Bahia teve em Muriel seu principal jogador. E o Vitória, também teve no goleiro o melhor em campo
Nas últimas quatro partidas o rubro-negro baiano perdeu três. Essa foi de virada, placar de 2 x 1 diante do Flamengo, que venceu a quarta partida seguida e foi a 46 pontos e encostou no líder Palmeiras, que ainda joga na rodada. O Vitória está patinando no lamaçal da zona de degola, com 26 pontos em 18º lugar.
Duelo de rubro-negros no Barradão, casa cheia, um começo de noite de um sábado de fim de inverno, com aquela garoa e vento frio fustigando. Vigésima quarta rodada do Brasileirão, Série A.
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Bola rolando
Pressionado por estar na zona da degola na tabela de classificação, com a obrigação de vencer dentro de sua toca, o Leão baiano foi pra cima desde o começo e acuou o rival carioca no campo adversário, ditando o ritmo da partida, brigando muito no meio campo, ganhando as divididas e os rebotes, chegando bem. Até que, aos 21 minutos, o lateral Diego Renan arrancou sem marcação, tentou o arremate, pegou mal na bola mas ela sobrou ‘na praia’ para Zé Love, o estreante, livre na frente do gol; ele dividiu com o goleiro e fez: 1 x 0.
Só então o Flamengo deu ares de quem acordou. Aos 35, o becão Rafael Vaz bateu falta na barreira e, na volta, arrematou forte; Caíque só espiou, torceu e a bola raspou o poste. Mas o Leão não arrefeceu, continuou perigando e o jogo ficou mais equilibrado. Aos 39’, Leandro Damião subiu mais que a zaga baiana e testou no canto; quase acertou o alvo. A resposta veio com um belo chute de Serginho pelo alto que Muralha espalmou. O empate saiu aos 43’, após uma tabela pela direita e o cruzamento do lateral Pará, da linha de fundo; Fernandinho subiu livre na pequena área e testou forte: 1 x 1.
Foi um bom primeiro tempo, uma partida dinâmica, ofensiva, bem jogada, com lances de área e chances para as duas equipes.
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Um começo de segunda etapa no mesmo diapasão. Muita marcação e equilíbrio em campo, mas poucos lances de área até os 13 min. Aí, aconteceu a virada, através do baiano (ex-BahiaGabriel, que tabelou pela direita com Diego e finalizou forte, de cara com Caíque: 2 x 1 Mengo. Logo, o treinador Mancini fez uma substituição inusitada, pôs Vander no lugar de Marinho, qo que parece ‘meio queimado’ com o treinador e companheiros. Minutos depois, quase o Flamengo amplia, após uma finalização que Caíque desviou e a pelota caprichosamente bateu no travessão do time baiano. Um Flamengo melhor, mais assentado nessa fase do jogo.
Mas o Vitória foi valente, partiu pra cima. Aos 22’, Kieza acertou uma pedrada do meio da rua, mas Muralha voou para defender. A equipe carioca tentando amaciar o jogo, botando a bola no chão, trocando passes, valorizando a posse, fazendo rodinha. O Vitória a todo vapor, buscando o empate. Então, aos 27', Diego Renan foi expulso e piorou tudo para a equipe da casa: matou com falta um contragolpe e levou o segundo amarelo.
Com um atleta a menos em campo, perdendo a partida, a 15 minutos do final, fazer o que? O mau tempo ficou evidente na chuva que engrossou, caiu pesada até o final. Só deu Flamengo, o torcedor molhado indócil.
Aos 33’, após indecisão de William Faria e Kanu, Leandro Damião entrou de cara mas parou em ótima defesa de Caíque, espalmando. Na cobrança do escanteio, Rever testou de frente, a queima-roupa e Caíque fez milagre. Aos 40, novamente Caíque evitou o terceiro. O placar poderia ser mais elástico. Vaias no final das arquibancadas molhadas de chuva e lágrimas. Segundona à vista?
