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Zé de Jesus Barrêto

Vitória ganha de boa e Bahia amarga empate

No campeonato baiano, Flu de Feira empata com Bahia
23/02/2017 às 10:42
Na noite da abertura oficial do Carnaval de rua de Salvador, Bahia e Vitória jogaram e se deram bem. O Vitória venceu o Bragantino no Barradão ( 3 x 2), valendo pela Copa do Brasil e segue adiante na competição. O torcedor chiou, queria um futebol melhor da equipe em campo, mas saiu satisfeito com o resultado obtido. 

Mais tarde, em Feira de Santana, o Bahia só empatou com o Fluminense, pelo Baianão, e deixou de assumir a liderança da competição com um gol do time interiorano aos 51 minutos da segunda etapa, o Fluminense com um atleta a menos em campo. Muita chiadeira no final. O Vitória continua líder, com 12 pontos. Bahia e Flu têm 11. 

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Baianão no joia

Valendo a liderança, duelo de tricolores, ambos (da capital e do interior), com 10 pontos ganhos; um bom público nas arquibancadas, e bola rolando fácil no bom gramado de Feira de Santana. 

- O jogo começou bem movimentado, ofensivo. Logo aos 5 minutos, a arbitragem anulou um gol de Gustavo, após cobrança de falta /Juninho, anotando um impedimento. O sempre Bahia mais ofensivo, finalizando mais, obrigando o goleiro Jair a trabalhar desde o começo. 

- Mas, aos 16’, quase o Flu abriu o placar: o veterano meia Jorge Wagner dividiu na área com Lucas Fonseca, e a bola triscou caprichosamente no pé da trave de Ânderson. 

- O Bahia abriu o placar aos 30, após cobrança de falta rasteira de Juninho, da esquerda, o garoto Éder conseguiu finalizar e a bola, mascada na zaga, enganou o goleiro Jair: 1 x 0. O Flu foi pra cima, mas o Bahia não recuou, continuou atacando em contragolpes velozes pelos lados. 

Foi um primeiro tempo disputado com muita intensidade, bom de ver, ofensivo.
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Detalhe: antes dos 40 minutos, a equipe da casa perdeu três atletas com lesões musculares: os meio-campistas Guto e Alexandre, e o zagueiro Igor, substituídos por Rogério, Alessandro Azevêdo e Rafael. Cansaço da maratona de jogos e preparo precário em começo de temporada. Por isso o treinador Guto Ferreira, do Bahia, usa um revezamento escalando os 22 ou mais atletas que possui no elenco em condições de jogo. Tem acertado. 
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- Logo no começo da segunda etapa o zagueiro Eduardo meteu o pé na cara do lateral Junior Capixaba e foi expulso. O Flu de Feira ficou com um atleta a menos em campo, improvisando jogadores para recompor a zaga. 

- Com um a mais em campo, o Bahia procurou trocar passes, virar o jogo, esperando o tempo e o espaço para a penetração, buscando matar o jogo. O Flu, com raça, não se entregou e levou perigo, aproveitando-se de erros de passe e alguma displicência dos adversários. 

- O ritmo da partida, então, caiu muito. Escanteios, alguns chutes de longe, o tricolor foi assim mantendo o controle da partida, mas sem forçar muito, atuando como se fosse um treino. Os garotos Mário, Kaynan e Marco Antonio em campo, Guto tentando por fogo, no final. Mas o tricolor da capital não conseguiu matar o jogo.

- Foi o Fluminense que surpreendeu, já aos 52 minutos (?), na raça, na sorte. Após cobrança de um escanteio pela esquerda, numa das raras vezes em que o Flu foi ao ataque, a defesa do Bahia vacilou, e no bate-rebate Rogério empurrou para as redes, decretando um empate que mais ninguém esperava. 

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O tricolor volta a campo no sábado de carnaval, em Curitiba, pela Copa do Brasil. Enfrenta o Paraná em jogo único. Precisa vencer para continuar na competição. Se der empate, cobrança de pênaltis. 

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Copa do Brasil

Barradão, começo da noite de quarta-feira, com a abertura oficial do Carnaval 2017 acontecendo no centro da cidade, um público fraco para a importância do jogo, único e decisivo, pela competição nacional – Vitória 3 x 2 Bragantino(SP).

