Talisca brilha no futebol português e tem futuro nos campos europeus
Semana um, semana outro. Bahia e Vitória vão se revezando nas últimas colocações, ora um ora outro segurando a lanterna. E olha que temos uma semana complicada, com jogos difíceis no meio da semana e um Ba Vi de arrepiar no domingo próximo, mando de campo do Vitória mas jogo marcado para a Fonte Nova. Imagina o clima de guerra!
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Com os resultados dessa rodada de final de semana os últimos colocados são: Criciúma, com 21 pontos; Coritiba com 20 pontos; Bahia também com 20 em penúltimo lugar e o Vitória na lanterninha com 18.
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O rubronegro baiano encarou o Atlético do Paraná, na boca da noite desse domingo, lá em Curitiba, fez uma partida de igual pra igual, mas levou 2 x 0 e chafurda na zona. O fato é que os resultados da rodada não favoreceram à dupla Ba Vi. Vai ser muito sofrimento este ano, rodada a rodada, até dezembro.
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O Bahia não vencia na competição há seis rodadas, desde 9 de agosto (1 x 0 sobre o Goiás, na Fonte) e voltou nesse domingo a Feira de Santana, onde perdeu de 2 x 0 para o Santos, em junho, e foi punido por superlotação do estádio e torcedores atirando objetos na direção do banco santista, dessa vez para encarar o Figueirense, que vinha obtendo bons resultados nas últimas rodadas.
O Bahia, enfim, se deu bem. Venceu por 3 x 0, o placar mas elástico que o time conseguiu até agora no ‘Brasileirão’, mas o bom triunfo não foi suficiente para tirar o time da zona, a mortal classificação entre os 4 últimos que pode rebaixá-lo à segundona em 2015, que Deus o livre. Está em penúltimo. A equipe, agora treinada por Gilson Kleina, fez um jogo inteligente, como já o tinha feito no primeiro tempo em Belo Horizonte, contra o Cruzeiro, quando chegou a vencer por 1 x 0, teve dois jogadores expulsos, levou a virada de 2 x 1 e saiu de Minas soltando os cachorros pra cima da arbitragem do Mato Grosso. Em Feira, sem dar espetáculo, goleou e teve o domínio do jogo. Que seja um bom sinal de recuperação, de retomada de um bom futebol. Precisa pontuar, a cada rodada. Torcemos.
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Arena da Baixada
O jogo já começou com o Atlético (pr) em cima, pressionando, bom público em casa. O Vitória do treinador Ney Franco começou fechadinho, ocupando bem os espaços do meio campo, retendo a bola e buscando espaços para contragolpear a partir do bom toque dos armadores Cáceres, Richarlysson e Escudero, os mais técnicos da equipe. Pelo time paranaense, o impetuoso atacante Marcelo era o mais perigoso e as bolas altas sempre foram um tormento para a zaga baiana
Aos 28 minutos Marcinho, livre, teve boa chance mas errou o alvo. Dois minutos depois, a zaga baiana toda avançada, em linha, e Marcelo foi lançado em profundidade, rasgou entre Juan e Kadu, que ficaram pra trás, e bateu firme na saída de ‘Gatito’ – 1 x 0 Atlético. No mais, tentativas de fora, muitas bolas cruzadas pelos atleticanos e poucas chances reais de gol. Justo placar.
No intervalo, Ney Franco tirou o apoiador Wéllisson e o meia Escudero e pos mais dois atacantes, Edno e Willie, com a precisão de ganhar ou ganhar. A partido ganhou em intensidade, pegada, veloz, lá e cá. Aos 7’, depois de o Vitória desperdiçar um falta próxima da área inimiga, o Atlético encaixou um ótimo contra-ataque, mas Delatorre errou a finalização. Aos 14’, numa cobrança de escanteio, a zaga baiana se omite, mas Gatito salva. Aos 20’, uma bola longa cruzada da esquerda e Cáceres, entrando livre pela direita, de cara, não dominou, perdeu a chance de gol. Um minuto depois Gatito Fernandes faz uma defezaça, espalmando um chute de frente de Mosquito. No lance seguinte, do outro lado, Edno, de cara, perdeu para o goleiro Weverton. O time biano aperta, pressiona, busca o empate, estava melhor em campo, mas... aos 24’, Hernani acerta um chutaço rasteiro, de longe, e o goleirão Gatito não chega na bola: 2 x 0. Aos 30’, saiu Cáceres entrou Beltrán, o Vitória todo ofensivo, brigou até o final, mas... não deu. A coisa tá feia.
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Apesar do gol sofrido de longe, Gatito fez ótimas defesas. Os laterais Nino e Juan nada jogaram, Cáceres foi o melhor pelo meio e... muito esforço, pouca inspiração no rubronegro baiano.
No rubroengro paranaense, Marcelo o melhor e Hernani foi um bom acompanhante. É um time forte, leve, veloz e objetivo. Osso duro de roer.
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O Vitória recebe o Fluminense do Rio, sempre na cola dos quatro primeiros, no Barradão, meio de semana. Não pode nem sonhar com um empate. É vencer ou vencer. Até pra criar moral, porque domingo tem Ba Vi. Luta de afogados.
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No Joia
Tarde de sol, calor, poucos torcedores nas arquibancadas e gramado ruim. Eis o palco de jogo.
Aos 12’, como sempre acontece em Feira de Santana, confusão na torcida e uma meia dúzia de torcedores aloprados presos. Não dá pra entender essa sina de confusão, sempre, no Jóia da Princesa.
