Vitória está praticamente classificado e pode ser o líder do grupo
A uma rodada do final da primeira etapa da Copa do Nordeste os times que representam o futebol baiano vivem realidades distintas: O Vitória está praticamente classificado, o Bahia depende de um triunfo e algum vacilo dos dois concorrentes (Santa Cruz e CSA), enquanto o Vitória da Conquista já caiu fora da competição, mas pega o Santa Cruz em Conquista, na quarte e pode ajudar (ou não) o Bahia.
O rubronegro venceu o Confiança, sábado, em Pituaçu (2 x 1 ), O Bahia perdeu para o Santa Cruz em Caruaru (2 x 1) e o Conquista pegou-se com o CSA em Maceió.
Na quarta, o Bahia recebe o CSA na Fonte Nova precisando ganhar e também devolver o resultado negativo do jogo anterior em Alagoas ( 4 x 1). O Vitória viaja até Natal e enfrenta o América (que o venceu no Barradão) na Arena das Dunas (RN) decidindo a liderança do grupo; e o Conquista, em casa, dá testa com o Santinha do Arruda’. Todos os jogos acontecerão às 21h15.
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Arbitragem nefasta
A parte o desligamento defensivo que permitiu um gol aos 30 segundos da partida, o Bahia foi claramente prejudicado (mais uma vez) pela arbitragem do sergipano Cláudio Lima e Silva que, aos 7 minutos, expulsou de campo o apoiador e capitão do time Fahel, após uma falta dura, a primeira, nas imediações do meio campo. Bastava um cartão amarelo, não foi uma jogada desleal, apenas uma travada por que o atleta baiano chegou atrasado na disputa. Mas o jogador do Santa fez presepada, a torcida fez pressão e o ‘soprador de apito’ maculou o clássico dos tricolores nordestinos de maior torcida na região. A partir daí o jogo ficou nervoso, violento, e só não melou de vez por conta da boa postura dos jogadores, já que a arbitragem não tinha critérios e tampouco autoridade, distribuindo cartões amarelos e intimidando os atletas em campo.
Logo na saída da bola, no gramado linheiro do aconchegante estádio de Caruaru, o lado direito defensivo do tricolor baiano entregou; a bola boba perdida por Lucas Fonseca para o Caça Rato foi cruzada, defesa desarrumada, Lomba espalmou para frente e Luciano Sorriso, de frente, completou. A equipe baiana sentiu o gol no início e ficou atarantada de vez após a expulsão mais do que rigorosa de Fahel. Então, Talisca pasosu a compor mais o meio campo, fechando o lado esquerdo, enquanto Helder ocupou a posição de Fahel expulso. A disputa de bola ficou encarniçada no meio campo. Aos poucos o tricolor baiano foi se assentando.
Talisca tentou uma bicicleta aos 12’; o goleiro Tiago Cardoso salvou com a ponta dos dedos um balaço de Guilherme, de fora; aos 20’, Rafinha cruzou na cabeça de Rahynner que, livre, testou fora; aos 22’, num bom contragolpe, Talisca recebeu diante do goleiro e pegou mal na pelota, bateu para fora; o Caça Rato, aos 25’, arremessou de frente mas Lomba trabalhou bem. Mesmo desarrumado, com alguns jogadores rendendo abaixo do esperado e um atleta a menos em campo, o Bahia terminou a primeira etapa com o controle do jogo.
Na segunda etapa, o fraco Hugo entrou em lugar do inútil ligeirinho Rafinha, Talisca adiantou-se mais, o Bahia foi pra cima. Mas levou o segundo gol aos 4 minutos, num chute sem ângulo do meia Raul, que Lomba aceitou, depois de um lance claro de impedimento ignorado pela arbitragem. O Bahia não se intimidou e, mesmo inferiorizado numericamente no gramado, teve mais o dominou da bola e do jogo, atacou mais, criou várias chances de golear: Uma aos 7 minutos quando Rahynner recebeu na marca do pênalti e chutou forte, em cima do goleirão. Mas o mesmo Rahynner, aos 16’, aproveitou-se de uma bobeira da zaga, ganhou na velocidade e, de cara, diminuiu : 2 x 1 . Aos 20 Hugo desperdiçou boa chance; aos 21’ Madson fez ótima jogada e Talisca bateu de direita para ótima defesa de Tiago Cardoso; Aos 42 Talisca bateu falta de longe, forte e no canto, para outra ótima defesa de Tiago; aos 47’, Rahynner livrou-se da zaga e tentou colocar no canto tirando do goleiro, mas a bola raspou a trave.
Só deu Bahia na segunda etapa, o time correu muito, superou-se fisicamente e lutou pelo empate, que seria mais justo. Maxi Bianccuchi fez falta e a equipe carece, urgente, de um centroavante.
