Finda a rodada de domingo do Baianão, restam quatro times que têm a possibilidade de disputar o título: Vitória, Bahia, Vitória da Conquista e Serrano. 

No meio da semana acontecerão os confrontos que definirão os finalistas, em dois jogos, lá e cá: Vitória da Conquista x Vitória, no Sudoeste; Serrano x Bahia em Teixeira de Fritas, no extremo sul do estado. No próximo fim de semana, em Salvador, Fonte Nova e Pituaçu recebem os chamados jogos de volta, quando, enfim, saem as equipes que disputarão o título.

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Na rodada dominical, na Fonte Nova, o Bahia venceu o clássico contra o rival Vitória – 2 x 0, derrubando o último invicto do Campeonato Baiano e diminuindo a vantagem em termos de pontos corridos ganhos que o rubronegro possui em relação ao Bahia para apenas dois pontinhos. E mais, com o triunfo, o Bahia contabiliza cinco jogos seguidos sem perder para o rival; este ano o tricolor se impôs diante do rubronegro, na bola. Sabem há quantos anos isso não acontecia ? 

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Clássico bem jogado

Quando vi a escalação dos dois times no telão do estádio imediatamente comentei com o torcedor ao lado: ‘Ué, o Vitória vem a campo com vontade de ganhar e o Bahia, parece, está com medo de perder!’ 

Em tese, raciocinava com argumentos lógicos: 

- O rubronegro entrou em campo com três/quatro atacantes – Hugo, que é um meia ofensivo, finalizador, Marquinhos, Dinei e Alan Pinheiro, atletas altos e com alto potencial de golear. Do outro lado, o Bahia pisou no gramado sem centroavante fixo e com seis jogadores de meio campo escalados – Fahel, Pitonni, Uéliton, Lincoln, Talisca e Rhayner. 

Numa outra leitura, um Vitória com uma postura superior, buscando o ataque, pressionando, forçando nas bolas longas e altas sobre a área adversária... e um Bahia tentando ocupar os espaços do meio campo, marcando em cima e explorando contragolpes pelas laterais, na base da velocidade. 

Isso realmente aconteceu até os 10 minutos, com o rubronegro fogoso, em cima, e o Bahia contido, tentando sair pro jogo no toque pelo meio, apostando no erro do adversário e na roubada de bola. 

Mas, aos 11’, o tricolor conseguiu três escanteios seguidos. Na última cobrança, o meia Lincoln alçou, houve uma disputa no alto, um bate-rebate, a zaga rubronegro comeu mosca e a bola sobrou na praia para o esperto Rhayner, que bateu forte de canhota fazendo 1 x 0. Então, o jogo ficou bom , as duas equipes buscando o ataque, criando chances de gol. Os 2 x 0 saiu aos 25’ numa boa jogada pela direita; Pittoni enfiou para o estreante Diego Macedo, no fundo, o lateral levantou a cabeça e rolou para Lincoln encher o pé. 

O Vitória foi pra cima, criou, chutou algumas bolas perigosas, perdeu gols e ensejou que Lomba fizesse umas duas ótimas defesas.

Na segunda etapa o Bahia foi ainda mais cauteloso, esperando o erro adversário, mas criou pouco, preocupou-se mais em ‘cozinhar o galo’, administrar o resultado. A melhor chance do tricolor foi aos 2 minutos, quando Talisca lançado em profundidade livrou-se dos zagueiros e, de cara com Wilson, bateu colocado mas o goleiro prevaleceu, salvando. Do outro lado, Alan Pinheiro, Marquinhos e Dinei tiveram chances mas foram infelizes nas finalizações. 

Afinal, um placar justo, pela postura tática do tricolor, que teve mais gente no meio campo e ocupou melhor os espaços, teve mais a bola, foi mais feliz nos arremates. Não há o que discutir, é assim nos clássicos.

