Tá chegando a hora da copa ! Nesta segunda os atletas convocados por Felipão se apresentam para os treinamentos. Tem 18 dias para ajustar a equipe, até a estréia, dia 12., em São Paulo, contra a Croácia.
Sem brilho e sem ganhos foi a atuação da dupla Ba Vi na sétima rodada do Brasileirão Série A, nesse fim de semana. No sábado, em Barueri, mesmo fazendo uma boa partida, o Bahia levou 1 x 0 do Fluminense (RJ). No domingo, em Macaé, o Vitória encarou o Botafogo (RJ) e arrancou um empate, 1 x 1. Com esses resultados, o tricolor estabeleceu-se em 11 º lugar na tabela de classificação, com um jogo a menos realizado. O rubronegro está em 15 º e bem próximo da zona de rebaixamento.
Ainda restam duas rodadas antes da suspensão da competição, em função da realização da Copa do Mundo. O Vitória enfrenta, no meio da semana, o Goiás, em Goiânia, vai direto do Rio pra lá; e no fim de semana encara o Sport do Recife em Feira de Santana. Ao Bahia restam três jogos: o Santos, na quinta-feira, no Joia da Princesa, em Feira; no domingo, no Sul do país, pega o Chapecoense e, no dia 4, faz o último jogo, aquele que foi adiado por causa da greve da PM em Pernambuco, contra o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife, 9 pontos a disputar ainda.
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Ruim para os dois
Não foi um grande jogo em Macaé, o empate foi justo, a despeito de o time baiano ter criado mais, ter sido superior em boa parte da partida, e o resultado não ajudou nem ao Vitória, que estacionou na tabela de classificação, tampouco ao Botafogo que continua pairando na zonada degola, em 17º lugar.
O rubronegro começou melhor, em cima, apertando, senhor do meio campo e buscando o gol, que quase sai aos 12’, quando Bolívar vacilou e Souza roubou a bola, invadiu a área, driblou o goleiro e errou o arremate a gol. Aos 17’ com Marquinhos e aos 22’ com Caio, o Vitória desperdiçou chances de golear.
A partir dos 30’ o Botafogo reagiu, equilibrou e foi para o ataque. Também criou suas chances pressionando pelas laterais, cruzando bolas perigosas na pequena área baiana. Wállisson, Zeballos e Lucas bem que tentaram e erraram por pouco. Mas, aos 43’, o zagueiro Luis Gustavo tirou mal, de cabeça, uma bola cruzada que sobrou na meia lua, limpa, para o tarimbado Émerson Sheik, sem marcação; ele bateu forte e fez 1 x 0.
O treinador Jorginho, estreante à frente da equipe rubronegra, fez boas substituições no intervalo: pos o rápido WIllie em lugar do morno Leo Costa e o esperto Dinei no lugar do manjado Souza. No começo dessa etapa o Botafogo tentou forçar na frente, mas a defensiva baiana suportou bem e a equipe foi buscar o empate, com Marquinhos e Dinei combinando bem. O jogo ficou melhor, lá e cá. Aos 23’, numa boa trama pelo lado esquerdo, Marquinhos recebeu de Dinei e tabelou com Tarracha que cruzou forte para Dinei, já na pequena área, finalizar, empatando : 1 x 1. Os goleiros Renan e William trabalharam bem de um lado e do outro. Aos 48’ o time baiano teve a chance de virar, numa falta nas imediações da meia lua que Ayrton bateu forte e a pelota raspou o travessão.
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Pelo Vitória, os melhores foram Marquinhos e Dinei. No Botafogo, o zagueiro Bolivar, seguro, o lateral Edilson e o atacante Émerson Sheik, malandro.
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Deu Flu no frio
Já na boca da noite do sábado, um São Paulo chuvoso a 12 graus, o gramado de Barueri molhado, pesado, escorregadio, o Bahia entrou frio em campo para o jogo contra o Fluminense do Rio e se deu mal. Entrevado, levou um gol logo no começo, aos 4 minutos, num chute raro e forte de Kennedy, da entrada da área, que desviou na perna de Titi e tirou a chance que defesa de Lomba; a bola chocou-se contra o travessão, bateu quase sobre a linha e entrou: 1 x 0. Foi o suficiente. O tricolor baiano esquentou a partir dos 20 minutos, equilibrou o jogo, tentou mas quase não finalizou ao gol adversário. O Flu defendeu-se bem e explorou os contragolpes sem muita eficácia também.
