Chegou a hora de a onça beber água! É um outro tipo de competição. Para muitos, agora é que a copa começou pra valer. É o perdeu caiu, ganhou seguiu, o mata-mata, não há lugar para erros.
E quem saiu na frente e está na reta final, em busca do título, foi a Argentina, que venceu a Austrália (2 x 1) numa partida difícil e emocionante até o apito final; e a Holanda, que enfim jogou bem e passou com superioridade pelos Estados Unidos, vencendo por 3 x 1.
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“As grandes seleções são as que se tornam grandes
durante a competição; surpreendem e encantam”
(Tostão)
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Quem fica, quem sai
Depois do primeiro dia do ‘mata-mata’, seguem adiante, para as quartas de final a Holanda e Argentina, que se enfrentam pelas quarta-de-final na sexta-feira, dia 9, no Lusail.
Voltam pra casa os Estados Unidos, que fizeram um bom papel em Catar; e os Australianos, de volta para os seus estranhos nativos cangurus. Chegaram até onde podiam.
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Os jogos do domingo
- 12h, França x Polônia, no Al Thumama
- 16h, Inglaterra x Senegal, no Al Bayt
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Argentina x Austrália
No Ahmad Bin Ali, 16h de sábado. Argentinos de azul e branco, camiseta listrada, e os australianos de amarelão.
O jogo começou muito cauteloso, estudado, mastigado nas intermediárias, sem lances de área. A torcida argentina predominante barulhando, incentivando sem parar e o time em campo travado, encaixotado na marcação australiana, sem penetração, sem ousadia, Messi pouco acionado. A Austrália, vem em quando, beliscando na frente.
- Gol! Argentina 1 x 0, aos 35 minutos, Messi! De canhota, tiro seco rasteiro, já na área inimiga pelo lado direito, com pouco espaço, acertou o canto.
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Messi
Primeira jogada do gênio, decisivo. O estádio inteiro num canto só. O ‘la pulga’ já é o segundo maior artilheiro da história da seleção argentina em jogos de Copa do Mundo. São 9 gols, um a mais que Maradona e um a menos que o centroavante Batistuta, que atuou em três mundiais (1994, 98 e 2002). Messi completou mil jogos oficiais em campo.
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Os Hermanos não fizeram um grande jogo no primeiro tempo, meio amarrados, mas venceram, voltaram dos vestiários para o segundo tempo menos tensos, mais à vontade. Quem tem Messi... Mas, como se isso não bastasse...
- Gol! 2 x 0 Argentina, aos 13min, Álvaro, esperto, aproveitou-se de uma entregada boba do goleiro australiano, agradeceu a oferenda e só empurrou para as redes.
O gol tolo, claro, desnorteou de vez os australianos, abortando qualquer possibilidade de reação da equipe. Os argentinos passaram a administrar, trocar passes, fazendo substituições, ganhando tempo, explorando o nervosismo e os erros do adversário, batido. Quem disse? Lautaro, Tagliafico, Palácios e Montiel em campo. Os Hermanos relaxaram e ...
- Gol 2 x 1, Austrália, Goodwin, aos 31’. O atacante pegou de primeira e forte, da entrada da área, um rebote da defesa latina, o chute desviou nas costas de Otamendi e ganhou o canto, com o goleiro Martinez vendido.
Dois minutos depois, em dois lances de perigo, quase os australianos chegaram ao gol, a defensiva sul-americana envolvida. Só então os argentinos acordaram do cochilo, voltaram ao jogo.
- Lautaro perdeu duas chances claras, de frente; na segunda, Messi deixou ele de cara, livre, ele chutou muito mal, por cima. Nos acréscimos, Lautaro perdeu mais uma, batendo nas pernas do goleiro. No lance seguinte, Messi tentou um golaço por cobertura, colocado, cobriu o travessão. Pressão final dos hermanos, os oceânicos já sem pernas. Aos 50 minutos, Martinez garantiu a classificação, fechando, saindo nos pés do atacante, evitando o empate. Suspense até o apito final.
Festa argentina, azul e branca, em Doha e Buenos Aires, noite afora e domingo adentro.
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Carrossel Holandês avança
Os holandeses, da nova geração da ‘Laranja Mecânica’ fez sua melhor partida na Copa contra os Estados Unidos, no primeiro confronto do ‘mata-mata’ das oitavas de final e é a primeira classificada, está já entre as oito melhores da competição. Um triunfo mais que merecido (3 x 1), de um futebol coletivo e bem objetivo, contra um adversário que lutou, dificultou, tentou, deu trabalho e despede-se dignamente. Arbitragem brasileira, de Wilton Pereira Sampaio, no estádio Khalifa International. Bom jogo.
- Os Estados Unidos assustou primeiro, com uma finalização do craque Pulisic, que o goleito Noppert salvou. Aos 10’, um golaço de feitura coletiva, em troca de passes, cruzamento de fundo da direita e o astro Menphis Depay completou, de prima, da marca do pênalti, bola no canto – 1 x 0. Aos 42’, o centroavante americano Weah disparou uma bomba, da entrada da área, mas parou em Noppert. Antes do intervalo, gol do veterano (falso) lateral canhoto Blind – 2 x 0, noutra boa trama coletiva holandesa.
Perdendo de 2 x 0 os norte-americanos substituíram jogadores e partiram para cima, ao tudo ou nada, era o que restava. Mc Kennie quase diminuiu. O gol dos EUA saiu aos 20’, numa bola de fundo cruzada forte que desviou na perna do meia Wrieth, enganando o goleiro holandês. Mas o time do treinador Van Gaal ganhou a classificação com um gol de Dumeries, lateral direito, aos 32 minutos, recebendo cruzamento do lateral esquerdo Blind, jogadinha bem treinada.
A Laranja Mecânica do Carrossel Holandês está na fita, tem um ótimo e lendário treinador, alguns craques (Van Dyik, De Jong, Depay, Blind, Gakpo...), bom conjunto e uma bela camisa ‘laranja’. Olho nela, o carrossel está girando nos campos do Catar.
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E o Brasil?
Na ressaca da inesperada derrota de sexta-feira (1 x 0) contra Camarões, a primeira derrota em copas do Brasil contra uma seleção africana, a seleção ‘titular’ de Tite treinou duro no sábado já visando a Coreia do Sul, adversária das oitavas (o ‘matar ou morrer’) na segunda-feira, 16 h, no estádio 974. Que time o Tite escalará?
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A bruxa andou solta, o astral não esteve limpo pelas bandas do escrete canarinho. Neymar continua de fora ou entra contra a Coreia? Já vimos imagens dele treinando em campo, batendo na bola, sorridente, parece já recuperado da lesão no tornozelo, sem dores. Que notícia boa!
O lateral direito Danilo, também em fase de recuperação, teria mais condições de retorno. Alex Sandro, o lateral esquerdo titular, também voltando de uma lesão muscular nos quadris. O lateral esquerdo Alex Teles, substituto, estourou o joelho no jogo contra Camarões, está fora da Copa, assim como o avante Gabriel Jesus que, parece, já se apresentou na seleção com problemas no joelho – mas, então, por que foi insistentemente escalado?
O problema maior do treinador, portanto, está na lateral esquerda. Entra Alex Sandro, meio baleado? Fred improvisado? É hora de sacrifício, superação, criatividade e vontade. Sem isso, caímos fora.
A Coreia do Sul, do astro Son, perigoso, é uma equipe aguerrida, brigona e muito veloz. Surpreende nos contragolpes e não chegou até as oitavas de graça.
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