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No Santa, os melhores foram Luciano Sorriso, Raul, Carlos Alberto e o bom goleiro Tiago Cardoso.
No Bahia, boa estréia do lateral esquerdo Guilherme, veloz, voluntarioso, bom na puxada dos contragolpes; Madson bem, Talisca o melhor, o mais lúcido no meio campo, Pittoni correu muito e Rahynner foi o mais agudo atacante. Lucas Fonseca não esteve num dia feliz, Helder continua amuando o jogo e Rafinha, dente de leite, é uma enganação, fugiu do pau e foi substituído no intervalo.
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Não se pode entender a escalação desse árbitro sergipano (o tal Lima e Silva), duas vezes seguidas, em jogo do Bahia. Desde o ano passado, num jogo contra o Grêmio pelo Brasileirão, que ficou clara sua má vontade, sempre, contra o tricolor baiano. Confuso, envolvido, sem critérios, caseiro, adora intimidar com cartões. Lembra muito um tal Antonio da Hora, também sergipano, de triste memória para os tricolores.
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Pituaço rubronegro
No sábado à tarde, em ritmo de treino e muito longe ainda do que produzia em campo no ano passado, o Vitória venceu o Confiança por 2 x 1, na volta de Dinei ao time, praticamente assegurando-se como um dos classificados do grupo A, para seguir adiante na competição.
Poucos torcedores nas arquibancadas viram o golaço do lateral Ayrton, batendo falta da intermediária e acertando um foguete no ângulo, aos 33 minutos de um jogo até então pachorrento. O Vitória tocava, tinha a bola mas chutava pouco e o Confiança apenas se defendia. O rubronegro fez 2 x 0 no meio do segundo tempo, com Willie pegando um rebote do goleiro após um chute de Cáceres, e acomodou-se. Nos últimos 5 minutos o Confiança foi pra cima, aproveitando-se do desleixo adversário, e quase empata. Aos 40’, Joelton fez 2 x1, após uma saída em falso de Wilson e o atacante Bibi, com a defesa rubronegra espiando apenas, por duas vezes teve chance clara de golear mas Wilson trabalhou bem e evitou o gol.
A torcida queria mais, porém a equipe está se arrumando aos poucos, na competição, pegando ritmo. A tendência é evoluir a cada jogo, segundo o treinador Ney Franco, que vem usando muitos garotos saídos das divisões de base, mesclando com os mais rodados. A zaga e o meio campo ainda não estão definidos.
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Rolê na Copa
- A previsão de gastos do Brasil com a Copa do Mundo 2014, que acontece entre 12 de junho a 13 de julho próximos, era inicialmente de 2,6 bilhões de reais. Era. Os gastos já bateram em 8 bilhões. Triplicaram. Até lá ...
- E só o que tem pronto são sete estádios, cinco estão por acabar, alguns temerosamente atrasados. No mais, aeroportos meia-boca, mobilidade urbana travada, obras pela metade, superfaturadas, nada de metrôs e corredores de transportes públicos eficientes, como foi prometido; nenhum legado na saúde, na educação; há problemas sérios de energia e de comunicação (internet, celulares...) em várias cidades sedes e o monstro da violência atormentando.
- Sim, teremos protestos nas ruas. A turma do ‘não vai ter copa do mundo’ continua agitando nas redes, a Fifa treme, cobra e o governo Dilma teme. Há escutas gravadas pelo serviço de informação do governo de possibilidade de motins nos presídios durante os jogos. Uh, Terror!
Lá fora, os comentários são de que a falta de segurança das pessoas em função da criminalidade, das manifestações de rua e os altos preços praticados, já neste verão, em diversas cidades brasileiras realmente assustam os que querem vir ver a Copa no Brasil.
O acarajé, a água de coco, o pobre sanduíche estão custando fortunas nos hotéis, restaurantes, nas ruas. E nos estádios. Sem controle.
- Preocupada com a imagem do país lá fora e com os reflexos dos acontecimentos nas eleições de outubro, cá dentro, a presidente Dilma convocou ministros, governadores, toda gente da área da segurança e justiça nos âmbitos federal e estadual para traçar diretrizes do que fazer para permitir o direito legal de manifestantes e, ao mesmo tempo, impedir depredações, cenas de violência, campos de batalha nas ruas das cidades e nas proximidades dos estádios, dos hotéis etc.
Com a polícia que temos, que age com mais truculência do que com inteligência, o assunto preocupa : Fifa, governo federal, governadores, prefeitos, delegações, jornalistas, torcedores, turistas e moradores... tá todo mundo de cabelo ‘rrupiado’ . Vai acontecer o quê ?