento, a defesa saindo... mas o VAR checou e confirmou o gol – um cotovelo do zagueiro deu condições?  

 - Gol! 1 x 0 Vitor Roque, aos 25’, livre e solto na pequena área, só empurrou.

  O Bahia até mantinha as ações equilibradas, mas vacilou num lance atrás (linha meio burra de impedimento) e não finalizou na frente; marcava, chegava, assediava mas não chutava.

 - Gol! 2 x 0 Athlético, aos 36 min. Outra bola cruzada da direita, essa pelo alto, Ercik saltou, fechando da esquerda, por cima de Ccicinho, testada forte.  

  Só aos 40 minutos aconteceu o primeiro chute em gol do Bahia; Everaldo, de fora, pela esquerda, defesa do goleiro Bento.   Aso 48’, uma bomba de Mugni pelo alto, da linha da grande área, e uma defesaça de Bento, espalmando.

 Assim foi a primeira etapa. O Furacão, em dois cruzamentos da direita, o lateral Khelvin à solta, dois gols, a zaga baiana pastando. Desolador. Erros recorrentes.

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  O ‘mister’ português não fez trocas no intervalo. O Bahia com linhas mais avançadas, precisava fazer gols, e abra-se inteiro aos contragolpes dos paranaenses, como eles gostam. O Tricolor até trabalhava mais a bola, mas o Furacão era sempre mais agudo, perigoso, mais objetivo. Aos 14’, Vitor Roque lançado em profundidade nas costas da zaga ficou de cara com o goleiro Marcos Felipe, que salvou (estava em impedimento?).  

- Aos 16’, Ademir tentou da entrada da área, um peteleco nas mãos do goleiro. Aos 17’, saiu Vitor Buieno e entrou o estreante Vidal, chileno, ex-flamengo. Aos 18’, nova chance perdida de Vitor Roque, de cara, penetrando nos costados de Cicinho, uma avenida. Dois laterais tricolores trocados depois dos 20’: André e Matheus Bahia em campo.

 O Athlético explorava os lados, em jogadas de velocidade e viradas de jogo. Sempre levando perigo, dono das intermediárias. O Bahia ronda, ronda mas não finaliza e já não marca, entregue. Aos 26’, Fernandinho roubou a bola no meio de campo e deixou Christian de frente, o chute saiu errado. Aos 28’, uma bomba de Erick, Marcos Felipe saltou e espalmou, salvando.

 - Aos 32’, falta cobrada por Cauly, Thaciano testou de frente, nas mãos do goleiro Bento. Aos 38’, nova defesa salvadora de Marcos Felipe, atirando-se nos pés de Cuello, na pequena área, abafando e evitando o terceiro.  Aos 42, cabeçada de Thaciano, fora, passou perto. Aos 44’, na pressão, duas boas chances na pequena área perdidas por Cauly e Ademir. Bento, aos 49’, evitou o gol de honra dos baianos.

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Destaques  

 - O goleiro Marcos Felipe evitou uma goleada; a zaga com falhas pontuais e comprometedoras. Acevedo só no meio campo e um ataque ‘arame liso’, aquele que cerca mas não machuca ninguém.

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Ficha Técnica

 - Athlético Paranaense do técnico Wesley Carvalho: Bento, Esquivel, Thiago Heleno, Zé Ivaldo, Khelvin; Fernandinho, Eric, Christian e Cannobio; Victor Bueno e Vitor Roque (Pablo, Cuello, Vidal, Madson e Hugo).

 - O Bahia do ‘mister’ Renato Paiva: Marcos Felipe, Cicinho (André), Gabriel Xavier, Kanu e Ryan (Matheus Bahia); Acevedo (Yago), Thaciano, Cauly; Ademir, Everaldo, Kayky (Mugni).

 -Arbitragem gaúcha, com VAR; Rafael Klein no apito.

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  - Pela 16ª rodada o Bahia recebe o Corínthians, na Fonte Nova, no sábado, dia 22, às 18h30.

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  No Barradão  

 - Mais cedo um pouco, no anoitecer do domingo, céu limpo, arquibancadas cheias e animadas, fumacê, foguetório... e um gramado bem cuidado. O Leão de uniforme rubro-negro, o Novorizontino de branco, com detalhes em amarelo e preto.

 Bola rolando ...

 - Duas equipes em campo disputando espaço no grupo dos quatro de cima da tabela de classificação, muito equilíbrio de ações, um começo corrido e brigado, sem retrancas. Mas bateram os 25 minutos e nenhuma chance de gol criada.

- Gol! 1 x 0 Vitória, aos 32’. Contragolpe em velocidade pela direita, a defesa visitante parou pedindo impedimento, Matheus Gonçalves cruzou rasteiro, do fundo, Osvaldo do lado oposto, livre, escorou, abrindo o placar. Foi o primeiro bom ataque rubro-negro.

 O Leão se animou e três minutos depois quase ampliou, Wellington Nem desperdiçou, de frente. Os visitantes sentiram a pancada, perderam-se um pouco e ...

  - Gol! 2 x 0 Vitória, Camutanga, aos 41 minutos. Jogada repetida, igual, ensaiadinha. Nem cobrou falta da intermediária, alçando na cabeça do zagueirão, testada inapelável. Ampliou.

  Sete minutos de acréscimos, um ótimo resultado parcial para o Vitória. Hora da merenda, torcida contente.  

 O Leão voltou aceso do intervalo. Aos 13’, depois de ótima jogada de Matheus Gonçalves, o goleiro Jordi fez uma defesa elástica, evitou o terceiro. O Leão à vontade, em casa.  Mas... 

- Gol! 2 x 1, Novorizontino, aos 24 minutos. Depois de dois escanteios, bola alçada na pequena área, Geovane subiu e testou, sem marcação. O time visitante Diminuiu, quando o Leão era melhor.

 E o Rubro-negro continuou em cima. Mas os visitantes se animaram, ganhando mais as divididas no meio-campo. Ficou aberto e mais pegado. O Novorizontino correndo muito, acreditando. O Leão suportando bem. Sete minutos de acréscimos. Deu Vitória.        

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Destaques para  Matheus Gonçalves, W. Leonardo, Osvaldo.  

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Ficha Técnica

- O Vitória escalado por Leo Condé: Lucas Arcanjo, Railan, Camutanga, W. Leonardo, Yan (J Victor) e Felipe Vieira (Marcelo); Dudu, Gegê (Jhonny), Wellington Nem (Mateuzinho); Osvaldo e Matheus Gonçalves.

 - O Novorizontino do técnico Eduardo Baptista: Jordi, Renato Palm, Cesar Martins, Ligger (Guilherme), Willean Lepo; Geovane, Marlon e Reverson; Baggio, Ronaldo e Aylon.

 - Arbitragem mineira, com Var; André Luiz Skettino Bento no apito.

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 Pela 18ª rodada, o Vitória enfrenta o Sport Recife, na toca do Leão da Ilha do Retiro; o jogo é na quarta-feira, dia 19, às 21h30.

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 Do mestre Tostão, craque de bola e resenha:

“Os conceitos e opiniões no futebol flutuam de acordo com o humor e o momento”

“Os dois tempos de um jogo de futebol são geralmente diferentes, com ou sem mudanças (nas equipes), por causa de inúmeros fatores técnicos, táticos, emocionais e surpreendentes. No instante de um lance é o jogador que decide o que fazer, independente da estratégia”.

“O futebol e a vida possuem muitas incertezas. Obviamente, os times, treinadores e jogadores que possuem mais talento, mais dedicação, mais gana para vencer, mais preocupação em aprender e evoluir têm mais chances de brilhar”.