A bola volta a rolar valendo pontos nos gramados baianos. Começa neste fim de semana o Baianão 2017, com a dupla Ba Vi – os clubes de maior torcida e equipes bem mais caras – estreando e de caras novas no elenco pro torcedor apreciar e avaliar.
O tricolor joga em Salvador, no Estádio de Pituaçu, domingo à tarde, contra o Jacobina.
O rubro-negro encara o Juazeirense lá no norte do Estado, beira do São Francisco, sol forte, calorão e um gramado tradicionalmente ruim, a bola quicando. A tevê transmite.
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No meio da semana as duas equipes da Capital começaram a temporada estreando pela Copa do Nordeste, o Nordestão ou a ‘Lampions League’, como apelidaram. Nenhuma surpresa.
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O Vitória recebeu o Sergipe, no Barradão, na noite de quinta e se deu bem, mesmo sem jogar tudo o que pode e sabe: 3 x 1, com gols de David, Gabriel Xavier e Kieza. Mostrou aos mais de oito mil torcedores presentes uma nova zaga, Fred e Allan Costa – altos, bem postados; o lateral esquerdo Géfferson, que não impressionou; o apoiador Uílian Correia, à vontade; e os meias Gabriel Xavier, que fez um gol, e o argentino Pisculichi, discretíssimo.
O melhor em campo foi mesmo o garoto David, que assumiu pela beirada o papel que era do ídolo Marinho, puxando os contragolpes em velocidade e criando as melhores situações de gol para a equipe.
A torcida quer ver em campo o meia Dátolo, os avantes Piñeda e André Lima e o meia atacante Paulinho, que devem qualificar mais a equipe, caso entrem em forma e sejam regularizados.
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O Bahia empatou, na mesma noite de quinta, 0 x 0, com o Fortaleza, lá no Ceará, um bom resultado, até pelas circunstâncias da partida. Um primeiro tempo muito violento, os cearenses abusando de faltas pelas costas, os baianos revidando, e a arbitragem pernambucana pusilânime, deixando o pau comer e sem critérios para soprar o apito.
Para complicar mais, o apoiador Juninho do tricolor foi expulso por volta dos 30 minutos da primeira etapa - para muitos, injustamente -, depois de dois cartões amarelos; e os visitantes ainda reclamaram muito da anulação de um gol de Hernane, em que o bandeira viu impedimento. No segundo tempo, os donos da casa com um atleta a mais em campo, a partida foi mais leal, menos truncada; o Bahia gastou tempo com inteligência, defendendo-se com bravura e arriscando nos contragolpes, e os cearenses tentaram impor velocidade, mas não chegaram a sufocar e não conseguiram o gol dos três pontos.
Destacaram-se o goleiro Jean, com duas ou três intervenções importantes, um ótimo desempenho do zagueiro Tiago, bem acompanhado por Jackson, Renê e o meio-campista Régis. Dos estreantes, Armero está fora de ritmo, Mateus Sales entrou bem no lugar de Juninho, Zé Rafael sem brilho e o argentino Allione procurando jogo e espaço na equipe.
Valeu sobretudo pelo empenho da equipe e mostras de maturidade para administrar uma situação adversa imprevista. Domingo, em Pituaçu, é outra leitura.
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- Lesionado no tornozelo na pré-temporada feita nos EUA (Flórida Cup), o avante Edigar Júnio vai ficar no estaleiro por no mínimo 40 dias, segundo os médicos, os tendões quase rompidos. Como machuca esse rapaz !
- Pra desgosto dos torcedores e deleite dos dirigentes, o ídolo Marinho deu mesmo adeus ao rubro-negro e já está de vida nova na China. Os cofres do clube engordaram.
- No amistoso de solidariedade às famílias dos atletas da Chapecoense, mortos no acidente aéreo em território colombiano, a seleção brasileira de Tite, só com jogadores que atuam no Brasil, venceu (1 x 0, gol de Dudu) a equipe da Colômbia (base do Nacional de Medellin), na noite de quarta feira, no Engenhão. Destacaram-se o zagueiro Rodrigo Caio, o apoiador Wallace, o meia Diego e o avante Diego Souza.
Tite venceu os sete jogos em que esteve à frente, no banco da seleção.
- A seleção sub-20 dirigida pelo baiano Micalle segue na disputa do Sulamericano da categoria disputado no Equador, sem muito brilho. Caíque, do Vitória, é o goleiro titular, com boas atuações.
- O gramado da Fonte Nova continua em reforma, reparos, tratamento. Bola rolando por lá só depois do Carnaval, pelo visto.
- E o Maracanã, hein? Tem jeito, tem quem queira o abacaxi dos cariocas? Lamentável.