Ando estarrecido com o número de faltas, com a desenfreada violência nos campos de jogo do futebol brasileiro, em todas as divisões.
Deu empate (1 x 1) no clássico BaVi do Dia das Mães, domingo à noite, na Fonte Nova, diante de mais de 23 mil torcedores no estádio. O Vitória vencia por 1 x 0 desde o primeiro tempo, com um gol de cabeça de Souza (ex-Bahia), mas o tricolor, com o apoio da torcida, na garra, chegou ao empate aos 46’, antes do apito final, numa arrancada do garoto Pará pela esquerda, levando a zaga e enchendo o pé, empatando e estabelecendo um placar mais justo pelo que jogaram as duas equipes.
Há sete jogos o Vitória não vence o Bahia, nessa temporada o tricolor não perdeu nenhuma para o rival. Com o resultado, o Bahia ocupa agora a 4ª posição na tabela de classificação do Brasileirão 2014 e o Vitória está em 12 º lugar.
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O jogo
Boca de noite fria, chuva fina, domingo bem outonal. A equipe do Vitória estava mais descansada, teve toda a semana para treinar, o time cheio de novidades, estreantes, recém-contratados. O Bahia bem desfalcado, o time quebrado, três peças importantes no estaleiro por mais de mês (Rahyner, Lincoln e Diego Macedo), teve jogo no meio da semana e a bruxa andou solta assombrando nas bandas de Itinga... Parecia mesmo que a jornada seria rubronegra, que entrou em campo pegando forte, marcando em cima, determinado, disposto a mudar a escrita.
Não foi um jogo de boa técnica. Muito truncado, faltas seguidas, marcação renhida no meio campo, poucas jogadas de área, os goleiros trabalhando pouco. A melhor chance de gol surgiu aos 29 minutos, depois de um belo lançamento de Talisca, da esquerda, que encontrou Branquinho e Pittoni entrando livres pelo lado direito; Pittoni, de frente, arrematou forte mas Wilson fez grande defesa. Aos 38’, numa cobrança alta de escanteio, empurra-empurra na área e Lomba tropeçou nas pernas de Démerson quando saía de encontro à bola, que sobrou na cabeça de Souza, livre: 1 x 0. O time tricolor sentiu o gol e Marquinhos começou a aparecer pela esquerda.
Na segunda etapa o rubronegro optou pela defensiva, fechando-se inteiro, truncando o jogo, matando as jogadas do adversário no meio campo, esperando a chance do contragolpe. O tricolor foi pra cima, buscando o empate, conseguiu muitos escanteios, criou algumas chances claras de gol mas o goleiro Wilson apareceu muito bem, destacando-se com ótimas defesas. O treinador Ney Franco fez substituições retranqueiras; pos no gramado os recém-contratados meiocampistas Josa e Leo Costa para estrear (além do zagueiro Alemão que entrou de saída) e, com vontade, danou-se a dar bicos e espanar bolas buscando garantir o placar, esperando o final do jogo.
Souza e Uélliton discutiram feio e foram expulsos por volta dos 30 minutos. O treinador Marquinhos Santos arriscou tudo e pos Rafinha, Henrique e Emanuel Bianccuchi em campo, adiantando a equipe e forçando a defensiva rubronegra todo tempo, empolgando a devotada torcida.
Aos 46 minutos, o menino Pará roubou uma bola pela esquerda, perto da área adversária, encarou os zagueiros e entrou na velocidade, fechando para o meio e disparou um chute forte, cruzado e alto que acertou o ângulo de Wilson, empatando o jogo e incendiando as arquibancadas.
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Destaques:
No Bahia, os meias Pittoni e Talisca, o zagueiro Titi e o lateral esquerdo Pará, pela ousadia e o golaço!
No Vitória, o goleiro Wilson apareceu bem, o zagueiro Alemão (estreante) impressionou pela garra, tipo xerifão, e segurança, e os lampejos de Marquinhos na frente.
Mais uma vez o treinador Marquinhos Santos ganhou taticamente de Ney Franco.
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O Bahia, no meio da semana, enfrenta pela Copa do Brasil o violento time do América (MG), que bateu muito no jogo da quarta-feira passada ( 0 x 0) realizado no estádio Independência, em BH. No fim de semana, já de novo pelo Brasileirão, o tricolor baiano pega o Sport do Recife.