Com a bola quicando, um chute perigoso do Figueira, um contragolpe do Bahia e só, até os 15 minutos. Os jogadores brigando muito com a bola, nervosa sobre o gramado desnivelado, e passes errados, trombadas, marcação dura ... porém o Bahia teve a iniciativa, buscou mais o ataque. Aos 17’, após um bate e rebate, a zaga sulista deu mole e Kieza finalizou de canhota, na pequena área, fazendo 1 x 0.
Inspirado, aos 24’, Kieza ganhou do zagueiro no corpo, pela esquerda, ajeitou o corpo e bateu no canto, com classe: 2 x 0. O tricolor se encolheu um pouco. Aos 35’, Lomba espalmou um chute de fora. Aos 42’, Kieza puxou um bom contragolpe , entrou na área de frente mas não conseguiu chutar. Aos 45’, Guilherme Santos recebe livre mas adianta demais a bola, divide com o goleiro e perde ótima chance.
A segunda etapa foi tricolor, a equipe conseguiu administrar bem a vantagem e esteve muito mais próximo de golear do que o adversário, que sentiu a temperatura e foi caindo de produção na medida em que o tempo passava. Aos 2’ Rafinha arrancou mas chutou mal; Aos 3’, a melhor chance dos visitantes: Paulo Roberto levou Lucas Fonseca na velocidade e bateu forte, por cima. Muito chutão, muita bola pro alto, mas, vez em quando o tricolor chegava, tabelando, como aos 10’, em tabela de Rafael com Railan que, de frente, bateu de bico, mas a zaga salvou para escanteio. O Figueira só arriscava de longe, sem muito perigo. Aos 14’ Emanuel bateu falta direto no gol , goleiro salva.
Aos 27’, Uéliton cabeceia forte o cruzamento e o goleirão Tiago salvou, espalmando. O Bahia teve, a partir daí e de algumas boas substituições deitas pelo treinador, o jogo sob controle, sem problemas. Aos 38’, após boa trama, Maxi (que entrou no lugar de Rafinha) recebeu ótimo passe de Marco Aurélio, encarou e voltou a golear, dando uma cavadinha no goleiro: 3 x 0. O tricolor trocou passes , amansou, até o final.
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Kieza, com dois gols e boas jogadas, o melhor do jogo. Bem o garoto Railan, o incansável Rafael, mais solto o Guilherme Santos, Gago e Uéliton domaram melhor a bola, Marco Aurélio e Maxi entraram muito bem na metade da segunda etapa. No Figueirense, Paulo Roberto e Giovani se destacam.
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No meio da semana, o Bahia vai ao Rio e encara o Botafogo. Não é fácil, mas o tricolor baiano precisa do triunfo para que possa sair da zona de rebaixamento. Domingo tem Ba Vi, a dupla na lama. O Botafogo levou 2 x 0 do Colorado, o Inter de Porto Alegre, no Beira Rio. Dureza.
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Gajo Talisca
Fez três gols pelo Benfica num jogo essa semana, comanda o meio campo do time de Lisboa e caiu nas graças do torcedor e da imprensa esportiva de Portugal que já o chama de craque. O menino da periferia de Feira de Santana revelado nas divisões de base do Bahia sofreu o diabo quando passou a jogar entre os titulares: o torcedor das arquibancadas, cabeça feita pelos maus radialistas e outros tantos da mídia esportiva ‘dengada’, vaiava, esculhambava o garoto estiloso, chamando-o de mascarado pelo seu jeito abusado de jogar. Teve ‘treinador’ escalando o meiocampista canhoto e talentoso com a camisa 9, atuando de costas pros zagueiros, cegueira. Eu, cá nessa coluna, sempre o elogiei, desde que o vi nas divisões de base atuando de cabeça erguida, com inteligência, uma preciosa perna esquerda... e pedia calma para o seu amadurecer que logo se deu, aos 19 anos, sabendo o que fazer em campo. Puro talento, ousadia.
Parabéns ao ‘gajo’ Talisca, que os Orixás lhe proteja. O torcedor tricolor, apressado e pau mandado, que antes o vaiava, hoje lamenta sua falta na equipe. Torço por ele.
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A morte e a morte do nosso esporte...
Pois acabaram os times, as seleções e os estádios do interior da Bahia, quase todos em estado lastimável, sem condições de abrigar um jogo de porte da 1ª divisão. Assim assassinam cada dia o futebol baiano, a dupla Ba Vi não tem mais onde buscar talentos, revelações no nosso imenso interior, e resta contratar o refugo de outras praças. O ‘baianão’ é uma vergonha, o intermunicipal é um amadorismo fajuto, mentiroso, não revela mais ninguém.
Aliás, o esporte ‘amador’ também foi pro brejo: cadê nosso vôlei, nosso basquete, nosso futsal, nossos campeões de natação ? Hum. Demoliram o ‘Balbininho’, detonaram as piscinas olímpicas da Fonte Nova e ... neca ! ah, triste Bahia !
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O São Paulo de Ganso, Kaká e Pato venceu o Cruzeiro e está a 4 pontos do líder, o azulão das Minas Gerais. O Flamengo derrotou o Corínthians, 1 x 0; o Fluminense, próximo adversário do Vitória no meio da semana, no Barradão, detonou o Palmeiras ( 3 x 0) e o Santos venceu o Coritiba por 2 x 1. O Atlético Mineiro empatou com o Grêmio (0 x 0) e o Criciúma, vejam só, ganhou do Goiás por 1 x 0, em casa.
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Não tem jogo fácil, tampouco favoritos. Os times que estão jogando um melhor futebol são o Cruzeiro, o São Paulo e o Fluminense.