Sim, nada mudou. É a mesma seleção da Copa, do Felipão, aquela dos inesquecíveis 7 x 1 contra a Alemanha. A mesma ridícula seleção da Copa América, no Chile, já sob o ‘comando’ de Dunga. 

A mesmíssima seleção sem padrão de jogo, a dar chutões da defesa, a marcar mal, frouxo e à distância, som o sistema defensivo recuado, aquele buracão deserto no meio campo onde o adversário deita e rola, dois meias abertos inutilmente porque não há jogadas de fundo, nenhuma troca de passes, nenhuma trama, sem jogadas ensaiadas, sem liderança em campo e fora dele, e sem Neymar.  Estratégia de jogo?  Zero. 

A seleção de Dunga, como a de Felipão, confia apenas nas individualidades, só. E só temos hoje uma individualidade capaz de decidir quando está inspirada: Neymar. E ele esteve fora da estreia pelas Eliminatórias da Copa 2018, em Santiago, na noite de quinta, como estará fora no segundo jogo, terça, contra a Venezuela, em Fortaleza, punido pelas bestagens que aprontou na Copa América.

*

Chile 2 x 0 

Foi um banho técnico-tático do treinador argentino Sampaoli em cima do aparvalhado Dunga, que se repete a cada escalação burocrática, a cada substituição óbvia, sem ousadia alguma. 

O caminho para a Rússia/2018 começou no Chile, com escorregão e queda feia. Não jogamos nada, nos limitamos a tentar marcar e correr atrás dos campeões da América, o jogo inteiro. Levamos dois gols e duas bolas nas traves. 

E o que criamos ? Nada além de trombadas de Hulk, perdidão como centroavante, e ...  chutões da defesa, tentativas individuais de William, Douglas Costa, Oscar, os três a correr com a bola sem ninguém ao lado para trocar passes, tramar algo, tabelar...  uma pobreza de futebol, contra uma equipe chilena compacta, bem organizada, trocando de posições no ataque, rápida, marcando duro e sabendo bem o que queria, vencer.

Os gols saíram no segundo tempo. O primeiro aos 28’, depois de uma cobrança de falta pela direita do ataque chileno: bola rasante, muita gente na pequena área, Vargas antecipou-se ao zagueiro Marquinhos (entrou no lugar de David Luiz, lesionado, e vem jogando de lateral direito no PSG) e desviou: 1 x 0. O segundo foi uma aula de contragolpe com troca de sete passes seguidos, os brasileiros espiando, até a finalização de Alexis Sanches, dentro da pequena área, aos 42’. Caixão fechado.

O pior é ver/ouvir o Dunga dizer, após o jogo, que foi tudo bem, que perdemos porque não tivemos Neymar.  Olha, a Rússia 2018 está mais distante do que nunca !

**

Zebra 

A primeira rodada das Eliminatórias 2018 já deu uma ideia do que virá pela frente. A Argentina, sem Messi, levou 2 x 0 em casa, no Monumental de Nunes (Buenos Aires) do aguerrido time do Equador.  Gols na segunda metade da etapa final, do zagueiro Erazo (que atua no Grêmio), de cabeça, completando jogada de escanteio, e do meia atacante Caicedo, em rápido contragolpe.

 Zebra ?  Foi a primeira vez na história que o Equador venceu em território argentino.

 Na sequência, terça,’ Los Hermanos’ encaram o Paraguai, em Assumpção. O Paraguai que estreou vencendo a Venezuela, 1 a 0, em Caracas.

No mais, a Colômbia, em casa,  ganhou bem do Perú (2 x 0), como esperado. E o Uruguai meteu 2 x 0 na Bolívia, em La Paz, ótimo resultado.

**

Vitória no Barradão 

Voltando pra casa, o rubro-negro baiano complementa a 30ª rodada da Série B, neste sábado, contra o  fracote Boa Esporte (MG), um dos derradeiros na tabela de classificação. Todo cuidado é pouco com a zebra e a retranca dos mineiros. Mesmo vencendo o Vitória não ultrapassa o líder Botafogo que ainda não atuou na rodada.

O time terá a volta de Euller na lateral esquerda e do zagueirão Mattis – em função das suspensões de Diogo e de Ramon.  

**

Charles

No tricolor, que só joga no outro fim de semana, fora, contra o Oeste, a novidade é o retorno de Charles Fabian ao comando da equipe, após a queda ‘sofrida’ de Sérgio Soares. O ex centroavante, ídolo e campeão brasileiro pelo clube, tem a difícil missão de recompor a equipe, restaurar a estima e a confiança dos atletas e conseguir a almejada classificação nos oito jogos que restam. Bora Bahêa !  É o que resta ao  torcedor fazer. 

**

A meleira