ZédeJesusBarrêto comenta que foi um sufoco e vitória merecida do leão
Bastou o 1 x 0, mesmo que no sufoco e com um atleta a menos em campo (por mais de 30 minutos) e o Vitória vai para a rodada final dependendo somente dele para se classificar, voltar à Série B em 2023. Agora, com dois pontos à frente do concorrente Figueirense, resta vencer o Paissandu em Belém no próximo sábado e garantir o acesso. O Paissandu está na lanterna e não tem mais pretensões e o Figueira recebe em casa o ABC que já está classificado.
O jogo no Barradão não foi uma maravilha, mas o torcedor saiu satisfeito com a garra, a aplicação, a vontade dos jogadores, aplaudindo no final, sob chuva. O gol saiu ainda na primeira etapa, numa bonita e simples trama de Tréllez e Rafinha, que recebeu, deixou dois marcadores no chão e serviu... o centroavante colombiano empurrou. Um gol que pode ter sido o do retorno à segundona. Valeu.
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Barradão
- Tarde domingueira primaveril, nuvens escuras, casa quase cheia (cerca de 22 mil pessoas), gramado nos trinques.
- Jogo decisivo. Em Santa Catarina, o Leão levou uma goleada (5 x 1), era a hora da vingança. Vencer ou vencer.
Como o ABC venceu o Paissandu (1 x 0) e garantiu uma das vagas/classificação do grupo para a Série A, antecipadamente, só restava ao Rubro-negro baiano ganhar o jogo, visando a outra vaga. O Figueirense, caso vencesse, garantiria a vaga.
- O Leão com seu traje oficial em vermelho e preto; o Figueira todo de branco.
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Com bola rolando ...
- Como era de esperar, o Vitória começou em cima, pressionando, fustigando, na raça. Aos 3’, o veterano goleiro Wilson (ex-Vitória) quase entrega, deixando passar uma bola recuada, lenta. Os visitantes sentindo a pressão, nervosos em campo no começo. Só a partir dos 13 minutos o Figueirense foi se soltando, aos poucos, equilibrando.
- Aos 17’, Honório bateu de fora, raspou. Aos 25’, Dalton fez uma defesa espetacular, num chute de Tito, cara a cara, salvando. Aos 26’, Oberdan escorou um cruzamento da esquerda, na rede por fora. O Figueira já mostrando as unhas e a defesa baiana marcando frouxo. Parelho. Ao0s 31, num lançamento às costas da zaga rubro-negra, Dalton teve de sair de cabeça, evitando o perigo.
- Aos 33’, Dionísio arrancou desde o meio-campo e deixou Rafinha de frente, o chute rasteiro em cima de Wilson. Aos 34’, após escanteio que a defesa baiana não cortou, Tito pegou de frente, raspou.
- Gol! 1 x 0 Vitória, aos 35’. Tréllez, só completando a bela jogada pela esquerda de Rafinha, que deixou dois zagueiros no chão e rolou...
- O Leão criou confiança, não arrefeceu. Aos 40’, Dionísio exigiu do goleiro Wilson, num chute forte da entrada da área. Os solistas sentiram o golpe, atordoados.
Foi uma primeira etapa equilibrada, mas o Leão mostrou-se mais efetivo no ataque, fez o gol que poderia ser decisivo, Rafinha brilhando no lance. Era só voltar da merenda com a mesma disposição, brigando pela bola.
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Uma modificação de cada lado, nos vestiários (Luidy e Gustavo em campo) e o recomeço, na segunda etapa, com chuva. O Vitória voltou melhor, ainda ofensivo, aceso, provocando escanteios, e o Figueirense oferecendo espaços. Aos 8’, após cobrança de escanteio, bate-rebate na área visitante, Wilson salvou o segundo do Leão. Aos 9’, Sanches bateu firme, de longe, rasteiro, Wilson espalmou no rodapé, a escanteio. Os donos da casa gostando da chuva, que caía mais forte.
- Aos 11’, a primeira beliscada do Figueira, numa sobra de bola alçada que Gustavo girou batendo... por cima.
Aí... aos 14 minutos, Sanchez subiu com o cotovelo no rosto do adversário (abriu um corte na testa de Natan) e o árbitro o expulsou de campo. Saiu chorando. O treinador Burse tirou Rafinha e colocou Bolt (velocidade apenas), pelo lado esquerdo. Cinco minutos de paralização. O Vitória com um atleta a menos em campo, mais de 30 minutos restantes.
- Com jogador a mais em campo, perdendo o jogo, restava ao Figueirense atacar e atacar. O Vitória começou a ensebar, cair, travar, gastar tempo; era preciso manter a vantagem no placar. Aos 23, após cobrança de falta lateral, da esquerda, Dalton vacilou, Gustavo finalizou na linha da pequena área, Marco Antonio salvou em cima da linha. Ficou dramático.
- Burse colocou o zagueiro Pascoa, ficou com três zagueiros de área, fechou-se inteiro. E haja cai-cai, muita manha nessa hora. A chuva ficando mais fina. O tempo passando, pouca bola rolando. Os visitantes sem penetração, alçando bolas, a defesa baiana suportando bem, safando-se até o final, aos 52 minutos. Festa nas arquibancadas.
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Destaques:
- O meio-campista Dionisio, lúcido; Rafinha, pela jogada do gol, decisivo; Leo Gomes, aplicação pura. Dalton com duas defesas salvadoras.
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Escalações
- O Vitória do treinador Burse: Dalton, Alemão, Alan Santos, Marco Antonio e Sanchez (expulso); Leo Gomes, Dionísio (João Pedro) e Eduardo (Páscoa); Honório (Luidy), Tréllez (Dinei) e Rafinha(Bolt)
- O Fiqueirense: Wilson, Muriel (Natan), Fernando, Kadu e Zé Mário; Moacir (Robinho), Oberdan e Leo Artur; Jean Silva, Andrew (Clay) e Tito (Gustavo). Técnico, Junior Rocha
- Arbitragem carioca, com VAR. No apito, Vagner Nascimento Magalhães.
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Resta um jogo ainda para o Leão, sábado, em Belém, na Curuzu, contra o Paissandu, que não tem mais esperanças de nada.
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No outro grupo, Mirassol, Botafogo de Ribeirão Preto e Aparecidense disputam renhidamente as duas vagas.