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Destaques: Caíque evitou uma goleada; Cárdenas foi o mais lúcido; Ze Love correu enquanto teve pernas...
O Flamengo foi superior pelo conjunto, mais consistência coletiva.
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No meio da semana, quinta, o Vitória vai até Porto Alegre, onde encara o Internacional, na Beira Rio. Um jogo de agoniados. O Colorado tem 27 pontos, apenas.
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O Bahia só empata
Contra o Náutico(PE)
Do ponto de vista de uma equipe que almeja chegar entre os quatro primeiros e precisa de somar pontos não foi um bom resultado, com conseguiu um pontinho quando queria três. Já perante as circunstâncias do jogo, duríssimo, e com um atleta a menos em campo desde os 20 minutos da segunda etapa, até que foi um bom negócio o empate.
Náutico 0 x 0 Bahia, em Recife, Arena Pernambuco, sob uma chuvinha renitente, tarde de sábado invernosa e torcida fraca, menos de 5 mil pessoas nas arquibancadas.
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O Bahia entrou em campo em 7º lugar, com 35 pontos. O Náutico em 8º com 31 pontos e treinador novo: o pernambucano Givanildo Oliveira, manjado na segundona.
A equipe baiana continuou no sétimo lugar, com 36 pontos, a três apenas do G-4. O Vasco, que venceu o Oeste por 3 x 2 em São Januário, voltou à liderança, com 42 pontos, lado a lado com o Atlético(GO). Em terceiro o Brasil de Pelotas com 40 e o quarto é o CRB (AL) com 38. O Ceará está colado no time das Alagoas. O Londrina tem 37.
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Jogo jogado
Até pela necessidade de vencer, os dois times mostraram uma postura ofensiva, desde o começo. Marcação curta, apertada, dos dois lados. O Náutico explorando muito a direita do ataque, as costas do lateral Moisés.
Mas a primeira boa chance foi do tricolor baiano; aos 3’50” na sequência de uma trama boa, Luis Antonio fuzilou de fora e passou perto. Aos 9’, a defensiva tricolor parou, o avante Rony entrou livre, de cara, bola dominada, mas Muriel saiu bem e salvou com a ponta do pé. O Náutico forçando um ritmo veloz e uma pegada dura no meio campo. Os dois laterais baianos foram amarelados antes dos 20 minutos. A partida foi ficando truncada, faltosa, sem sequência, pouca técnica.
Aos 36’, após cobrança longa de falta pela direita, Moisés testou forte na pequena área para o goleiro Júlio Cesar espalmar por cima. Aos 43’, Allano teve uma boa chance na área, mas o zagueiro salvou. Na sequência, do outro lado, Renan Oliveira pegou um rebote na meia lua e acertou um chutaço no poste de Muriel. A primeira etapa terminou bastante equilibrada, as duas equipes buscando o primeiro gol. No Bahia, Régis e Hernane apagados.
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No intervalo, uma parte da iluminação do estádio / Arena da Copa apagou. Demora de cerca de 10 minutos para o recomeço da partida em sua segunda etapa. O mesmo panorama: o Bahia chegando mais e o Náutico perigosíssimo no contragolpe. Aos 12’, Muriel salvou nos pés de Bergson, providencial. Aos 15, de novo Muriel, no rodapé.
O lateral Moisés fez falta desnecessária, aos 23 minutos, levou o segundo amarelo e foi expulso. O treinador Guto Ferreira pôs o lateral J.Paulo e retirou Régis, que não se achou em campo. Depois, substituiu Harnane (opaco) por Vitor Rangel. E, por fim Tinga em lugar de Eduardo. O empate, para o Bahia, passou a ser um bom resultado. Plantou-se em busca disso. Conseguiu, não levou sufoco. O Náutico, mesmo com atleta a mais em campo, não mostrou força de chegada. Empate justo.
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Destaques: Muriel, uma garantia; Tiago firme; a luta de Juninho e Luis Antonio; Edigar Junio foi o melhor na frente.
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Próximo jogo: Bahia x Paissandu em Belém, terça.
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