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Pelo lado tricolor, destaque para o treinador Marquinhos Santos, que arriscou, tentou um esquema de jogo diferente, surpreendeu taticamente o adversário e venceu o jogo. Lomba fez boas defesas, Démerson e Titi suportaram bem a pressão, Uélliton correu e brigou muito, mas os laterais Diego Macedo (estreante) e Guilherme Santos fizeram a diferença, ganharam o duelo pela beirada do campo, dos dois lados. Talisca atuou quase como centroavante, fora de posição, Lincoln correu pouco mas mostrou que sabe jogar e Rhayner exibiu fibra, correu e disputou as divididas mesmo com o rosto bastante machucado.

No Vitória, boas atuações dos zagueiros Defendi e Luis Gustavo, o veterano estreante meia Hugo mostrou categoria, Dinei e Marquinhos deram trabalho. Ney Franco, o treinador rubronegro, foi surpreendido e demorou para entender o traçado do jogo em campo: o adversário tinha mais jogadores no meio do campo e venceu o jogo ali, marcando em cima, ganhando as divididas, tendo mais a bola sob domínio. 

Vale a pena destacar também a boa, segura arbitragem do árbitro baiano Manoel Lopo Garrido. Viva ! 

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O pau quebrou

Notícia mais que negativa foi a confusão, depois do jogo, entre torcedores do Vitória, seguranças do estádio e a intervenção ‘ para com isso’ ,tida como desproporcional, da PM que chegou jogando gás de pimenta em todo mundo no intuito de acabar o bafafá. 

A confusão começou quando alguns torcedores tentaram forçar a saída do estádio antes da hora determinada pela Arena Fonte Nova (meia hora depois da saída da torcida do Bahia) e foram impedidos por seguranças de abrir os portões na tora. Houve confronto, agressões, até que a PM chegou agindo duro, da forma que todos conhecemos. Claro, mulheres, crianças, idosos correram riscos e alguns que estavam próximos foram atingidos pelo gás, segundo relatos de exaltados torcedores nos microfones. 

Pior seria se grupos mais afoitos de torcedores rubronegros saíssem e entrassem em confronto do lado de fora com a torcida adversária, o que , em princípio, parecia ser o propósito. Podia acontecer um miserê.

 

O fato deve ser bem analisado e avaliado, até em função dos jogos da Copa do Mundo, em junho.

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Resenha 

Já à noite, nas emissoras que mantinham no ar a resenha esportiva, falava-se na saída do treinador Marquinhos Santos, que teria recebido uma proposta irrecusável de um clube árabe. O treinador Dorival Junior até já teria sido consultado e sondado para vir assumir o tricolor. Nada confirmado, mas onde há fumaça ... Tem muito dirigente do Bahia que quer mesmo ver o Marquinhos pelas costas. 

Fala-se, também, da vinda de um novo diretor de futebol para o clube, um certo Rodrigo Pestana, que está atualmente vinculado ao Criciúma, e vem conversando com a direção tricolor. Também carece de confirmação essa notícia. 

Tudo indica que nem um bom triunfo como esse, sobre o rival, acalmam as coisas nas hostes do clube de Itinga.

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Questionado 

Do outro lado, o sempre elogiado Ney Franco começou a receber duras críticas da mídia e também de alguns dirigentes do clube rubronegro, sobretudo pelos vacilos contra o rival Bahia. Escala mal o time, joga com arrogância, pensa que é muito superior e , em campo, se dá mal. Este ano não conseguiu vencer um clássico. 

Ontem, após a derrota por 2 x 0, Ney chegou a declarar que a sua equipe fez um ótimo jogo, talvez o melhor de todo o campeonato, foi muito superior em campo e teria perdido apenas por detalhes, porque os atacantes erraram muito nas finalizações. Ué, será que ele viu outro jogo ? O Vitoria mudou muito este ano, na zaga, no meio campo, trocou muitos jogadores e ainda não encontrou um jeito de jogar depois da saída de Escudero (machucado). A cobrança começa a ficar pesada também pelas bandas do Barradão. 

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Teremos uma semana de jogos decisivos para dupla Ba Vi e muito tititi nos bastidores. Notícias. 

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