Sem fazer uma boa partida, estranhando o gramado escorregadio da Arena Castelão e pouco inspirado na frente, o Bahia arrancou um empate sem gols contra o Ceará, pela Série A.
Na Ilha do Retiro, o Vitória mostrou-se mais arrumado coletivamente em campo no confronto com o Sport, mas a defensiva voltou a comprometer e o Leão baiano voltou a perder, levou 3 x 1 e complicou ainda mais sua situação na Série B.
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Com o empate no Ceará o Bahia chegou a 14 pontos ganhos e dormiu classificado entre os quatro primeiros da Série A.
Com a derrota em Pernambuco e o triunfo do América Mineiro em Maceió ( 3 x 1 sobre o CRB) o Vitória é o lanterna, o último colocado na tabela de classificação da Série B, com apenas quatro pontos ganhos. A coisa tá feia.
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Série B
Sport 3 x 1 Vitória , na Ilha do Retiro/ Recife, cheio (16 mil nas arquibancadas). Duelo de Leões nordestinos, rubro-negros. O Sport de vermelho e preto, o Vitória todo de branco, padrão 2.
O Leão baiano entrou em campo pressionado, em função da classificação da equipe, na penúltima colocação. O treinador ainda buscando a melhor formação, mexendo sempre na escalação. Duas estreias, de saída: o lateral Van e o avante Weslei; depois, no decorrer da partida, o meia Gedoz.
Com a bola rolando...
O Sport começou apertando, aproveitando-se dos muitos erros de passe da equipe baiana na passagem da defesa ao ataque. Truncado. Aos poucos o Vitória foi equilibrando, saindo também pro jogo, fustigando.
-Gol ! 1 x 0 Sport, aos 23 minutos. Guilherme, da esquerda, completando cruzamento de Ezequiel, da direita, com a zaga baiana cochilando no lance.
Dois minutos depois, a zaga baiana desarrumada, aberta, Ezequiel entrou livre e perdeu gol feito.
- Gol ! 1 x 1, Anselmo Ramon, aos 29’, completando cruzamento de fundo de Wesley, empatando a partida.
Equilibrio. Chances lá e cá, mas...
- Gol ! Sport, 2 x 1. Charles, aos 40’, aproveitando-se de um erro absurdo da defensiva baiana, um passe errado na saída de bola.
Foi uma primeira etapa equilibrada, mas os erros defensivos do Vitória deram o triunfo ao Leão da Ilha.
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O rubro-negro baiano voltou da merenda com mais vontade, arriscando, buscando o empate. Aos 6’, Weslei ariscou, tentou de longe, obrigando Mailson a espalmar pra escanteio. O jogo ficou mais aberto, corrido. Aos 10’, novamente Weslei, livrando-se da marcação e batendo no gol, a bola desviou na zaga e cobriu o arco, assustando o torcedor pernambucano.
O Vitória era melhor em campo, marcava bem no meio, fazia pressão na frente, mas...
- Gol ! 3 x 1 , Guilherme, aos 25’, 33 minutos. Um chutaço, da entrada da área, acertando o ângulo de Ronaldo. Golaço do melhor jogador em campo, num bom contragolpe dos pernambucanos.
O treinador Loss, aos 35’, promoveu a estreia do meia Gedoz, visivelmente fora de ritmo. Aos 45’, Hernane Brocador entrou de cara e perdeu o quarto, os baianos já de meiões arriados, entregues.
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Destaques
No time baiano o melhor foi o garoto Weslei, buliçoso. A defesa, mais uma vez, o ponto negativo, com erros fatais.
No Sport, Guilherme arrebentou e fez um belo gol. A defesa suportou bem.
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Ficha Técnica
- Sport : Maílson, Norberto, Rafael Thyere, Cléberson e Sander; João Igor (Leandrinho), Charles e Samir; Ezequiel (Hyuri), Hernane e Guilherme. Treinador, Guto Ferreira.
- Vitória : Ronaldo, Van, Éverton Sena, Zé Ivaldo e Capa; Gabriel Bispo, Marcial (Nickson) e Rui (Gedoz); Ruan Levine (Ìtalo), Weslei e Anselmo Ramon. Treinador, Osmar Loss.
No apito, Vinícius Furlan (SP)
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O Vitória encerra essa primeira fase da Série B jogando pela 8ª rodada na terça-feira à noite contra o Oeste (SP), em Barueri. Lá não é fácil.
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Em Maceió, CRB 1 x 3 América (MG), o primeiro triunfo do time mineiro, o Coelho, que saiu da lanterna, agora com 5 pontos.