Na segunda etapa o treinador Marqwuinhos Santos tirou um apoiador, Rafael Miranda e pos o arisco Bárbio. O jogo ficou bom, o time baiano foi pra cima e criou boas chances de golear: Aos 3’, em boa jogada de Pará pela esquerda, Maxi furou o arremate dentro da pequena área, de frente. Dois minutos depois, Bárbio serviu e o mesmo Maxi bateu forte mas a pelota desviou na zaga e saiu. Aos 9’, Conca arriscou de fora mas Lomba estava atento. Aos 12’ Bárbio cruzou rasteiro, na linha do gol e Gum salvou atirando-se nos pés de Branquinho.
Aos 31’, bela tabela com Bárbio pela direita e o lateral Ronieri destampou na cara do goleiro Felipe que fez uma grande defesa, salvando o gol. Aos 36’ Lomba atirou-se nos pés de Sòbis para evitar o segundo do Flu. Daí por diante foi só pressão do time baiano, o tricolor carioca do treinador Cristóvão não se abriu, encolhido, defendendo-se. Aos 38’, Fahel escorou escanteio, na trave. Aos 43’ Henrique teve a chance, na pequena área, mas furou. Dessa vez, aquele golzinho salvador que aconteceu no 1 x 1 contra o Flamengo, no meio da semana, no final, não aconteceu.
O Bahia até mereceu o empate, fez um bom jogo, mas o que resta é a derrota, os três pontos perdidos num jogo em que o mando de campo era do time baiano, a despeito de ter sido realizado em Barueri. Resultado normal e suportável dentro do contexto.
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Boa partida dos laterais Ronieri e Pará, dos zagueiros Titi e Démerson, de Uéliton (que saiu sentindo a coxa nos meio da segunda etapa e preocupa), um bom primeiro tempo de Branquinho e ótima segunda etapa de Bárbio.
No Flu, o goleiro Felipe fez duas defesas salvadoras, bons os meiocampistas Jean, Wagner e Conca e, na frente, o técnico e perigoso Walter, bem vigiado.
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É lamentável que, fora os três estádios da Capital (Fonte Nova, Pituaçu e Barradão) não tenhamos no interior um só gramado que preste, que seja digno de uma partida de primeira divisão! Há anos. Feira, Alagoinhas, Camaçari, Conquista... Acorda Ednaldo, eterno presidente da FBF ! Isso é uma vergonha !
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Choramos a morte, essa semana, de dois grandes atletas do futebol brasileiro:
Joel Camargo , quarto zagueiro do grande Santos da era Pelé (de 63 a 70), onde conquistou 14 títulos (5 campeonatos paulistas, 3 torneios Rio-São Paulo, 4 Brasileiros, uma Recopa Sulamericana e uma Recopa Mundial. Joel foi o reserva de Piazza na Copa do Mundo de 1970. Era um zagueiro clássico, um negro elegante, que desarmava e saía jogando. Tinha 67 anos.
O outro que se foi - o baiano de Valença, Washington, centro- avante que começou no Galícia, foi para o Atlético (PR) e teve sua fase áurea no Fluminense do Rio, primeira metade da década de 1980, quando fez dupla com Assis (o ‘casal 20’) e onde foi tri-campeão carioca e campeão brasileiro. Um ‘negão’ magro e alto, exímio cabeceador, técnico, goleador ambidestro, querido e admirado até pelos adversários. Tinha uma doença degenerativa, 54 anos. Tristeza, pelos dois.
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Do ex-jogador Paulo Cesar Lima (o P C Cajú, por causa do black-power que usava, de tom avermelhado), em entrevista à repórter Juliana Lisboa :
- O futebol está agressivo, é palavrão o tempo inteiro, falta atrás de falta em todas as partidas, seja pela série A, B ou C. Estamos passando por um momento de agressividade e falta de educação latentes, que são traduzidas para o torcedor ... o torcedor só vê agressividade, antijogo, pontapé, palavrão. Daí o cara, que está na arquibancada, fica insatisfeito e responde com agressividade.
Pra quem não sabe, PC Caju foi craque, jogava com estilo e bola no chão, tocando leve e bonito, pela meia ou pelo lado esquerdo do campo. Atuou, como destaque e ídolo, no Botafogo, Flamengo, Fluminense, Grêmio e PSG da França. Foi o reserva de Rivelino na Copa de 1970, Marrento, abusado, bom de bola e de bico, ousado.
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Tá chegando a hora da copa ! Nesta segunda os atletas convocados por Felipão se apresentam para os treinamentos. Tem 18 dias para ajustar a equipe, até a estréia, dia 12., em São Paulo, contra a Croácia.
Queiramos ou não, Salvador já prepara sua maquiagem para o evento FIFA ! O pessoal que vem a trabalho ou para ver os jogos já começa a chegar à cidade. ‘Vamo que vamo’