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Zé de Jesus Barrêto

CAMPEONATO BAIANO: Dois jogos decisivos domingo

Vai começar em maio a segunda divisão do campeonato brasileiro
18/04/2015 às 12:44
Pautando o domingo:
Pelas semifinais do Baianão 2015, dois jogos decisivos:

Na Fonte Nova, Bahia x Juazeirense. O tricolor da capital venceu a primeira, em Juazeiro, pelo placar de 2 x 1. Assim, joga pelo empate, pode até perder por diferença de um gol que se credencia a disputar o título baiano.

Titulo que está entre o vencedor na Fonte Nova e o ganhador do duelo Vitória da Conquista x Colo-Colo, em Ilhéus. O time do sudoeste  tem boa vantagem pois venceu o primeiro confronto, em casa por 3 x 0. A equipe conquistense, além disso, é superior, mas futebol é jogado. 

Em todo caso, aposto numa final  Bahia x Vitória, o da Conquista.

Olhos e ouvidos voltados para o que acontecerá na Fonte Nova e no Mário Pessoa, Ilhéus.

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Tricolor

O Bahia, como há muito não se via, está invicto há 12 jogos e fazendo partidas decisivas, uma atrás da outra. Venceu e derrubou o Sport, na Fonte, pelo Nordestão (3 x 2); ganhou do Nacional de Manaus no meio da semana, na Fonte Nova (3 x 2), joga a semifinal do Baianão, pega o Ceará em dois confrontos difíceis decidindo o título de Campeão do Nordeste, decide o Baianão (se vencer  o Juazeirense) e, mais adiante, encara o Luverdense na sequência da Copa do Brasil.

A equipe sofreu para vencer o Nacional de Manaus no meio da semana e mostrou erros defensivos que precisam ser corrigidos.  Kieza fez um golaço de voleio e um outro, decisivo, já no final da partida, desempatando o jogo, em jogada de impedimento do meia Tiago Real. O empate classificaria o time amazonense, que mostrou qualidades, bem arrumadinho defensivamente.  Quando os ventos estão favoráveis, tudo ajuda, até o erro das arbitragens.

O torcedor anda feliz da vida, como nos bons tempos do tricolor campeão. 

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Rubro-negro

O rival, Vitória, está  em crise. A torcida anda tirirca da vida, pichando muros do Barradão, execrando a diretoria, xingando jogadores e comissão técnica, exigindo mudanças de cabo a rabo: na equipe, na direção do clube, nos estatutos da agremiação. Quando a bola não entram os podres todos aparecem, exalantes.  

 Não podia ser diferente, com uma temporada desastrosa como essa de 2015. 

Desclassificado do Baianão, do Nordestão em jogos disputados no Barradão, a Toca do Leão; e por pouco não levou mais uma chinelada em casa do Anapolina pela Copa do Brasil. Passou aperto, arrancando um empate salvador – 1 x 1. Na sequência pega o Asa (ALde Arapiraca. 

O clima entre jogadores e a comissão técnica não é confortável. A diretoria prometeu uma limpeza geral no plantel, com no mínimo 10 dispensas. Isso gera uma intranquilidade enorme. Deve pintar um caminhão de caras novas no reino de Canabrava. Insegurança.

Nino Paraíba foi emprestado ao Avaí, Wllie dispensado e Neto Baiano (o garganteiro artilheiro perdedor de pênaltis) não vestirá mais a camisa rubro-negra.  Suas más atuações em campo e atitudes fora dos gramados foram os motivos alegados para o distrato. Dizem que ele é desagregador. 

O rubro-negro precisa de urgentes reforços:  laterais, um zagueiro de respeito, um  meio-campista que chame a responsabilidade, dinâmico.  Escudero não é mais o mesmo depois da cirurgia no joelho e Jorge Wagner está mesmo em fim de carreira. E, agora, um centroavante goleador para o lugar de Neto. 
No mais, o treinador Claudinei precisa mostrar serviço, vai ter que se desdobrar para levantar o moral do grupo e  montar uma nova equipe, mais competitiva, num tempo curtíssimo.  

A segundona  está em cima, pra Bahia e Vitória. Começa  na primeira semana de maio, amanhã, pois.

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O Bahia mostra-se melhor arrumado pelo treinador Sérgio Soares, em campo,  mas não significa que a equipe está pronta para ser campeã da segundona.  Carece de laterais, meio-campistas que possam substituir os titulares à altura e que dê alternativas táticas ao treinador, e, sobretudo, um centroavante. Leo Gamalho é bem ciclotímico, dias joga e faz gols, dias some em campo, faz número apenas.  William Santana e Tchô ainda não entraram no ritmo da equipe.

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Como o músico virtuoso não olha para o teclado ou cordas quando toca, o craque não olha para a bola ao executar uma jogada.  Instrumentos e bola tornam-se parte do corpo nos gênios, artistas.  (parafraseando Tostão, bom de bola e de escrita)



Feliz fim de semana !