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Série A
Ceará 0 x 0 Bahia, em Fortaleza. Clássico nordestino, duelo de tradição regional, Vozão e Esquadrão, equipes de massa em seus estádios/domínios. Arena Castelão com público apenas razoável.
- O Tricolor entrou em campo carregando uma invencibilidade de quatro jogos mas a realidade de ainda não ter vencido fora de casa na competição; e mais, enfrentando pela primeira vez o seu ex-técnico Enderson Moreira (saiu há dois meses), conhecedor profundo do plantel e das características da equipe baiana. Todos os atletas baianos foram abraça-lo, reconhecidos.
Com a bola rolando ...
O Tricolor começou postado no seu campo defensivo, apostando nos contragolpes e o Vozão com a iniciativa, mais posse de bola, o torcedor empurrando. Gramado bonito mas bem escorregadio. Muita disputa e perde-ganha pelo meio campo. Nada de lances de área, pouca emoção.
Logo aos 25’ Élber voltou a sentir a velha lesão muscular e cedeu lugar a Artur Caíke. Depois dos 30’ o time da casa começou a arriscar chutes de longe, chegando, melhor em campo. O Tricolor não incomoda.
A melhor e única chance do Bahia na primeira aconteceu aos 43’. Na bola aérea, Fernandão escorou e Artur Caíke, na frente da pequena área, girou batendo, tirando casquinha no travessão cearense. Aos 47, após cobrança de escanteio em favor do Bahia, Fernandão deu uma bicicleta a bola desviou na zaga e chegou a tocar na trave, abafada pelo goleiro Diogo Silva. Os jogadores baianos reclamaram de desvio no braço do defensor cearense, queriam um pênalti que a arbitragem não considerou. Foi só nos primeiros 45 minutos. Murrinha.
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O Tricolor voltou mais solto. Com um minuto, Gragore ganhou no meio campo e lançou Fernandão que entrou na área e bateu forte, de canhota, na rede por fora, assustando. O Ceará respondeu com arremate da esquerda de Bergson, pra fora.
Aos 8, Artur entrou em velocidade pela direita e foi derrubado na área, mas o árbitro ignorou a penalidade clara. Aos 11’, defesaça de Douglas, no chão, no chute forte de Bergson da entrada da área, salvando. Jogo bem mais ofensivo e animado na segunda etapa.
Aos 16’, Roger tirou Elton, inútil, e colocou Eric Ramires. Aos 17’, Artur rolou da direita para o meio e Artur Caíke encheu o pé, da frente da mia lua, acertando o poste de Diogo. Quase. No lance seguinte, Fernandão bateu de frente, em cima do goleiro. Aos 23, Sobral entrou nas costas de Moisés e bateu cruzado. Jogo corrido e aberto, brigado, pouca técnica.
Aos 29’, saiu Fernandão, cansado, entrou Rogério, mais veloz, aberto na direita, outro estilo.
Aos 39’, Ricardinho bateu falta da entrada da área e Douglas espalmou, salvando. O Ceará todo na ofensiva, arriscando tudo, querendo o triunfo em casa. O Bahia no contra-ataque, tentativas, apenas. Nada mais aconteceu.
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Destaques
Douglas, com duas ótimas e salvadoras defesas, garantindo o empate. No mais, Moisés, Gregore, Lucas Fonseca e Ernando foram os melhores.
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Ficha Técnica
- Ceará : Diogo Silva, Samuel Xavier, Valdo, Luis Otávio e Carleto; Fabinho, Ricardinho (Pedro Ken) e Galhardo; Sobral, Bergson (Romário) e Jonathan (Leandro Carvalho). Treinador, Ênderson Moreira.
- Bahia : Douglas, Nino, Ernando, Lucas Fonseca e Moisés; Gregore, Douglas Augusto e Élton (Eric Ramires); Elber, Fernandão e Artur. Treinador, Roger Machado.
No apito, Thiago Duarte Peixoto (SP), inseguro, fraco, caseiro. Os tricolores reclamaram de dois pênaltis não marcados. Um, em Artur, no segundo tempo, escandaloso.
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Pela 9ª e última rodada do Brasileirão antes da parada da Copa América o Bahia encara o Internacional de Porto Alegre no Beira Rio, quarta-feira à noite.
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Outros jogos da rodada:
- Vasco 2 x 1 Internacional ; Palmeiras 1 x 0 Athlético (PR)
- Cruzeiro 0 x 0 Corínthians ; Grêmio 1 x 0 Fortaleza
Às 21 h, Avaí 0 x 0 São Paulo (em andamento).
No domingo: Santos x Atlético (MG); Fla x Flu (no Rio) e CSA x Botafogo.