Nada a destacar a não ser a expulsão de um argentino, por agressão sem bola. Norma
Nos dois jogos preparatórios do Bahia nos EUA, a equipe (?) conseguiu um empate ( 0 x 0 ) contra uma equipe sub-23 dos Wolfsburg (Alemanahae uma derrota, neste domingo, (1 x 0) para o Estudiantes de la Plata (Argentina), valendo pela Flórida Cup, um festival de futebol em Orlando para americano ver. Um gol tomado, contra, e nenhum gol feito.
Valeu pela experiência, pela viagem, alguns atletas carimbando o passaporte pela primeira vez. A preparação continua, já nessa semana que entra, no Fazendão de Itinga. Pressa para se chegar a uma formação de equipe competitiva, pois já tem jogo valendo pontos no dia 26, pela Copa do Nordeste.
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Baba truncado
O Bahia entrou em campo com a camisa branca, padrão um, a promoção com o nome de Salvador na barriga. O treinador Guto manteve a mesma equipe que começou o jogo anterior contra o Wolfsburg : Jean, Tinga, Tiago, Jackson e Armero; Juninho, Renê jr e Regis; Zé Rafael, Hernane e Edigar Junio que foi substituído antes dos 20 com um incômodo muscular por Diego Rosa.
O jogo, brasileiros x argentinos, pra variar começou pegado, muito corpo a corpo, divididas arriscadas, nenhuma técnica e pouca sequência de jogadas. Uma partida igual, até que o lateral direito Tinga, sempre ele, tentando aliviar um cruzamento largo e bobo, deu uma testada ridícula na bola morta, pingada, e fez gol contra. Aos 15 minutos. O tricolor buscou o empate com Hernane, com medo de chutar e Juninho tentando duas vezes de falta. Nada.
Marcação muito forte de lado a lado, muito carrinho, muitos encontrões, a bola maltratada, espirrada, muitas faltas e cartões amarelos... O tricolor até atacou mais, chegou mais na área adversária, mas chutou pouco no gol e assim prevaleceu o placar construído no lance bisonho de Tinga. Jean não foi exigido, Tiago o melhor na defesa e Juninho no meio campo. Jackson e Renê errando muitos passes, e o ataque ineficiente. Nenhuma inspiração.
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O treinador Guto mandou a campo outra equipe para a disputa do segundo tempo: Anderson, Yuri, Eder, Lucas Fonseca e Mateus; Edson, Junior Ramos e Cajá; Rosa, Gustavo e Mário. O jogo continuou maldoso, travado, o Estudiantes melhor, jogando mais no campo do tricolor, que pouco ou nada criou. Uma segunda etapa tenebrosa, ruim de ver. Nada a destacar a não ser a expulsão de um argentino, por agressão sem bola. Normal.
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Lições da Flórida
Guto tem um esquema na cabeça, um 4-3-3 rígido, e é só, a mesma batida o jogo inteiro, e todos os jogos, sem alternativas, sem mobilidade entre as peças. Os atletas que se adaptem ao que ele imagina ser o correto. Falta imaginação. A equipe chega pouco e quase não finaliza. Faltam jogadas em profundidade e de linha de fundo. Há muito a treinar e corrigir. É preciso descobrir ou criar um padrão de jogo, achar um jeito de jogar. O que vimos foi uma pelada de segunda, um baba. Sem vexames, mas decepcionante.
Alguns atletas estão totalmente fora de forma, de ritmo, como Cajá, Rosa, Edigar Jr, Renê...
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Sardinha no fusquete
A possível contratação pelo Bahia do apoiador Mateus Salles, ex-Palmeiras, estimulou o Ba x Vi de sarros da torcida. O jogador era disputado também pelo Fluminense (RJ) mas optou pelo tricolor baiano. O treinador das Laranjeiras, Abel Braga, irritou-se com o jogo do empresário do atleta e teria dito que “infelizmente o jogador trocara uma BMW por um fusca”. O Flu seria o carrão e o Bahia não passaria de um pobre fusca.
Motivo para a gozação dos rubro-negros pra cima dos rivais, já chamados de ‘sardinha’ pelo treinador-pescador Joel Santana, lembra?
Não vale mandar Abel Braga enfiar o BMW no fusquete. É feio. E vá lá que ele goste... Deixa a bola rolar. Eu cá adoro um fusca.
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Gringolândia
A diretoria do Vitória, ainda sem saber o paradeiro do avante Marinho, carta rasgada, continua anunciando contratações e, no papel, monta time para brigar por títulos na temporada 2017.
Laterais novos, um zagueirão rodado gaúcho de quase dois metros de altura, um lote de gringos (os meias Dátolo e Pisculichi, o avante Piñeda... Cárdenas continua?), mais Gabriel Xavier, Claiton Xavier, possivelmente o avante Carlos, do Galo Mineiro... Se der liga, se encaixar... o rubro-negro pode armar uma poderosa equipe e mostrar bom futebol nessa temporada. É esperar pra ver em campo.
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O tal ‘Baianão’ começa no fim do mês. É o ‘laboratório’ para a dupla BaVi. E tem, logo mais, o ‘Nordestão’, mais competitivo. O Bahia estreia na competição no dia 26 contra o Fortaleza.
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