O Vitória mantendo em campo a base com que vem jogando. Mudanças apenas na lateral esquerda, Euller no lugar de Gefferson, e Pineda avançado pelo lado direito, fazendo as funções do garoto David. No Bragantino, atualmente disputando a segunda divisão do Paulistão, de conhecido apenas o becão Guilherme Mattis, ex-rubronegro baiano; atletas taludos e bem dispostos, apenas. 

O Jogo jogado
- A partida começou bastante equilibrada, o Braga encarando, tentando também o ataque. Muita marcação no meio campo e nenhum chute a gol até os 20 minutos.
- Até que, aos 21’, num escanteio levantado da direita pelo lateral Zé Wélisson, a defensiva paulista cochilou, André Lima subiu na frente da pequena área e testou forte, abrindo o placar, na primeira chance rubro-negra: 1 x 0. O Braga sentiu o golpe.
- Aos 26’, o mesmo Zé Wélisson alçou uma bola larga da direita, a zaga novamente vacilou e Claiton Xavier subiu livre do lado oposto, nas costas do marcador, testando no canto: 2 x 0. Só aos 29 o Bragantino chutou a primeira bola no gol rubro-negro, pra fora.
- O árbitro enxergou pênalti de Zé Wélisson, puxando o atacante numa bola levantada na área rubro-negra. Vitor cobrou forte, aos 34’, e diminuiu: 2 x 1. O gol reanimou o Braga, a partida ficou mais brigada e feia. 
Não foi um confronto bem jogado, tecnicamente, na primeira etapa; passes errados, muitos chutões pra frente, trombadas e bolas alçadas. Mas, os gols saíram e torcedor gosta é de ver gol. 
- Segunda etapa, sem mudanças. Muita disputa e pouca criatividade. 
- Aos 7 minutos, Cleiton Xavier forçou a barra numa jogada individual e cavou falta na meia lua; o zagueiro Fred bateu com força e categoria, acertando o ângulo, sem defesa: 3 x 1, aliviando a pressão já sentida das arquibancadas. 
- Argel trocou o inócuo Uillian por Bruno Ramires, no meio campo (15 ‘) e o avante André Lima pelo meia avançado Paulinho (aos 20), mudando o jeito de jogar da equipe, com Kieza mais centralizado na frente. 

- A equipe baiana melhorou momentaneamente o toque de bola, explorando os espaços oferecidos no campo adversário; o Braga agora forçado a se abrir, a atacar para buscar o gol; afinal, perder por dois ou quatro seria a mesma coisa. Daí, ficou um jogo aberto, melhor de ver. 

- Aos 23’, o bandeira anulou erradamente um gol rubro-negro, de Paulinho, anotando um impedimento inexistente. 
- Aos 31’, o zagueirão Mattis deu uma arrancada varando a marcação rubro-negra e cruzou da esquerda; a zaga vacilou e Grampola chegou na bola antes do goleiro F Miguel, diminuindo: 3 x 2, pondo o time paulista no jogo, de novo. 

- Dois minutos depois, quase o empate, a bola raspando a trave de Fernando Miguel. Foi um final aberto, corrido, ofensivo, lá e cá, o time da casa levando sufoco, apostando apenas no contragolpe, sem mais conseguir controlar o meio campo, recuado.

- Aos 39’, Argel retirou Pineda, cansado, e pôs o fogoso David que, aos 43’, com o goleiro batido, perdeu um gol incrível. Nos minutos finais o Bragantino até chegou bem na área rubro-negra mas faltou qualidade nas finalizações. O Vitória teve chances de matar o jogo, mas errou também nas conclusões. 

A equipe baiana não fez um grande jogo, recebeu até vaias no final, mas venceu e segue adiante na competição. Era o objetivo, alcançado. 
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Destaques: 

Pineda na frente, Cleiton no meio, Fred na zaga, os melhores.

Zé Wélisson, efetivando-se cada vez mais com lateral direito, é o escolhido de Argel para executar as cobranças de faltas e escanteios, sempre levantando a bola para a disputa de cabeçadas na área inimiga, uma jogada forte da equipe. 
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O Vitória volta a campo no domingo de carnaval, pelo Nordestão. Enfrenta o América do RGN na Arena das Dunas, em Natal. 
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Zedejesusbarreto/ 22 fev 2017