O Vitória, no mesmo fim de semana, recebe o Palmeiras, em Pituaçu.
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- Foi uma semana de arrepiar nas hostes tricolores, bruxa solta em Itinga. Além de três jogadores importantes fora de combate (Diego, Rahyner e Lincoln so voltam a jogar depois da Copa do Mundo), na sexta-feira à noite o presidente do clube, Dr Fernando Schimidt, teve um piripaque e foi internado às pressas para exames. Graças a Deus está fora de perigo.
- Belas homenagens às mães, no dia delas, em Pituaçu. A tricoletes vieram a campo com suas respectivas mamães. Os jogadores do Bahia tinham na camisa, escritos, os nomes de suas mamães. Já os atletas do Vitória trouxeram frases alusivas às mães nas camisas, às costas.
- O zagueirão Titi foi homenageado antes de começar a partida pelos seus 200 jogos vestindo a camisa tricolor. É um becão de valor.
- O meia Lincoln, recém operado nos ligamentos, entrou em campo, mostrou-se à torcida, mesmo de muletas. Fez muita falta. O Rahyner mais ainda.
- A direção do Bahia anunciou, ainda na Fonte Nova, a volta do meia atacante William Bárbio, que atuou no clube na temporada passada. Vem por empréstimo, liberado pelo Vasco. É um Jogador de velocidade, de puxada de contragolpe, bom reserva para Rahyner, bem melhor que esse tal Rafinha.
- Outros resultados interessantes no Brasileirão: Botafogo 6 x 0 Criciúma, incrível. Deu o Fluminense (2 x 0) no clássico carioca contra o Flamengo. São Paulo 1 x 1 Corínthians, com o meia Ganso jogando o fino. Em Minas, o ‘galo’ Atlético venceu (2 x 1) o Cruzeiro.
- No fim de semana, Barcelona x Atlético de Madrid decidem o campeonato espanhol. O time de Madrid tem um ponto a mais que o Barça e joga pelo empate. Mas ...
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Chega de tanta porrada!
Ando estarrecido com o número de faltas, com a desenfreada violência nos campos de jogo do futebol brasileiro, em todas as divisões. Costumo ver pela tevê jogos em que acontecem duas, três faltas duras antes de fechar o primeiro minuto de cada partida. Nos campos da Europa, na maioria das vezes, a primeira falta nos jogos vai ocorrer por volta dos 15 minutos de bola rolando,e são faltas de jogo, entradas na bola que podem resultar em infrações de acordo com a interpretação da arbitragem. Lá se visa a bola, aqui os jogadores vão no corpo do ‘inimigo’, são agressões.
A primeira das razões de tanta falta é a orientação de treinadores inseguros e incompetentes a seus atletas, para que obstruam de qualquer jeito os contragolpes, não permitam que se construam as jogadas, que o adversário troque passes, a ordem é ‘matar a jogada’ do rival no nascedouro. Para isso valem calços, chutes, carrinhos, cotoveladas, cabeçadas, obstruções, empurrões, joelhadas, rapas, pontapés, tudo! Um absurdo.
Outros culpados, tão criminosos quantos os treinadores que mandam e os ‘atletas’ que cumprem à risca, são os árbitros: pusilânimes, incompetentes, caseiros, alguns safados mesmo, sempre a favorecer os times de maior projeção, preocupados em não complicar para que possam ser sempre escalados etc... O resultados disso são as lesões graves, cabeças rachadas, tornozelos e joelhos estourados, clavículas e cotovelos fora de lugar, um horror!
Nunca se viu isso no futebol brasileiro. O Botafogo, no jogo contra o Bahia, abusou de faltas seguidas e violentas sobre Talisca, Rhaynner, Lincoln, Maxi Bianchucci . O Atlético de Minas, contra o mesmo Bahia, pela Copa do Brasil entrou pra lascar, foram algumas entradas criminosas, o ‘soprador de apito’ fazia que não via. E os agressores sequer levaram cartão amarelo.
Estão assassinando o futebol brasileiro. O treinador, ao invés de orientar e preparar os atletas de meio campo para que roubem a bola do adversário o mais próximo possível da área deles, prefere mandar baixar o sarrafo e fazer o anti-jogo. Chega de porrada, chega de jogadores maldosos, de treinadores covardes, de árbitros desclassificados. Vamos melhorar o nível do futebol brasileiro !